quinta-feira, dezembro 20, 2012

Governo vai dobrar forças na fronteira em 2013

LEONENCIO NOSSA / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo O governo federal vai reforçar a vigilância das fronteiras durante a Copa das Confederações, em junho. "O número de agentes deve ser maior do que o de uma operação comum. Não tenho número exato, mas, se a média é de 10 mil militares, poderemos ter 20 mil na Copa", disse ontem o ministro da Defesa, Celso Amorim, durante apresentação de resultados do Plano Estratégico de Fronteiras. Amorim afirmou que a operação envolverá especialmente a área de inteligência das polícias e das Forças Armadas. No evento com a presença do vice-presidente Michel Temer, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, elogiou o plano. "Se os resultados já são bons, acredito que até 2014 (quando o Brasil realizará a Copa do Mundo) serão excepcionais", afirmou. Questionado sobre fragilidades, Cardozo apontou a extensão das fronteiras brasileiras como uma dificuldade. "A grande questão é o desafio que as fronteiras nos colocam. Os 16 mil quilômetros são realmente um grande desafio", disse. Cardozo apresentou números que mostram aumento nas apreensões de drogas, armas, dinheiro ilícito e remédios. De junho de 2011 a novembro deste ano, a Operação Sentinela apreendeu 350 toneladas de drogas, volume 329,5% maior. A apreensão de dinheiro oriundo de atividades ilícitas chegou a R$ 10,7 milhão, uma quantia seis vezes maior que a apreendida no período anterior. Também foram apreendidos 7,5 mil veículos e 20 mil pessoas foram presas em flagrante. Foram apreendidas 2.235 armas na fronteira, número seis vezes maior do que o registrado antes da Sentinela. Cardozo falou em "investimentos expressivos" e tentou derrubar a versão do governo paulista de que as facções criminosas são abastecidas com armas que entrariam ilegalmente no Brasil. "Das armas que são apreendidas nas cidades, 80% são armas legalizadas, que foram extraviadas", disse Cardozo. "O porcentual de armas contrabandeadas pelo crime é de 20%", afirmou.

Grandes Eventos - Onde estamos errando

Há três anos temos dedicado grande atenção ao estudo da Gestão de Multidão. Recentemente passamos a adotar o termo Gestão de Conforto e Segurança de Grande Público que é um nome longo mas que informa com mais clareza o nosso o objetivo. Em nossas análises, vistorias, treinamentos e palestras temos observado que em geral as instalações novas ou recentemente construídas oferecem um bom nível de qualidade para a acomodação do público com o devido conforto e segurança. Há normas internacionais que orientam o projeto destas instalações e elas são satisfatórias. Contudo, uma instalação boa por si só não é suficiente para garantir que o público tenha conforto e segurança. Além da infraestrutura física é necessário que outros quesitos sejam atendidos, em especial aqueles relativos a sinalização e qualificação da equipe de atendentes. A sinalização deve informar, orientar e direcionar o público. A sinalização não é uma mera informação. Ela também tem o poder de formar e educar. Ela atua em conjunto com a equipe de assistentes e segurança. A sinalização e a equipe são elementos cuja combinação gera uma sinergia. Caso estes dois entes estejam desconectados há uma grande perda de esforços e abre-se uma possibilidade de haver problemas com a gestão do público. Em geral temos observado que falhamos na sinalização e no suporte e monitoração do público. A mão de obra utilizada na organização de eventos é pouco qualificada e apresenta uma alta rotatividade. Os atendentes de público atuam nesta função de maneira provisória e temporária e consequentemente apresentam baixa qualificação. Para o sucesso de um grande evento com milhares de pessoas não basta construir grandes arenas e estádios. Sem uma devida Gestão de Multidão o sucesso pode ficar comprometido

terça-feira, dezembro 18, 2012

O que impede o mundo de começar uma guerra mundial?

A dissuasão nuclear não pode servir da garantia absoluta contra novas guerras, salvaguardando a paz e prevenindo a guerra entre as grandes potências. Qual será o papel do fator nuclear na história contemporânea? A impossibilidade de rechaçar um eventual golpe nuclear, por um lado, e a sua enorme força destruidora, por outro, fazem das armas nucleares um meio incontestável, cuja eficácia, contudo, pode ser posta em causa. Um fator-chave da dissuasão nuclear não passa pela existência de uma carga superpotente mas antes pelo simples fato de um país ser possuidor de armas atômicas. A diferença entre uma bomba atômica levada por um bombardeiro e uma ogiva nuclear de um míssil balístico é simples: um ataque maciço de bombardeiros pode ser repelido, ao contrário de um golpe de mísseis balísticos intercontinentais. O ceticismo nuclear se resume, no essencial, a dois postulados. O primeiro se refere à história da Segunda Guerra Mundial, quando os arsenais de armas químicas não desempenharam, em última análise, um papel de fator de dissuasão. O segundo postulado assenta no facto de a potência da carga nuclear não ter grande importância: a Humanidade aprendeu a demolir cidades sem o emprego da bomba atômica, mas isso não a salvou de guerras destruidoras. Todavia, ambos os postulados baseiam-se em princípios errados. A arma nuclear tem a referência formal aos arsenais de armas químicas, que são igualmente classificadas como meios de extermínio em massa. A maior diferença passa pela capacidade de destruição e o período de ação. Durante os preparativos para a guerra química era muito duvidoso um efeito provável do emprego destas armas que, ainda por cima, pudesse causar uma resistência ainda maior da parte do adversário. Entretanto, o principal fator destruidor da explosão nuclear não é a radiação e a consequente contaminação do terreno. As novas gerações de armas atômicas se destacam pela "pureza" cada vez maior. A maior parte das destruições causadas pela explosão nuclear é provocada pela onda de choque. Os cálculos relativos ao equivalente em TNT não adiantam quase nada - os enormes danos infligidos a Dresden e a Tóquio deveram-se ao emprego de uma quantidade de munições relativamente pequena - 2 000 toneladas. Mas o número de vitimas era equiparável às perdas humanas na sequência de bombardeamentos das cidade nipônicas de Hiroshima e Nagasaki. Todavia, as primeiras munições nucleares, com a potência de quase 15 Kt, nem sequer podem ser comparadas ao atual arsenal em posse das superpotências, baseado em blocos de combate com a potência igual a centenas de Kt. Falando das consequências do emprego de armas atômicas, convém ter em conta o seu caráter súbito e inesperado. Os intervalos entre as incursões aéreas durante a Segunda Guerra Mundial deixavam margens de manobra, permitindo compensar em parte os prejuízos sofridos. Mas um golpe súbito com o emprego de centenas de munições atômicas potentes, cada uma das quais supera em dezenas de vezes os resultados dos maiores raides aéreos da Segunda Guerra Mundial, terá um enorme efeito demolidor, impossível de compensar. No período de "guerra fria" supunha-se que para infligir derrota militar à URSS e causar a sua desintegração fossem necessárias 300 cargas de primeira geração, com a potência de 10 a 30 Kt. No entanto, o número insuficiente de tais munições tornava primeiro impossível tal golpe, enquanto as potencialidades dos caças soviéticos demonstradas na Coréia, acabaram por persuadir os EUA de ser extremamente baixa a probabilidade de atingirem êxitos por meio de bombardeiros convencionais. A entrada em serviço dos primeiros mísseis nucleares nos EUA coincidiu com a invenção de tais armamentos na URSS. A crise caribenha (também conhecida como a crise dos mísseis de Cuba) veio gerar uma nova realidade. O Presidente Kennedy estava ciente de que os EUA poderiam aniquilar a União Soviética. Mas até um golpe de retaliação soviético menos potente poderia igualmente liquidar dezenas de milhões dos cidadãos norte-americanos. A impossibilidade de alcançar vitória na guerra nuclear, compreendida muito bem naquela altura, passou a constituir a base para a coexistência pacífica entre a URSS e os EUA. Tal situação se mantém até hoje. Por mais avançado que seja o país, tanto maior será prejuízo resultante de um ataque nuclear. A compreensão da eficácia da dissuasão nuclear serve de melhor garantia da paz entre as superpotências que, contudo, desejam aperfeiçoar os meios de proteção disponíveis. O maior perigo decorrente da DAM não consiste em este ter chances reais de interceptar os mísseis, mas, antes de mais, no efeito psicológico. A sobrestima das suas potencialidades levou por diversas vezes à tomada de medidas aventureiras, susceptíveis a conseqüências nefastas, em que os culpados não serão julgados na ausência de árbitros. A potência das armas atômicas e conseqüências do seu uso seriam, talvez, um argumento mais sólido a favor da renúncia à dissuasão nuclear, sobretudo, sob o pano de fundo de numerosas guerras locais. No entanto, o fator nuclear continua a dominar as mentalidades. Resta esperar que, num belo dia, a Humanidade invente um modo de preservar a paz universal muito mais eficiente do que a iminente ameaça de autodestruição.

