quinta-feira, dezembro 20, 2012

Governo vai dobrar forças na fronteira em 2013

LEONENCIO NOSSA / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo O governo federal vai reforçar a vigilância das fronteiras durante a Copa das Confederações, em junho. "O número de agentes deve ser maior do que o de uma operação comum. Não tenho número exato, mas, se a média é de 10 mil militares, poderemos ter 20 mil na Copa", disse ontem o ministro da Defesa, Celso Amorim, durante apresentação de resultados do Plano Estratégico de Fronteiras. Amorim afirmou que a operação envolverá especialmente a área de inteligência das polícias e das Forças Armadas. No evento com a presença do vice-presidente Michel Temer, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, elogiou o plano. "Se os resultados já são bons, acredito que até 2014 (quando o Brasil realizará a Copa do Mundo) serão excepcionais", afirmou. Questionado sobre fragilidades, Cardozo apontou a extensão das fronteiras brasileiras como uma dificuldade. "A grande questão é o desafio que as fronteiras nos colocam. Os 16 mil quilômetros são realmente um grande desafio", disse. Cardozo apresentou números que mostram aumento nas apreensões de drogas, armas, dinheiro ilícito e remédios. De junho de 2011 a novembro deste ano, a Operação Sentinela apreendeu 350 toneladas de drogas, volume 329,5% maior. A apreensão de dinheiro oriundo de atividades ilícitas chegou a R$ 10,7 milhão, uma quantia seis vezes maior que a apreendida no período anterior. Também foram apreendidos 7,5 mil veículos e 20 mil pessoas foram presas em flagrante. Foram apreendidas 2.235 armas na fronteira, número seis vezes maior do que o registrado antes da Sentinela. Cardozo falou em "investimentos expressivos" e tentou derrubar a versão do governo paulista de que as facções criminosas são abastecidas com armas que entrariam ilegalmente no Brasil. "Das armas que são apreendidas nas cidades, 80% são armas legalizadas, que foram extraviadas", disse Cardozo. "O porcentual de armas contrabandeadas pelo crime é de 20%", afirmou.

Grandes Eventos - Onde estamos errando

Há três anos temos dedicado grande atenção ao estudo da Gestão de Multidão. Recentemente passamos a adotar o termo Gestão de Conforto e Segurança de Grande Público que é um nome longo mas que informa com mais clareza o nosso o objetivo. Em nossas análises, vistorias, treinamentos e palestras temos observado que em geral as instalações novas ou recentemente construídas oferecem um bom nível de qualidade para a acomodação do público com o devido conforto e segurança. Há normas internacionais que orientam o projeto destas instalações e elas são satisfatórias. Contudo, uma instalação boa por si só não é suficiente para garantir que o público tenha conforto e segurança. Além da infraestrutura física é necessário que outros quesitos sejam atendidos, em especial aqueles relativos a sinalização e qualificação da equipe de atendentes. A sinalização deve informar, orientar e direcionar o público. A sinalização não é uma mera informação. Ela também tem o poder de formar e educar. Ela atua em conjunto com a equipe de assistentes e segurança. A sinalização e a equipe são elementos cuja combinação gera uma sinergia. Caso estes dois entes estejam desconectados há uma grande perda de esforços e abre-se uma possibilidade de haver problemas com a gestão do público. Em geral temos observado que falhamos na sinalização e no suporte e monitoração do público. A mão de obra utilizada na organização de eventos é pouco qualificada e apresenta uma alta rotatividade. Os atendentes de público atuam nesta função de maneira provisória e temporária e consequentemente apresentam baixa qualificação. Para o sucesso de um grande evento com milhares de pessoas não basta construir grandes arenas e estádios. Sem uma devida Gestão de Multidão o sucesso pode ficar comprometido