Robôs-assassinos irão se revoltar contra a humanidade

Vem aí a revolta das máquinas e a humanidade deverá pensar como combater os robôs-assassinos. Hoje, por toda a parte se utilizam robôs autônomos de combate, drones e sistemas automatizados de tiro. Os peritos militares alertaram a Voz da Rússia para os seus perigos. A maioria das máquinas ao serviço dos homens está equipada com a função de piloto automático, o comando autônomo. Mas essa função ainda está ausente nos robôs de combate. “Eis o exemplo da forma de "pensar" de um robô-assassino: se deslocar para o ponto com as coordenadas X e Y, localizar o alvo por radiação térmica, eliminar o alvo. Mas isso é o raciocínio de um robô. É terrível que ele não possa determinar o que se esconde por trás da radiação térmica. Pode ser tanto um soldado, como um rebelde ou um civil”, explica Noel Sharkey, Professor de Inteligência Artificial e Robótica da Universidade de Sheffield (Reino Unido). Os militares e os cientistas continuam a aumentar a precisão dos sistemas automatizados de combate. Na opinião deles, os robôs-assassinos poderão reduzir a quantidade de soldados no campo de batalha, diminuindo dessa forma o número de baixas. “Os cientistas criaram o drone Falcon HTV-2 que se encontra em fase de testes. Se trata de um avião completamente auto-comandado que pode desenvolver uma velocidade até 20000 km/h. Um piloto não pode comandar a essa velocidade porque ficaria simplesmente feito em bocados.”, conta Sharkey à Voz da Rússia. O Ministério da Defesa dos EUA publicou um relatório sobre os sistemas automatizados de tiro no qual se falava das características das armas autônomas e semiautônomas. No fim do relatório, é apresentada a lista dos defeitos e das vulnerabilidades dessas armas. A lista era extensa e inclui aspetos tão importantes como a possibilidade de um ciberataque ao software, interferências no sinal de rádio, armadilhas de rádio-localização ou intercepção do sinal codificado para fins de pirataria informática. “As tecnologias atualmente existentes são um passo no caminho da criação e utilização de máquinas-assassinas automatizadas sem controlo humano. Neste momento, os algoritmos da programação são tão complexos que os erros que o sistema apresenta às vezes não poderão ser corrigidos pelo homem. Uns sistemas interagem com outros sistemas e nós não conseguimos controlar essa ligação. Nós também não controlamos a reação de um sistema remoto ao sinal de um sistema que introduziu o erro”, refere os seus receios Avrum Gubrud, Doutor em Ciências Físico-Matemáticas, que está a desenvolver o Programa de Ciência e Segurança Global da Universidade de Princeton. A organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, em conjunto com especialistas da Escola de Direito da Universidade de Harvard, publicou um relatório intitulado "Perda de humanidade: um caso contra os robôs-assassinos". O relatório fala da necessidade de banir a utilização, fabrico e concepção de “robôs-assassinos” totalmente autônomos. Além disso, é necessário elaborar normas e leis de direito internacional que regulem a circulação de máquinas de combate no mundo de forma a evitar o seu fabrico descontrolado. “Eu não acredito que os robôs, por muito que a sua inteligência artificial seja desenvolvida, se orientem pelas normas internacionais de proteção de civis durante as ações de combate. Nada os irá deter, eles não sentem absolutamente nada. Além disso, é difícil controlar as ações dos robôs-assassinos . Por outro lado, os seus atos não-controlados podem minar o princípio da dissuasão pela intimidação”, disse a perita em assuntos militares principal da Human Rights Watch Bonnie Docherty na sua entrevista à Voz da Rússia. Neste momento, a maioria dos cientistas e investigadores apelam os construtores a não equipar os robôs com armas, mas sim a usá-los com fins pacíficos. Os peritos concordam que os robôs devem trabalhar nas áreas civis, como por exemplo na produção agrícola ou serem usados na medicina. Nós temos de proibir o uso de máquinas-assassinas indomáveis. Nós temos de dirigir os robôs por um caminho pacífico, para que eles ajudem as pessoas em vez de matá-las. Pois até no campo de batalha há alturas em que o fator humano tem o papel decisivo, enquanto os robôs só podem imitar cegamente o comportamento humano, pelo menos agora

O Desafio da Prevenção de Perdas em Empresas Familiares

A quem diga que a bola da vez são as pequenas e médias empresas para o desenvolvimento da área de Prevenção de Perdas no cenário brasileiro. Realmente se observarmos os últimos anúncios especializados em contratação iremos observar o crescimento da demanda por profissionais da área em todas as regiões do país. E a pergunta que não quer calar, qual será o meu desafio em empresas consideradas pequenas ou médias? Por Onde começar? Qual o resultado apresentarei em curto, médio e longo prazo? Como pensa o empresariado com este perfil de empresa? Como perceberam as dúvidas não param por aí, o Gestor de Prevenção de Perdas terá uma grande responsabilidade pela frente e um planejamento bem estruturado se faz importante para embasamento de todo trabalho que será desenvolvido. A primeira grande dificuldade é deixar claro que a área de Prevenção de Perdas não gera receita para a companhia, desta maneira, faz-se necessário o desenvolvimento de indicadores que permitam visualizar o desempenho do departamento e o impacto que estes números causam no aumento do EBTIDA. Diante deste cenário o gestor da área deverá justificar a existência através da redução das perdas financeiras dentro da empresa. Uma grande maioria das empresas brasileiras têm como foco apenas a redução de perdas de estoque, porém é importante saber que a abrangência da redução das perdas vai mais além. A Prevenção de Perdas pode atuar também nas seguintes frentes: Perdas Financeiras de tesouraria, Trabalhistas, Sistêmicas, Crédito, Segurança Patrimonial, toda a cadeia logística, Vendas, Marketing, etc. Para que esta abrangência seja possível, é de extrema importância a elaboração de um planejamento com as devidas especificações de cada etapa da implantação, informando prazos e expectativas de resultados a serem alcançados durante um período. A composição do departamento com uma equipe de conhecimentos heterogêneos também é importante, pois a experiência e conhecimentos técnicos diferentes quando somados transformam-se em resultados excepcionais. Na elaboração do planejamento é de extrema importância deixar claro para a alta gestão da companhia as metas de curto, médio e longo prazo, recomenda-se que a de curto prazo seja relacionada à números que garantam e justifiquem a existência da área. Para a obtenção do sucesso primeiramente todos os componentes do departamento devem estar engajados com a missão a ser conquistada, para que consigam envolver as outras áreas a entenderem e aceitarem de maneira mais natural a filosofia e cultura da Prevenção de Perdas, que trará bons resultados a todos: - Desenvolvimento de indicadores; - Contratação com perfis de campo e estratégicos; - Planejamento estratégico bem definido; - Metas a curto, médio e longo prazo; - Disseminação da Cultura da Prevenção de Perdas na Empresa. Autor: Manoel José Oliveira Santos - Professor e Coordenador de Prevenção de Perdas das Lojas ETNA, com 14 anos de atuação no Varejo Brasileiro

Teoria e dicas contra Fraudes empresariais

Teoria Geral da Fraude e Fatores Psicológicos Como acontece na maioria dos crimes, as fraudes podem ser explicadas pela coexistência de três fatores primários: 1 - A existência de golpistas motivados. 2 - A disponibilidade de vítimas adequadas e vulneráveis. 3 - A ausência de regras, "guardas" ou controladores eficazes. No caso específico do Brasil (mas podem acreditar que vale, por uma razão ou outra, também para muitos outros países, inclusive do “primeiro mundo”) isso se concretiza, gerando um ambiente propício as fraudes, principalmente em função dos seguintes fatores e condições concomitantes: 1 - Existência de Golpistas Motivados: carência de alternativas para determinadas classes sociais, ineficiência das leis, incerteza da pena, incerteza jurídica, sistema financeiro evoluído, existência de inúmeras oportunidades, pouca fiscalização, pouca organização das autoridades em nível nacional, desrespeito as leis encarado como comportamento comum (inclusive em função dos exemplos em nível de governo). 2 - Disponibilidade de vítimas adequadas e vulneráveis: pouca informação e divulgação preventivas, necessidade em muitos setores (capital nas empresas, crédito nas classes baixas...), ignorância e ingenuidade difusas, ganância come valor cultural difuso, desrespeito as leis encarado como comportamento comum (inclusive em função dos exemplos em nível de governo). 3 - Ausência de regras, "guardas" ou controladores eficazes: percepção do problema como não prioritário, despreparo e pouco treinamento específico das autoridades de polícia, escassa coordenação em nível nacional de ações contra fraudadores, falta de leis específicas e pouca clareza em algumas das existentes, falta de organismos dedicados à luta contra estes fenômenos. Como suspeitar de uma fraude em sua empresa ou no seu setor : Excesso de cheques cancelados. Solicitação de assinaturas sempre urgentes e de última hora. Processos já pagos, no arquivo morto, com falta de documentação.Controles sempre atrasados. Muitas reclamações de clientes sobre pagamentos já efetuados. Entulho nos cantos do terreno da fábrica, que pode ter sido trazido pelos caminhos de recolhimento de sucata. Caixas ou peças fora do local próprio de armazenamento, que numa contagem física dos estoques podem não ser consideradas. Etiquetas de identificação e movimentação de materiais com muitas rasuras e acertos. Fornecedores alegando recebimentos em duplicidade. Devoluções de clientes por defeito ou falta de mercadoria Muitos vales e adiantamentos no caixa. Muitos cheques no caixa a depositar. Muitos pedidos de reforço de caixa, indicando grande válvula de possíveis saídas irregulares. Volume excessivo de conferências e lançamentos que se arrastam no tempo. Pessoal propondo soluções muito rápidas para problemas sérios e delicados. Volume de cheques de terceiros devolvidos, podendo estar vinculado a possíveis trocas de cheques. Procrastinação na verificação das verdades em quaisquer áreas. Afirmações e queixas dos empregados que os serviços de auditoria emperram o expediente normal de trabalho. Tentar simplificar controles, onde eles são realmente importantes. Alegar falta de pessoal disponível para análises e levantamentos. Caixas, com produtos, abertas e relacradas. Pessoas que se opõem a levantamentos, alterações de procedimentos, modificações de directrizes e outras transformações.

terça-feira, dezembro 11, 2012

Gerenciamento de Crise de acordo com o negócio

O gerenciamento de crises é um tema muito atual e tem inúmeros conceitos e utilizações. Entender o conceito de Gerenciamento de Crises é essencial para a elaboração do seu Plano de Continuidade do Negócio. Primeiramente, é interessante nos basearmos na conceituação e explorarmos um pouco as formas em que são utilizados, observe que as conceituações estão ligadas diretamente ao tipo de “negócio” em que será empregado. Por exemplo, o FBI, Federal Bureau of Investigation ou Departamento Federal de Investigação conceitua crise como: “um evento ou situação crucial, que exige uma resposta especial da Polícia, a fim de assegurar uma solução aceitável”. Já o Institute for Crisis Management define crise como: “uma ruptura empresarial significativa que estimula extensa cobertura da mídia. O resultado do exame minucioso feito pelo público afetará as operações normais da organização podendo, também, ter um impacto político, legal, financeiro ou governamental nos negócios.” Para Brasiliano, uma crise pode ser definida como: “um momento ou acontecimento indeterminado cujo resultado estabelecerá a diferença”. Otto Lerbinger em seu livro The Crisis Manager define crise como: “um evento que traz ou tem potencial para trazer à organização uma futura ruptura em sua lucratividade, seu crescimento e, possivelmente, sua própria existência”. Para Mário Rosa, em seu livro A Era do Escândalo: “as crises de imagem ou crises de reputação constituem um tipo particular de crise, diferente de todas as outras que podem atingir líderes ou organizações”. Essas crises são potencialmente mais devastadoras porque podem destruir o maior patrimônio de um profissional ou instituição: sua credibilidade. O Gabinete de Segurança Institucional da República Federativa do Brasil utiliza a definição de crise como sendo: “Fenômeno complexo, de diversas origens possíveis, internas ou externas ao País, caracterizado por um estado de grandes tensões, com elevada probabilidade de agravamento e risco de sérias consequências não permitindo que se anteveja com clareza o curso de sua evolução”. De acordo com Graça Melo Gomes, na apostila de gerenciamento de crises da Universidade Gama Filho: “a palavra vem do latim e tem equivalência com a palavra VENTO. O vento é uma ação da natureza capaz de gerar modificações leves ou profundas nas estruturas por onde passa. E, quando vem forte, uma coisa é certa: nada fica como antes. Gera praticamente uma impossibilidade de volta aos padrões antigos. Assim é a crise. Esse vento pode ser organizacional, técnico, financeiro, político, interno, externo, entre outras fontes. Quando ele sopra algo acontece e as estruturas mudam e nada mais é como antes”. Já, de acordo com a apostila de gerenciamento de crises da academia da Polícia Civil da Bahia: O estudo etimológico da palavra “crise” nos mostra o seu verdadeiro significado atual. O termo “crise” que possui variações mínimas em muitos idiomas origina-se do grego krinein, que quer dizer “decidir” ou, mais apropriadamente, “a capacidade de bem julgar”. A primeira e muito apropriada aplicação do termo ocorreu na Medicina. Cumpre guardar essa noção, válida tanto para Hipócrates, Pai da Medicina, na Grécia Antiga, quanto para os Encarregados da Aplicação da Lei nos dias atuais: na essência do termo “crise” está uma qualidade mais arte do que ciência definida como “a capacidade de bem julgar”. É claro que existem outros conceitos sobre crise, apenas destaquei aqueles que julgo serem mais conhecidos e que podem ser adaptados a diversos tipos de empresas. Otto Lerbinger menciona também a definição de crise dada por Charles F. Hermann. Para que exista uma crise, é preciso que haja essas três características: os administradores devem reconhecer a ameaça (ou risco) e acreditar que ela possa impedir (retardar ou obstruir) as metas prioritárias da organização; devem reconhecer a degeneração e irreparabilidade de uma situação se eles não tomarem nenhuma ação; e devem ser pegos de surpresa. Essas três características da crise refletem estas descrições: subtaneidade, incerteza e falta de tempo. As crises têm algumas características que podem auxiliar na identificação de uma situação mais grave para a empresa. As características mais comuns de uma crise são: • As coisas acontecem de repente; • É preciso tomar decisões urgentes; • O tempo é curto; • Ameaças específicas são identificadas; • Todo mundo quer informações urgentes sobre o que está acontecendo; • Há uma sensação geral de perda de controle; • A pressão cresce a cada segundo; • Trabalhos de rotina se tornam extremamente difíceis; • O pessoal de fora (imprensa, sindicatos, políticos, amigos) começa a ter um súbito interesse pela empresa; • A reputação da empresa se abala; •As comunicações ficam incrivelmente difíceis de serem gerenciadas (tanto as internas quanto as externas). Doutrinariamente se estuda a crise e as características essenciais, quais sejam: • Imprevisibilidade; • Compressão de tempo (urgência); • Ameaça de vida; e • Necessidade de: postura organizacional não rotineira, planejamento analítico especial, capacidade de implementação e considerações legais especiais. De acordo com Institute for Crisis Management, os tipos de crises podem ser classificadas como: atos de Deus, problemas mecânicos, erros humanos e decisões ou indecisões administrativas. Seja qual for a origem da crise ela poderá ser classificada quanto aos níveis de resposta exigida e será com base em um desses conceitos, de acordo com o seu tipo de negócio, que a organização poderá estruturar seu Plano de Continuidade. A conceituação do que é crise para o seu tipo de negócio será o início da preparação do planejamento. Autor: Cláudio dos Santos Morettiv

Varejista de produtos esportivos controla estoque com RFID

A Mammoth Outdoor Sports mantém a visibilidade sobre as suas lojas, por meio de relatórios diários dos produtos disponíveis Por Claire Swedberg 27 de novembro de 2012 - O controle de estoque da Mammoth Outdoor Sports, de Sierra Nevada, Califórnia, não é uma tarefa fácil, pois a empresa vende mercadorias em diversos locais. A empresa opera um depósito central de 30.000 metros quadrados, que atende suas três lojas de varejo e também exposições, onde vende seus produtos, e uma loja online. Para gerenciar seu inventário de vestuário, calçados, pranchas de snowboard, equipamento de esqui, equipamentos de camping e bicicletas em todos esses locais, a empresa utiliza um sistema único e centralizado com uma solução baseada em RFID, fornecida pela Truecount. Em seu armazém da cidade de Bishop, a Mammoth tradicionalmente separa seu inventário em duas categorias: mercadorias vendidas nas lojas físicas ou em exposições e produtos vendidos online. Esta prática ajuda a garantir a organização, de acordo com a empresa, mas requer o armazenamento e gerenciamento rigoroso de estoque. "Nós queríamos saber o nosso inventário diariamente no armazém com mais precisão e também nas lojas de varejo, mas com flexibilidade", diz Phil Hertzog, da Mammoth. Esta flexibilidade viria da gestão de todas as suas mercadorias de uma forma unificada, independente do ponto de revenda. Phil Hertzog, da Mammoth Outdoor Sports Hertzog também queria o sistema para reduzir o sumiço de produtos. Quando as mercadorias são movidas para vários locais, os produtos muitas vezes acabam desaparecendo e é difícil rastrear onde foi perdido. Hertzog esperava por uma solução que pudesse determinar mais rapidamente onde o inventário está localizado e quando desaparece um produto. A empresa começou a testar a tecnologia há um ano em todas as três lojas, além do armazém. As tags RFID passivas EPC Gen 2 (modelo SC3001964), da Smartrac, são primeiro impressas e codificadas em uma impressora RFID RZ400, da Zebra Technologies, e depois são aplicadas a novos produtos que chegam ao armazém. Cada etiqueta de identificação está relacionada ao item de estoque (SKU) no software da Truecount, residente no servidor da Mammoth. A empresa solicitou tags para um total de 100.000 itens já marcados até o momento, para os quais o sistema atualiza o status automaticamente. Se um item é enviado para uma das lojas, sua tag é interrogada utilizando um computador de mão com um leitor MC3090-Z, da Motorola Solutions, antes de ser carregado em um caminhão para o seu destino final. Um processo similar é usado para veículos de carga indo para uma exposição, como um show de snowboard ou outro evento em que o varejista vende produtos. Uma vez que as mercadorias são recebidas em uma das lojas, um leitor de mão é usado para interrogar cada tag e atualizar seu status. Em uma base diária, os funcionários podem levar handhelds a todas as lojas e ler todas as tags, realizando uma verificação de inventário diária. O software da Truecount é integrado com o sistema Retail Star, da Mammoth, existente em cada ponto-de-venda (PDV) e fornecido pela CAM Commerce Solutions. Isto permite capturar os dados referentes a cada peça de mercadoria por meio de sua tag. No caso de um item estar ausente durante uma verificação de inventário, um trabalhador pode começar a procurar por ele e os gerentes da loja terão um registro indicando em qual dia o produto foi perdido e em que local. Quando o produto retorna de uma exposição, a informação do PDV sobre os itens vendidos é automaticamente comparada com as tags lidas como os produtos devolvidos e recebidos na loja. Se alguma coisa está faltando, o sistema sabe o que desapareceu e quem estava responsável pelos bens. Um desafio enfrentando pela Truecount, diz Zander Livingston, CEO da empresa, "foi que o local é bastante remoto, pois fica a quatro horas do aeroporto mais próximo, por isso, tivemos de garantir que podemos apoiá-los logisticamente durante a instalação e treinamento".

RFID e NFC-E: vale a pena acreditar desde já

O uso de tecnologia RFID (sigla que em inglês significa "Radio-Frequency Identification") vem crescendo visivelmente no varejo brasileiro, e isto deve trazer muitos benefícios adicionais à redução de perdas e prevenção de fraudes que pequenos dispositivos do gênero já proporcionam ao mercado. Em bom Português, a identificação por radiofrequência é a tecnologia que utiliza sinais de rádio para armazenamento e transmissão de dados por meio de um conjunto composto basicamente por sensores - instalados em pontos previamente definidos - e etiquetas - fixadas tanto nos estoques quanto nas áreas destinadas à exposição dos produtos. Utilizando aparelhos especiais de leitura, várias tarefas operacionais podem ser automatizadas com grande precisão. Inventários, movimentação de cargas e até mesmo as operações de checkout tornam-se bem mais eficientes, por exemplo. Estima-se ainda que 40% das perdas em supermercados brasileiros decorram de furtos, 43,4% deles praticados internamente. As etiquetas RFID também agem de maneira efetiva na prevenção destas ocorrências, seja qual for sua origem. Brevemente, porém, aplicações do gênero devem ganhar uma nova dimensão entre nós, graças ao Brasil-ID, projeto que está sendo implantado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, em conjunto com a Receita Federal do Brasil e as Secretarias de Fazenda dos Estados, visando rastrear e autenticar mercadorias postas em circulação País afora. Outro projeto em gestação é a Nota Fiscal Eletrônica de Consumidor, que já está sendo testada em seis Estados. A NFC-e, como é mais conhecida, representa uma evolução da Nota Fiscal Eletrônica, implantada no Brasil a partir de 2006, e que, em setembro de 2012 -apenas seis anos após seu início - atingiu a marca de 890.849 emissores, com um montante de 5,4 bilhões de documentos autorizados. Seus princípios são os mesmos da NF-e: uso de certificado digital para validade jurídica; acompanhamento do DANFE, documento auxiliar impresso que representa o original digital; e uma série de procedimentos de contingência. No varejo, poderá simplificar significativamente o checkout das lojas e reduzir os custos burocráticos e tecnológicos inerentes à aquisição e manutenção dos atuais equipamentos de emissão de cupons fiscais. Finalmente, o Banco Central e o Ministério das Comunicações já avançam na discussão de propostas adequando a legislação brasileira aos sistemas de mobile payment, ou pagamentos móveis, por meio de telefone celular, como tem sido largamente divulgado. Em breve, portanto, teremos um Projeto de Lei ou uma Medida Provisória definindo regras sobre o tema. Enfim, enquanto muitos empreendedores ainda teimam em acreditar que o SPED seja assunto restrito a profissionais das áreas tributária e tecnológica, o futuro do varejo brasileiro passa por uma profunda transformação, patrocinada pelos desdobramentos naturais desse processo. O uso integrado de NFC-e; Brasil-ID e mobile payment vai proporcionar um novo patamar de gestão e atendimento para o setor ,indo certamente muito além da redução de custos e melhoria de rotinas. A realidade está definida por uma verdadeira destruição criadora, ao melhor estilo do pensador austríaco Joseph Schumpeter, sob a égide da inovação decorrente de novas tecnologias que servirão de base para um novo padrão de competitividade. Acreditar ou não nessa revolução silenciosa é assunto ultrapassado. O importante é começar a entendê-la e preparar o varejo para esse enorme salto de produtividade. (*) Roberto Dias Duarte é administrador de empresas, palestrante e professor de pós-graduação da PUC-MG e do Instituto IPOG.segunda-feira, 3 de dezembro de 2012RFID e NFC-E: vale a pena acreditar desde já O uso de tecnologia RFID (sigla que em inglês significa "Radio-Frequency Identification") vem crescendo visivelmente no varejo brasileiro, e isto deve trazer muitos benefícios adicionais à redução de perdas e prevenção de fraudes que pequenos dispositivos do gênero já proporcionam ao mercado. Em bom Português, a identificação por radiofrequência é a tecnologia que utiliza sinais de rádio para armazenamento e transmissão de dados por meio de um conjunto composto basicamente por sensores - instalados em pontos previamente definidos - e etiquetas - fixadas tanto nos estoques quanto nas áreas destinadas à exposição dos produtos. Utilizando aparelhos especiais de leitura, várias tarefas operacionais podem ser automatizadas com grande precisão. Inventários, movimentação de cargas e até mesmo as operações de checkout tornam-se bem mais eficientes, por exemplo. Estima-se ainda que 40% das perdas em supermercados brasileiros decorram de furtos, 43,4% deles praticados internamente. As etiquetas RFID também agem de maneira efetiva na prevenção destas ocorrências, seja qual for sua origem. Brevemente, porém, aplicações do gênero devem ganhar uma nova dimensão entre nós, graças ao Brasil-ID, projeto que está sendo implantado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, em conjunto com a Receita Federal do Brasil e as Secretarias de Fazenda dos Estados, visando rastrear e autenticar mercadorias postas em circulação País afora. Outro projeto em gestação é a Nota Fiscal Eletrônica de Consumidor, que já está sendo testada em seis Estados. A NFC-e, como é mais conhecida, representa uma evolução da Nota Fiscal Eletrônica, implantada no Brasil a partir de 2006, e que, em setembro de 2012 -apenas seis anos após seu início - atingiu a marca de 890.849 emissores, com um montante de 5,4 bilhões de documentos autorizados. Seus princípios são os mesmos da NF-e: uso de certificado digital para validade jurídica; acompanhamento do DANFE, documento auxiliar impresso que representa o original digital; e uma série de procedimentos de contingência. No varejo, poderá simplificar significativamente o checkout das lojas e reduzir os custos burocráticos e tecnológicos inerentes à aquisição e manutenção dos atuais equipamentos de emissão de cupons fiscais. Finalmente, o Banco Central e o Ministério das Comunicações já avançam na discussão de propostas adequando a legislação brasileira aos sistemas de mobile payment, ou pagamentos móveis, por meio de telefone celular, como tem sido largamente divulgado. Em breve, portanto, teremos um Projeto de Lei ou uma Medida Provisória definindo regras sobre o tema. Enfim, enquanto muitos empreendedores ainda teimam em acreditar que o SPED seja assunto restrito a profissionais das áreas tributária e tecnológica, o futuro do varejo brasileiro passa por uma profunda transformação, patrocinada pelos desdobramentos naturais desse processo. O uso integrado de NFC-e; Brasil-ID e mobile payment vai proporcionar um novo patamar de gestão e atendimento para o setor ,indo certamente muito além da redução de custos e melhoria de rotinas. A realidade está definida por uma verdadeira destruição criadora, ao melhor estilo do pensador austríaco Joseph Schumpeter, sob a égide da inovação decorrente de novas tecnologias que servirão de base para um novo padrão de competitividade. Acreditar ou não nessa revolução silenciosa é assunto ultrapassado. O importante é começar a entendê-la e preparar o varejo para esse enorme salto de produtividade. (*) Roberto Dias Duarte é administrador de empresas, palestrante e professor de pós-graduação da PUC-MG e do Instituto IPOG.v

Ceilog demonstra na prática o que a RFID pode fazer pela logística

Grupo PC Sistemas e seus parceiros criaram um centro em Goiânia para expor aos clientes como a tecnologia pode dinamizar a cadeia de suprimentos Edson Perin 23 de novembro de 2012 - Um mês antes de eu ir ao Ceilog Ana Patrus (Centro de Excelência e Inovação em Logística), em Goiânia, a convite da PC Sistemas, eu tive dois encontros entusiasmantes. Primeiro, com Reinaldo Andrade, principal executivo de canais da Intermec Technologies do Brasil, que me explicou sobre o Ceilog e me recomendou que conversasse com o seu idealizador, o empresário Wagner Patrus, fundador e CEO da PC Sistemas, empresa líder em software de gestão de logística. Semanas depois de falar com Andrade, Patrus veio a São Paulo e me convidou para uma conversa mais ampla sobre o Centro de Excelência e Inovação em Logística.
Empilhadeira utilizada para demonstrar os recursos de RFID para um armazém O projeto é realmente interessante e pessoalmente se torna ainda mais encantador pelo fato de ser muito mais do que um showroom das tecnologias desenvolvidas pela PC Sistemas e seus parceiros nacionais e internacionais, como é o caso da Intermec, porque também funciona como um laboratório para desenvolvimento de software e soluções de identificação por radiofrequência (RFID) para as necessidades do mercado brasileiro. "A margem das empresas é muito baixa no segmento de logística, no Brasil. Beira os 3%”, disse Patrus, afirmando que com o uso da tecnologia RFID as empresas podem obter ganhos maiores. O Ceilog tem tudo para demonstrar o uso da RFID na prática, incluindo um mini Centro de Distribuição (CD), onde as mercadorias utilizam diferentes tipos de tags e uma empilhadeira de verdade, equipada com leitor RFID, faz todo o processo de armazenamento e localização de produtos. Também foi instalado no local um checkout de supermercado também equipado com RFID, para demonstrar a nova experiência de um consumidor em uma loja equipada com a tecnologia. “O espaço é voltado à aplicação de soluções inovadoras, entre elas o RFID. Por meio de pesquisa, criação e aplicação prática, a meta é atender de forma customizada a cadeia logística e dinamizar os processos de armazenagem, distribuição e controle dos produtos”, explicou Ezequiel Borges, diretor de estratégia da PC Sistemas. “Desenvolvemos soluções viáveis e acessíveis para atender os problemas logísticos de planejamento, simulação, otimização, sensorização, monitoramento, execução e controle da circulação das mercadorias” O projeto recebeu investimentos de R$ 2,4 milhões e nasceu a partir da aliança do Grupo PC e de parceiros fornecedores de tecnologias e de equipamentos. Juntos, formaram um grupo de pesquisa para explorar a inovação tecnológica, aplicando soluções por meio de projetos customizados para os processos logísticos da cadeia de abastecimento. Wagner Patrus, CEO da PC Sistemas Além do desenvolvimento tecnológico, o CEILOG contempla a criação de negócios, atuando como incubadora para startups de novas empresas. Engloba ainda o processo de proteção à propriedade intelectual, com o licenciamento de patentes, publicações técnico-científicas, com capacitação empresarial e pesquisas de campo. Os projetos de RFID desenvolvidos são adequados às necessidades específicas de cada negócio, adaptando cada sistema de acordo com as demandas do cliente. “O mercado, que antes não sabia como implantar as inovações promovidas pelo RFID. Hoje, com uma solução sob demanda pode adotar as facilidades desta tecnologia. No atacado, por exemplo, a ideia é facilitar o inventário a partir da implementação de tags nos pallets, o que reduz a operação de dois dias para apenas quatro horas”, explica Patrus. O Ceilog está inserido no complexo tecnológico da PC Sistemas, em Goiânia, que possui uma área total construída de 5,5 mil metros quadrados e abriga cerca de 500 colaboradores. Sua meta é resolver os problemas logísticos da cadeia de abastecimento, beneficiando a redução de rupturas de estoque, divergências de inventário, custos com mão de obra, custos da logística direta ou reversa e perdas. “O objetivo é utilizar o Ceilog como um instituto de pesquisa para o desenvolvimento de novas soluções capazes de alavancar a competitividade das empresas na cadeia de abastecimento e apoiar o crescimento sustentável de suas operações”, diz Patrus. De acordo com Reinaldo Andrade, da Intermec, a tecnologia RFID oferece alternativas vantajosas para aplicações em armazéns, especialmente, como uma complementação ou substituição do uso de código de barras. “O Ceilog apresenta e discute estas alternativas com seus clientes”. As principais aplicações, segundo ele, são identificação de posições e pallets, identificação com leitores e antenas veiculares (empilhadeiras, paletadeiras), com leitores e antenas em portais fixos e com leitores portáteis integrados a coletores de dados. “Também são discutidos o uso de tags integrados a etiquetas adesivas, para gravação com impressoras de código de barras e RFID, e tags robustas”, explicou Andrade.

Prevenção de Perdas - Puro conhecimento

Por Gilberto Quintanilha Júnior |
Algum tempo atrás conheci um COACH que logo após me cumprimentar disse a seguinte frase "Prevenção de Perdas...difícil hein, nessa área tem de conhecer tudo..." Durante algum tempo mantive reflexão sobre esta frase, de um lado estava contente, pois é fato de que a área de Prevenção de Perdas, ou melhor, seus agentes atuantes, devem possuir uma vasta gama de conhecimento sobre leis vigentes, processos e regras internas, porém por outro lado fiquei preocupado com o peso da responsabilidade de atuar com tanto conhecimento, tendo como base as constantes mudanças em leis, regras ou mesmo processos inerentes ao negócio em que atuamos. Essa preocupação era latente, principalmente com cada revisão de processo que a equipe realizava, onde além de fazer o papel de avaliador ainda tínhamos que atuar na disseminação das novas informações junto a toda a empresa. Nesse momento ficou ainda mais clara as reais formas de atuação ou mesmo funções desta, cada vez mais importante área da empresa. Percebi que realmente o papel do Agente de Prevenção de Perdas ou Auditores que atuam junto à prevenção está pulverizado nas mais diversas ações, tais como: Auditar a conformidade sobre processos inerentes às regras e leis vigentes; Analisar os referidos processos e propor melhorias; Realização e Auditoria de Inventários de forma a validar os resultados obtidos. Análise de resultados de perdas e criação de Planos de Ação junto a Gerentes de Unidades, Áreas, Departamentos ou Setores. Realizar treinamentos de forma a disseminar as regras, normas e leis; Avaliar a aplicabilidade de novas tecnologias junto aos processos existentes Claro que dentre as funções acima sempre atuamos com parcerias das áreas como Logística, Segurança, RH, Jurídico. SESMET e TI, parceria essa que permite agregar ainda mais conhecimento. A busca pelo conhecimento de tantas áreas faz com que o profissional de Prevenção de Perdas conheça todos os processos e acabe interagindo junto a tomadas de decisão de forma a sempre identificar possíveis correções ou melhorias que permitirão alcançar os resultados esperados. Outro ponto importante é que este profissional está sempre em constante atualização tecnológica, seja por conhecimento de equipamentos que possam trazer maior segurança, por aplicações que permitam identificar situações de risco ao negócio ou mesmo o casamento de hardware e software que possam permitir a identificação e ação preventiva sobre as mais variadas formas de perda. Foi com essa visão que percebi que o comentário do COACH realmente tinha uma importância impar, pois em paralelo com o crescimento da área de Prevenção de Perdas junto as empresas, também temos uma nova valorização sobre os responsáveis por esta área, estes cada vez mais envolvidos com grande parte dos processos de toda a empresa e em especial com o objetivo principal, o lucro! Escrevi então este artigo para tentar salientar que a Prevenção de perdas está, ou melhor, deve estar cada vez mais atenta a todos os processos, podendo assim atuar não somente no combate de perdas de estoques, como os de imagem, perdas financeiras, perdas por ações judiciais, trabalhistas, perdas provenientes de irregularidades fiscais, contábeis ou ainda relativas a segurança patrimonial e empresarial. Sendo assim, podemos dizer que hoje a Prevenção de Perdas abrange não somente o comércio como também a indústria ou qualquer outro segmento que tem como objetivo o aumento crescente de sua lucratividade.

sexta-feira, dezembro 07, 2012

O Bullpup sniper russo.

DESCRIÇÃO Por Ottavio B. Correa O projeto do rifle SVU (Snaiperskaya Vintovka Ukorochennaya – rifle sniper encurtado) remonta ao ano de 1970, quando havia se decido desenvolver um rifle sniper compacto pra as tropas paraquedistas soviéticas (VDV). O rifle foi projetado usando o sistema de ação padrão do Dragunov SVD, mas convertido para um “layout” bullpup. Na época, este projeto nunca passou do estágio de desenvolvimento, mas em torno de 1991, foi ressuscitado pela Tula Arms Plant e oferecido ao Ministério Russo de Assuntos Internos (MVD) como um rifle para operações urbanas. Acima: O fuzil SDV Dragunov acima do OTs-03 SVU. A diferença de comprimento é notável e facilita muito a mobilidade em ambiente urbano para o modelo SVU. Naquele tempo o MVD aceitou a oferta, mas exigiram que o rifle fosse convertido de semiautomático para uma versão totalmente automática (capaz de fazer rajadas) com modo de fogo seletivo (provavelmente inspirados pelo rifle alemão HK G8, este que é uma variação policial do HK-11 para ser usado com mira telescópica e possui modo de fogo automático). Essa conversão foi realizada pela TsKIB SOO (Uma fabrica de armas para caça e materiais militares, subsidiaria da KBP Instrument Design Bureau). Acima: O fuzil alemão HK-11 influenciou, certamente, a opção por acrescentar capacidade de fogo totalmente automático no OTs-03 SVU. Ele ficou inicialmente conhecido como OTs-03 na versão semiautomática com bipé e OTs-03AS na versão totalmente automática, com seletor de modo de disparo (SVU-AS). Em meados da década de 90 este rifle foi produzido pelo Arsenal de Tula e emitido em números limitados pra varias organizações militares ou policiais em toda a Rússia, mas sua fabricante padrão continuava sendo a TsKIB SOO. O SVU foi visto pela primeira vez em uso na Primeira Guerra da Chechênia (1994-1996). Acima: Um soldado russo faz visada no seu SVU, note o grande cilindro na ponta do cano que serve para reduzir o recuo o som e as chamas dos disparos. O sistema de ação do SVU-AS é basicamente o mesmo do Dragunov SVD (a diferença é que o SVU-AS é automático), um sistema operado a gás onde os gases do disparo são capturados por um orifício acima do cano e transportados por uma espécie de tubo que leva um pistão a movimentar o ferrolho rotativo com três ressaltos disparando 650 tiros por minuto. O SVU tem um sistema de supressão de ruído, quebra-chamas e um freio de boca em uma única peça integrada ao projeto, ou seja, uma configuração padrão que já vem de fabrica que além de diminuir o barulho do disparo e das chamas, age como um diminuidor de recuo e que pode absorver até 40% da energia do “coice” que a arma dá ao disparar. Algo muito útil no campo de batalha, onde usado por atiradores furtivos, reduzem ainda mais as chances destes serem detectados, podendo fazer disparos sem serem ouvidos e também em operações noturnas onde sua posição seria dificilmente encontrada devido ao quebra-chamas diminuir, ou quase anular, o flash quando disparada e também amortecer o recuo em modo automático caso haja necessidade de se usar esse recurso. O SVU-AS além de ter o quebra-chamas/silenciador/redutor de recuo, vem com um bipé montado na parte de baixo do guarda mão. Acima: Atualmente o fuzil SVU é usado pelo ministério do interior da Rússia. O sistema de mira padrão do SVU é alça e massa de miras de ferro com bases dobráveis, com a alça ajustável entre 100 e 1300 metros. Há também trilhos laterais para se montar uma variedade de miras telescópicas e até de visão noturna, sendo que o PSO-1 (Pritsel Snaipersky Optichesky, “Mira óptica sniper”) é a mais popular, notar que esta é a mira padrão do SVD. Além dos itens citados acima, o SVU conta também com uma coronha móvel, ela possui uma mola que faz com que o atirador não receba diretamente o recuo da arma, funcionando como uma espécie de amortecedor. Sistema parecido com o do FG-42 alemão utilizado pelos paraquedistas na Segunda Guerra Mundial. Acima: A luneta PSO-1 em seu estojo do transporte. Essa mira é usada em vários rifles de precisão russos. Muito popular entre os estados membros do Pacto de Varsóvia. O SVU utiliza carregadores tipo “Box” padrões do rifle Dragunov com 10 cartuchos no calibre 7.62x54mmR, carregadores com maior capacidade também foram projetados, mas nunca fabricados. Esse é um inconveniente que pode gerar dor de cabeça para quem utilizar essa arma em modo automático, sua baixa capacidade de comportar munições faz com que em modo de rajadas a munição acabe com certa rapidez, mesmo com sua relativamente baixa cadencia de tiro. Outro fator que pode ser levado em conta é a alta potencia de sua munição, mesmo com todos os aparatos para se reduzir o recuo, ele continua bastante alto. Acima: O OTs-03 desta foto está equipado com uma mira com intensificado de luminosidade para disparos noturnos ou em condições de luminosidade ruins. FICHA TÉCNICA Calibre: 7.62x54mm Rimmed Miras: Padrão PSO-1 4X Carregador: 10 tiros. Taxa de tiro: 650 tiros/ min. Peso vazio: 4,4 Kg (SVU), 5,5 Kg (SVU-AS). Comprimento: 90 cm. Comprimento do cano: 52 Cm.. Sistema de operação: Ferrolho rotativo com tomada de gases Alcance máximo efetivo: 1300 m. Velocidade do projétil: 830 m/s

terça-feira, dezembro 04, 2012

O mercado bilionário da espionagem no Brasil

Operação da PF revelou a venda indiscriminada de dados sigilosos. Em 2011, o mercado - legal e ilegal - de espionagem movimentou no país 1,7 bilhão de reais Por: Kamila Hage
Área de direito de família representa 41% do mercado nacional de espionagem (Thinkstock) A Operação Durkheim, deflagrada pela Polícia Federal na última semana, lançou luz mais uma vez sobre a venda indiscriminada de dados sigilosos no Brasil. A quadrilha tinha braços em variados setores e faziam parte dela policiais, funcionários de bancos e empresas telefônicas. As vítimas do esquema podem chegar a 10 000 pessoas, entre as quais estavam o prefeito Gilberto Kassab, um senador, um ex-ministro, dois desembargadores, um banco, uma retransmissora de TV e inúmeros empresários, que tiveram seus dados violados. Fundamentado na ilegalidade, esse mercado tornou-se próspero para seus operadores e para interessados em devassar a vida e os negócios alheios. Estudo da RCI - First Security and Intelligence Advising, consultoria em inteligência e segurança, estima que o mercado de espionagem tenha movimentado no Brasil 1,7 bilhão de reais em 2011. A cifra inclui serviços de empresas e de profissionais, formalizados ou não, e investimentos em equipamentos e contraespionagem. Regulamentada desde 1957, mas livre de qualquer fiscalização, a profissão de detetive particular abarca uma ampla gama de pessoas, nem sempre éticas ou bem-intencionadas. Os desvios mais comuns são a instalação de escutas telefônicas ilegais e a quebra de sigilo bancário, obtidas com o suborno de funcionários de companhias de telefonia e de instituições financeiras. “O clássico detetive particular vive sempre numa linha tênue entre a legalidade e a ilegalidade. Se ele quiser levantar dados de uma pessoa, dentro da legalidade, vai demorar muito tempo, se é que vai conseguir”, afirma Ricardo Chilelli, especialista em segurança e presidente da RCI. Também é comum que ex-policiais e ex-membros de agências governamentais, em virtude da acessibilidade a dados secretos, componham o furtivo mercado de detetives particulares. A Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, revelou que o bicheiro Carlinhos Cachoeira contava com ajuda de um araponga para plantar grampos em pessoas do seu interesse. O ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, conhecido por Dadá, foi preso na operação, mas, em junho, conseguiu um habeas corpus e está em liberdade desde então. A RCI existe há 22 anos e assessora 25 companhias brasileiras no setor da contraespionagem, para frear o vazamento de informações, principalmente das áreas de planejamento e marketing. “As empresas perdem com espionagem no Brasil de 1 bilhão de reais a 1,5 bilhão de reais”, diz Chilelli. Pesquisa feita com 451 detetives particulares do Brasil aponta que a área de direito de família representa 41% do mercado nacional. Dentro desse nicho, lideram as demandas por suspeita de adultério. É o caso clássico do desconfiado que coloca um espião para acompanhar a rotina do cônjuge, para elucidar suas dúvidas. Mas, segundo Chilelli, os escritórios de advocacia também vêm recorrendo aos artifícios da espionagem. Eles têm contratado detetives para reunir dados que podem ser usados em processos de separação ou de pensão alimentícia. “É uma forma de descobrir o tipo de vida que o espionado leva e qual seu verdadeiro potencial econômico”, afirma. O mundo da espionagem abarca ainda um mercado de dossiês sobre os mais variados temas e que servem, sobretudo, a empresas. A área está em franca expansão e já representa 39% do mercado da espionagem. Na esfera política, esses dossiês as vezes resultam em grandes escândalos, como o que houve nas eleições presidenciais de 2010, com um documento elaborado a partir da quebra de sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do então candidato à presidência José Serra (PSDB). Uma investigação da Corregedoria da Receita Federal descobriu que os dados fiscais de Verônica foram violados duas vezes – ambas em 2009. Localização – Outros 10% dos serviços de espionagem correspondem a pedidos de escritórios de advocacia, para a localização de pessoas que constam como partes de processos judicias, mas estão desaparecidas, o que atrasa o andamento da ação. Apesar de alguns escritórios de advocacia terem como prática recorrer a espiões, há um limite imposto pela lei. Se o serviço contratado envolver alguma ação ilegal, como a quebra de sigilo, o advogado será também responsabilizado pelo crime. O presidente do Tribunal de Ética da seccional São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Carlos Eduardo Fornes Mateucci, afirma que advogados que contratam serviços ilícitos podem ser suspensos por até 120 dias. A punição pode chegar a uma expulsão da OAB, se houver uma condenação judicial. No passado, os detetives particulares eram remunerados por hora de trabalho. Ou seja, quanto mais tempo demorassem em um caso, maior seria o pagamento. Esse cenário mudou. Hoje, eles recebem por empreitada. Assim, buscam o maior número possível de clientes e, portanto, a agilidade se tornou crucial no novo sistema. Abre-se, para os maus profissionais, uma brecha para a ilegalidade. Na prática, recursos como as interceptações telefônicas são usados com frequência como atalhos. Continue a ler a reportagem clicando aqui. Infográfico VEJA
A profissão na prática – A profissão de detetive foi regulamentada em fevereiro de 1957, pela Lei nº3.099. Contudo, não há órgãos fiscalizadores das atividades de investigação particular. Os profissionais que escolheram o lado da legalidade brigam pela aprovação do um projeto de lei no Congresso Nacional que crie órgãos de controle. Doze documentos com esse propósito estão em tramitação no Legislativo. A esperança está no PL nº1211, de 2011, que propõe a criação do Conselho Federal de Detetives do Brasil e institui Conselhos Regionais. O texto aguarda a designação de um relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. “Nossa expectativa é de que a proposta seja votada no próximo ano”, diz Fernando Carvalho, presidente do Sindicato dos Detetives Particulares do Estado de São Paulo (Sindesp). Com quarenta anos de experiência na profissão de detetive particular, Carvalho avalia o peso que uma investigação ilícita pode ter na vida de uma pessoa. “Que autoridade eu tenho para quebrar o sigilo de quem quer que seja? Nunca se sabe para que o cliente quer aquele dado, Será que é para matar, torturar, sequestrar?”, diz. “Detetive tem que ter o pé no chão. Não pode fazer o que quiser.” Fabricio Dias, proprietário da agência Líder Detetives, está no mercado há quatorze anos. “Existem outros caminhos para você conseguir a prova sem ter que passar para o lado da ilegalidade”, afirma. “Um deles é seguir a pessoa e fotografá-la.” A agência tem um corpo de quinze profissionais, que trabalham como freelancers e são pagos por caso. Uma investigação básica custa em média 4 000 reais. No pacote estão inclusas imagens da pessoa seguida e escutas autorizadas, instaladas em casas e automóveis. Os grampos só são considerados autorizados quando o dono da residência ou do carro permite sua instalação. Assim, o mecanismo é muito usado para investigar adultérios, já que o contratante mora na mesma casa do investigado. Apurar uma traição conjugal leva, em média, de cinco a dez dias. Atuar dentro da lei, no entanto, custa clientes às agências especializadas. Fabricio Dias conta ter perdido trabalhos para outras empresas por não oferecer serviços ilegais. “Se o cliente pede, e o detetive fala que é crime, a pessoa simplesmente vai procurar alguém que faça esse trabalho, pois há oferta no mercado.” Vale lembrar: instalar escuta telefônica não autorizada judicialmente é crime previsto em legislação ordinária de 1996. A pena para a violação é de dois a quatro anos de reclusão. Já a quebra do sigilo bancário é ilegal de acordo com lei complementar de 2001, com pena prevista de um a quatro anos de reclusão. Se provado qualquer um dos crimes, a vítima ainda pode processar o culpado por danos morais com pedido de indenização, pois a inviolabilidade da intimidade é um direito garantido pela Constituição Federal. Contraespionagem – Do outro lado do balcão, há a contraespionagem, a defesa de informações sigilosas. Com medo do impacto econômico que o vazamento de um dado pode gerar, muitas companhias contratam consultorias para neutralizar a venda de dados sigilosos. Essas empresas contam com uma gama abundante de equipamentos que identificam câmeras de vídeo, microfones e outros artifícios tecnológicos usados no mercado da espionagem. “A cada dez vezes que me chamam para verificar se existem grampos em uma empresa, em seis eu encontro alguma coisa”, afirma Ricardo Chilelli, que atua no setor. Da cifra de 1,7 bilhão de reais que o mercado da espionagem movimentou em 2011 no Brasil, pelo menos 543 milhões foram gastos em contraespionagem. As companhias não economizam na proteção de suas informações e usam recursos cinematográficos para isso. Um deles é a “sala antigrampo”. No Brasil há 286 salas desse tipo, que custam de 75 000 a 500 000 dólares. Elas não possuem janelas e são equipadas com apetrechos capazes de identificar qualquer atividade eletromagnética. Não é possível usar gravador, celular ou microfone dentro do ambiente. Esse tipo de cômodo é usado por empresários para reuniões que envolvem negociações secretas ou, por vezes, escusas. A maior parte das salas antigrampo está em Brasília. “As empresas montam o que chamam de “escritório de relações governamentais” na capital federal, onde são instaladas essas salas. A função é criar ambientes seguros para fazer o famoso lobby”, afirma Chilelli. Os números da espionagem no Brasil mostram o valor da informação, seja ela pessoal ou empresarial. No mundo dos negócios, a relevância dos dados é refletida nos ganhos e perdas econômicos de uma corporação. Na vida pessoal, o uso de dados fruto de espionagem podem causar desde um divórcio milionário até um crime passional

Seleção nada natural

Mico-leão-dourado (Leontopitechus rosalia): vive na Mata Atlântica O risco de extinção das espécies brasileiras é evidente e aumenta a cada dia. Mas o problema pode ter começado muito antes da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil por Marcelo DelduqueFonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL No fim de 2000, uma ararinha-azul macho que vivia livre na natureza sumiu de Curaçá, no sertão baiano. Foi o ato derradeiro de uma luta que ecoou muito além dos limites do semiárido nordestino. A menor entre as araras brasileiras, de nome científico Cyanopsitta spixii, era uma sertaneja forte, de asas longas, com voo sofisticado e econômico de energia, adaptada ao ralo alimento encontrado no semiárido. No entanto, essa espécie evoluída em termos adaptativos era bela demais, e não forte o bastante, para resistir à predação humana. Extinções sempre existiram, pelo menos há 3 bilhões de anos quando teve início a vida no planeta. A grande maioria das espécies que surgiram não está mais aqui. E a biodiversidade que conhecemos é resultado de complexa teia de seleção de espécies mais bem adaptadas a cada condição natural. O ser humano provocou mudanças sem precedentes na trajetória da vida. Em alguns milhares de anos, ele conquistou todos os continentes, dotado de um poder destrutivo comparável aos fenômenos responsáveis pelas extinções em massa no passado remoto - a exemplo do súbito desaparecimento dos dinossauros. Quanto já extinguimos? "Os biólogos acham difícil apresentar sequer uma estimativa aproximada da hemorragia, porque, para começar, sabemos pouquíssimo sobre diversidade. Extinção é o processo biológico mais obscuro e localizado", explica o naturalista americano Edward Wilson. E arrisca: "A atividade humana aumentou a extinção em mil e 10 mil vezes além desse nível [o nível natural] nas florestas tropicais apenas pela redução de sua área. Claramente estamos vivendo um dos grandes espasmos de extinção da história geológica". A ararinha-azul foi dizimada pela avidez dos traficantes de pássaros, estimulados por colecionadores que chegavam a pagar até 40 000 dólares por um único espécime. Como no processo econômico de oferta e demanda, o valor inflacionou à medida que a ave rareava. Em 1995, pesquisadores chegaram a soltar no sertão uma fêmea nascida em cativeiro. Mas o tão esperado acasalamento nunca aconteceu. Após o sumiço do macho de Curaçá, a guerra passou a ser travada em cativeiro. O objetivo é parear os cerca de 70 exemplares existentes mundo afora, "contemplando o máximo de diversidade genética possível", informa a bióloga Yara Barros, coordenadora de cativeiro do Comitê Permanente para Recuperação da Ararinha-Azul, vinculado ao Instituto Chico Mendes. "O desafio para os próximos anos é aumentar a população em cativeiro para, no futuro, tentar a soltura na natureza." Uma questão crucial é se as matrizes existentes ainda poderão dar conta de manter uma população viável. "Infelizmente, isso é o que temos", resigna-se Yara. Além da herança genética, há os aspectos de conhecimento e aprendizagem que passam de pai para filho, como busca por alimento e técnicas de proteção contra predadores. Se a espécie retornar de fato ao ambiente, esses hábitos deverão ser reaprendidos. O impacto da ação humana no Brasil pode ser bem mais antigo que o desembarque da esquadra de Cabral há 500 anos. Na realidade, o ser humano chegou à América do Sul há pelo menos 12 mil anos, e os primeiros grupos que povoaram os campos no continente conviveram com uma fauna estranha aos dias atuais. Os caçadores nômades foram atraídos pela fartura de grandes mamíferos, como preguiças, tatus gigantes, e outros animais, como elefantoide, toxodonte e esmilodonte - alguns maiores que bois. A chegada do ser humano coincidiu com a súbita extinção dessa megafauna, o que sugere uma associação entre os dois eventos. Os homens teriam se fartado tanto com a abundância quanto com a facilidade de caça, sem dar conta do extermínio. É apenas uma hipótese, mas pode ter sido o prenúncio do que estava por vir. Até os portugueses aportarem, não há indícios de nenhum evento de impacto tão profundo como o extermínio da megafauna - várias espécies teriam sido extintas logo no começo da colonização. Segundo relata o historiador Warren Dean, o cronista Fernão Cardim havia descrito uma ave de penas de "quase todas as cores em grande perfeição, a saber, vermelho, amarelo, preto, azul, pardo, cor de rosmaninho, e de todas estas cores tem o corpo salpicado e espargido", que não corresponderia a nenhuma espécie encontrada nos dias atuais. O resultado é que o Brasil é hoje o segundo país em número de espécies ameaçadas. Está atrás apenas da Indonésia, de acordo com a Fundação Biodiversitas - entidade encarregada da lista vermelha de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção que segue metodologia da União Mundial para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). De acordo com o último levantamento, existem 627 bichos ameaçados no Brasil, contra os 207 relacionados em 1989. Há sete espécies extintas definitivamente e duas extintas na natureza. "Em 1989, participaram do levantamento 22 especialistas; já em 2003 [data da última pesquisa realizada] foram 227 pessoas", explica Rafael Thiago, da Biodiversitas. "As descobertas de novas espécies e as pesquisas aumentaram; porém, ainda conhecemos bem pouco sobre nossa fauna. Mas as pressões também se tornaram mais agudas", diz. Embora imperfeitas, as listas ajudam a subsidiar políticas públicas de conservação, a fomentar a pesquisa e o manejo, e até estimulam a criação de unidades de conservação. Não fosse uma espécie vistosa, o desaparecimento da ararinha-azul sequer teria sido registrado. As araras fascinam. Foram os bichos mais perseguidos durante a formação do Brasil, e serviam de símbolo para identificar a colônia nos mapas, com diz a legenda: "Brasilia sive terra papagallorum". Espécies exuberantes tanto atraem a cobiça de caçadores, como são capazes de sensibilizar as pessoas sobre a importância de conservá-las na natureza. E a bandeira levantada em favor de sua proteção, quando bem articulada, ajuda a proteger o bioma em que ela está inserida. É uma estratégia conservacionistas. É assim com a onça-pintada, com as baleias franca e jubarte, com outras araras; com o peixe-boi, com os primatas de forma geral e com as tartarugas-marinhas: são bichos que representam a natureza brasileira e catapultam os esforços para conservá-la. É o caso do mico-leão-dourado, diminuto primata endêmico das florestas de baixada da Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro. A ação de traficantes de animais, associada ao desmatamento, reduziu a população a cerca de 250 indivíduos, em meados da década de 1960. Foi quando o alarme soou, graças à voz quase solitária do primatólogo Adelmar Faria Coimbra Filho, integrante da pioneira Fundação Brasileira da Conservação da Natureza (FBCN), cujos estudos culminaram na criação da primeira reserva biológica no país, a de Poço das Antas, em 1974. Mas a área da reserva não era suficiente para abrigar uma população viável de micos, que precisariam de fragmentos da floresta dos arredores em propriedades particulares. Sem áreas conectadas, as populações se isolariam. Avançar as áreas florestadas para dentro das fazendas implicava romper paradigmas, como lembra a atual coordenadora do projeto Denise Rambaldi, laureada no ano passado com o Prêmio Liderança em Conservação na América Latina, da National Geographic Society. "A primeira pergunta que o fazendeiro faz é sobre o custo de oportunidade: 'Quanto eu vou perder de pasto?' Mas nós procuramos pegar pelo lado emocional, embora hoje em dia já tentamos remunerá-los, pondo as terras nos mecanismos de compensação com créditos de carbono", explica ela. Foram longos processos de negociação, e os fazendeiros envolveram-se a tal ponto que a Associação Mico-Leão-Dourado, criada em 1992 para gerir o projeto, tem hoje um como presidente. E Poço das Antas ganhou em seu entorno 17 áreas protegidas na modalidade Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), criadas por iniciativa dos próprios fazendeiros. Sob os auspícios do pequeno mico, cuja população na natureza, no fim de 2007, somava 1,6 mil indivíduos, a Mata Atlântica como um todo se beneficiou. "O mico-leão-dourado mudou de status na lista global de espécies ameaçadas, passou de 'criticamente ameaçado' para 'ameaçado'", diz Denise. Para se ver livre do risco de extinção, deverá haver, segundo modelos matemáticos, pelo menos 2 mil indivíduos na natureza até 2025, em uma área contínua de 25 mil hectares. Transformações culturais estão na espinha dorsal de qualquer plano para salvar espécies, mas, quando o imperativo econômico fala alto, se erguem barreiras espinhosas. O drama da onça-pintada é emblemático. Segundo o biólogo Tadeu Gomes de Oliveira, no fim dos anos de 1960, matavam-se 15 mil onças por ano - somente pelos dados oficiais de exportação de peles. Apesar da proibição, em 1967, de se comercializar essas peles, matar onça ainda faz parte do cotidiano em muitos grotões no Brasil. O Pantanal Mato-Grossense é um dos últimos refúgios desse grande mamífero. Mas por onde o gado de corte se espalha o embate é feroz. Algumas iniciativas tentam conciliar a atividade de pecuária com a sobrevivência do bicho. É o caso do projeto comandado pelo biólogo Peter Crawshaw nos arredores de Corumbá. "Iniciamos o pastoreio noturno com trator. Quando o tratorista percebe que o gado está inquieto, ele solta rojões na direção do mato", explica. "Isso tem diminuído muito a predação. O próprio gado se dá conta de que o trator é uma proteção, e fica próximo a ele." Os rojões afugentam a onça. Um alerta de que ali é o território do bicho homem. Pantaneiros forjam assim um acordo de boa convivência com as onças. Bom para ambos. Pois bichos e gente, como estamos aprendendo a duras penas, são partes do mesmo todo. Como todas as espécies de animais, as aves que vivem no bioma mais devastado são as mais ameaçadas de desaparecer. E a Mata Atlântica, em que sobrou apenas 7% de sua composição original, é o hábitat de bichos em maior perigo de extinção. Principalmente os endêmicos, como a jacutinga, que sofre também por se alimentar do coco do palmito juçara, uma planta igualmente ameaçada em razão da ação de palmiteiros ilegais. A destruição do hábitat também é a ameaça ao pato-mergulhão - antes visto facilmente em rios da serra da Canastra e regiões montanhosas de Minas Gerais. O mesmo ocorre com animais endêmicos de regiões da Amazônia, como o cada vez mais raro mutum-de-penacho. A ave vive nas regiões do leste do Pará e Maranhão, justamente uma das partes mais ameaçadas do bioma, situada no arco do desmatamento. O desaparecimento de espécies que constituem a base da cadeia alimentar desequilibra todo o ecossistema. O sumiço de um anfíbio, por exemplo, pode ter um efeito dominó devastador na alimentação de várias espécies de vertebrados. O mesmo ocorre com os insetos e a flora, como briófitas, pteridófitas e bromélias. As mudanças climáticas e a poluição atingem primeiro esses seres mais sensíveis, que são indicadores das mudanças que ocorrem no planeta. Por isso tem sido verificado o desaparecimento de sapos e anfíbios, mas que agora está sendo agravado pela ação do fungo quitrídia. Já os peixes, no país que possui a maior quantidade de água doce do mundo, equilibriam os rios, que por sua vez hidratam as matas. Mas a cadeia de pesca desregulada coloca em risco a fauna aquática. E o equilíbrio advindo dela, como o controle da proliferação de pragas e insetos na beira de rios. Encontrar hoje um cachorro-do-mato-vinagre na natureza é como ganhar na loteria - ao menos para um fotógrafo de natureza. Mas trata-se de um prêmio a ser comemorado com parcimônia, tal é a vulnerabilidade da existência dessa espécie. Ele nunca foi caçado por interesse econômico, em razão de sua bela pelagem, como ocorreu até os anos 1960 com a jaguatirica e outros felinos. No entanto, é a destruição do hábitat a maior ameaça a sua existência. O mesmo ocorre com a maioria dos mamíferos que habitam o território brasileiro. Constar nas listas de espécies ameaçadas é o primeiro passo que dá início a uma série de ações que visam impedir a extinção do animal. Para isso, o Ibama e a Fundação Biodiversitas produzem um documento técnico sobre a situação de perigo de desaparecimento de cada animal. Foi dessa forma que o peixe-boi começou a receber proteção especial de pesquisas e recursos no litoral do Nordeste e na Amazônia para sobreviver.

segunda-feira, dezembro 03, 2012

Cientistas avisam sobre novo dilúvio global

Os moradores de áreas baixas costeiras em todo o mundo podem enfrentar em breve o perigo de inundação, afirmam os cientistas alemães do Instituto de Mudanças Climáticas de Potsdam. Analisando os dados de satélite mais recentes, eles descobriram que em últimos 20 anos o nível dos oceanos tem crescido em média em 3,2 milímetros por ano, o que é 60% mais rápido do que previram os peritos da ONU. Os resultados do estudo foram apresentados na conferência da ONU sobre mudanças climáticas que se realiza na capital do Qatar, Doha, entre 26 de novembro e 7 de dezembro
Voz da Russia Segurança Nacional Blog

ENTRE 150 PAÍSES, BRASIL É O QUE RELATIVAMENTE MAIS CRESCE EM INCLUSÃO SOCIAL

“O Brasil foi o país que melhor utilizou o crescimento econômico alcançado nos últimos cinco anos para elevar o padrão de vida e o bem-estar da população. Se o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a um ritmo médio anual de 5,1% entre 2006 e 2011, os ganhos sociais obtidos no período são equivalentes aos de um país que tivesse registrado expansão anual de 13% da economia. A conclusão é de levantamento feito pela empresa internacional de consultoria “Boston Consulting Group” (BCG), que comparou indicadores econômicos e sociais de 150 países e criou o “Índice de Desenvolvimento Econômico Sustentável” (SEDA, na sigla em inglês), com base em 51 indicadores coletados em diversas fontes, como Banco Mundial, FMI, ONU e OCDE. O desempenho brasileiro nos últimos anos em relação à melhoria da qualidade de vida da população é devido, principalmente, à distribuição de renda. "O Brasil diminuiu, consideravelmente, as diferenças de rendimento entre ricos e pobres na década passada, o que permitiu reduzir a pobreza extrema pela metade. Ao mesmo tempo, o número de crianças na escola subiu de 90% para 97% desde os anos 1990", diz o texto do relatório "Da riqueza para o bem-estar", que oficialmente divulgado esta semana. O estudo também faz referência ao programa “Bolsa-Família”, destacando que a ajuda do governo às famílias pobres está ligada à permanência da criança na escola. Nessa comparação de progressos recentes alcançados, o Brasil lidera o índice com 100 pontos, pontuação máxima atribuída ao país que melhor se saiu nesse critério de avaliação. Aparecem, a seguir, Angola (98), Albânia (97,9), Camboja (97,5) e Uruguai (96,9). A Argentina ficou na 26ª colocação, com 80,4 pontos. Chile (48º) e México (127º) ficaram ainda mais atrás. Foram usados dados disponíveis para todos os 150 países e que fossem capazes de traçar um panorama abrangente de dez diferentes áreas: renda, estabilidade econômica, emprego, distribuição de renda, sociedade civil, governança (estabilidade política, liberdade de expressão, direito de propriedade, baixo nível de corrupção, entre outros itens), educação, saúde, ambiente e infraestrutura. O ranking-base gerou a elaboração de mais três indicadores, para permitir a comparação do desempenho, efetivo ou potencial, dos países em momentos diferentes: 1) atual nível socioeconômico do país; 2) progressos feitos nos últimos cinco anos; e 3) sustentabilidade no longo prazo das melhorias atingidas. Como seria de se esperar, os países mais ricos estão entre os que pontuam mais alto no ranking que mostra o estágio atual de desenvolvimento. Nessa base de comparação, que dá conta do "estoque de bem-estar" existente, a lista é liderada por Suíça e Noruega, com 100 pontos, e inclui Austrália, Nova Zelândia, Canadá, EUA e Cingapura. Aí, o Brasil aparece em posição intermediária, com 47,8 pontos. Para Christian Orglmeister, diretor do escritório do BCG em São Paulo, o desempenho alcançado pelo Brasil é elogiável, mas deve ser visto com cautela. "Quando se parte de uma base mais baixa, é mais fácil registrar progresso. O Brasil está muito melhor do que há cinco anos em várias áreas, até mesmo em infraestrutura, mas é preciso ainda avançar muito mais." Entre os países que ocupam os primeiros lugares nesse ranking de melhoria relativa dos padrões de vida da população nos últimos cinco anos, a renda per capita anual é muito diversificada, indo desde menos de US$ 1 mil em alguns países da África até os US$ 80 mil verificados na Suíça. Além do Brasil, mais dois países sul-americanos – Peru e Uruguai – aparecem na lista dos 20 primeiros. Também estão nela três países africanos que, em décadas passadas, estiveram envolvidos em guerras civis – Angola, Etiópia e Ruanda – e que nos anos recentes mostram fortes ganhos em relação ao padrão de vida. Da Ásia, aparecem na relação Camboja, Indonésia e Vietnã. Nova Zelândia e Polônia também integram esse grupo. O crescimento médio do PIB neozelandês foi de 1,5%, mas a melhora do bem-estar foi semelhante à de uma economia que estivesse crescendo 6% ao ano. Na Polônia e na Indonésia, que atingiram crescimento médio do PIB de 6,5% ano, o padrão de vida teve elevação digna de uma economia em expansão de 11%. O estudo também compara o desempenho recente dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – na geração de mais bem-estar para os cidadãos. Se, em relação à expansão da economia, o Brasil ficou atrás dos seus parceiros entre 2006 e 2011, o país superou a média obtida pelo bloco em áreas como ambiente, governança, renda, distribuição de renda, emprego e infraestrutura, diz Orglmeister. China, Rússia, Índia e África do Sul aparecem apenas em 55º, 77º, 78º e 130º, respectivamente, nessa base de comparação, que é liderada pelo Brasil. O desafio brasileiro, agora, é manter esse ritmo no futuro, afirma o diretor do BCG. "O Brasil precisa avançar em quatro áreas principalmente", diz. "Na melhora da qualidade da educação, na infraestrutura, na flexibilização do mercado de trabalho e nas dificuldades burocráticas que ainda existem para fazer negócios no país." Para Douglas Beal, um dos autores do trabalho e diretor do escritório do BCG em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, embora os indicadores reunidos para produzir o SEDA pudessem ser utilizados para produzir um novo índice, esse não é o objetivo do levantamento. "A meta é criar uma ferramenta de benchmarking, que possa fornecer um quadro amplo. com base no qual os governos possam agir." Veja a íntegra do relatório em www.cbg.com." FONTE: publicado no jornal “Valor Econômico” e transcrito no portal “Vermelho

domingo, dezembro 02, 2012

Governos buscam maior segurança em documentos de identificação

Em busca de maior controle na segurança do país e de seus cidadãos, muitos governos e organizações nacionais passaram a investir em soluções com alto nível de segurança em seus documentos de identificação, tais como documento de identidade, habilitação de condutor, título de eleitor, e outros. Hoje, na maioria dos países, 95% da fiscalização de documentos oficiais ocorre apenas visualmente, fator determinante para que os documentos apresentem forte segurança visual. A HID Global, empresa especializada em soluções de identificação segura, anuncia o lançamento da impressora/gravadora a laser FARGO HDP8500LE para credenciais industriais - um novo módulo da série industrial FARGO de alta segurança focada nos programas de governo para identificação de cidadãos, assim como para aplicações que requerem uma segurança visual avançada. A alta segurança da impressora permite uma ampla gama de atributos para a personalização de credenciais, fazendo com que a manipulação e alteração destes sejam praticamente impossíveis. A precisão dos gravadores de laser da HDP8500LE permite que os desenvolvedores de software possam adicionar e personalizar recursos de segurança que podem ser autenticados através do olho humano, bem como funções mais complexas que necessitam de ferramentas como lupas ou luz ultravioleta para permitir a referida autenticação. Além da facilidade de manuseio, que reduz os custos de treinamento, a impressora permite opções de upgrade para acomodar as exigências em desenvolvimento e opções flexíveis de implantação, permitindo a sua utilização em locais de emissão centralizados ou distribuídos. Com a HDP8500LE e o software Asure ID ®, da HID Global, é possível imprimir, codificar, gravar e laminar os cartões de identidade de forma simultânea. O Asure ID oferece aos usuários um modelo que integra os dados que serão impressos, programados e armazenados em uma credencial, melhorando significativamente a eficiência das operações de emissão de cartões de identificação. "A HDP8500LE é ideal para os programas de emissão de cartões que precisam de forte apoio contra os riscos de falsificação ou identidades falsas, incluindo credenciais de gerenciamento de identidade, licenças de cidadão, assim como outros programas nacionais de identidade, para ambientes empresariais de alta segurança, que buscam os mais avançados elementos de segurança visual", disse Alan Fontanella, vice-presidente de marketing de produto da HID Global. "Os elementos sofisticados de segurança visual do gravador a laser oferecem maior proteção contra a falsificação e manipulação de credenciais de identidade, uma vez que qualquer tentativa de alteração irá causar danos a credencial que são imediatamente percebidos." Tendências O uso de elementos de alta tecnologia e segurança em documentos de identificação passou a ser realidade no Brasil após as iniciativas do governo para o uso do RIC (Registro de Identidade Civil) e do novo passaporte eletrônico. Com o RIC, cada cidadão passará a ter um número nacional baseado em suas impressões digitais, impedindo a falsificação ideológica. Já a principal característica do novo passaporte é um chip de gravação de dados inserido na sua capa, que consta informações sobre a pessoa como nome, foto e impressões digitais. Além de outros itens de segurança, como imagens visíveis apenas por exposição à radiação ultravioleta. Essa e outras tecnologias de alta segurança já são utilizadas em documentos de identificação de diversos países. A tecnologia da HID Global está presente em documentos como, Cartão de Residente Permanente dos Estados Unidos “Green Card”, Cartão Residente Estrangeiro da Costa Rita “DIMEX”, Cartão de Identificação Nacional da Angola, Registro de veículos da Índia, Habilitação de condutor da Austrália, Cartão de Residente da Itália, e Carteira de Identidade Nacional da Arábia Saudita.

sábado, dezembro 01, 2012

PUC-Rio promove palestra de Carlos Ghosn, CEO do grupo Renault-Nissan

Carlos Ghosn assumiu a presidência do Grupo Renault-Nissan em 2007 e a transformou no terceiro maior conglomerado automotivo do mundo A PUC-Rio recebe O CEO do Grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, para uma palestra gratuita e aberta ao público. Com o tema "A importância da indústria automobilística, a contribuição das novas tecnologias para eficiência em consumo e sustentabilidade e a importância dos engenheiros brasileiros na dinâmica da indústria automotiva", o executivo vai levar sua experiência como um dos mais influentes executivos da atualidade. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail gabinetectc@PUC-rio.br. Carlos Ghosn assumiu a presidência do Grupo Renault-Nissan em 2007 e a transformou no terceiro maior conglomerado automotivo do mundo. Nascido em Rondônia e naturalizado francês, Ghosn fez história ao tirar a Nissan do vermelho e torná-la uma das montadoras mais rentáveis do planeta. Hoje, a marca tem mais de 150 mil empregados, 37 fábricas, 24 Centros de Pesquisa e Desenvolvimento, cinco estúdios de design, mais de 10 mil pontos de vendas. Graças à sua atuação frente à Renault-Nissan, Ghosn enfrentou a crise europeia com vigor, aumentou as vendas e, com isso, foi agraciado este ano com o título Eurostar 2012 pela revista Automotive News Europe. Os investimentos no Brasil incluem uma nova fábrica em Resende, orçada em R$ 2,6 bilhões, cuja operação deve começar em 2014 para a produção de 200 mil carros por ano. A montadora também avalia a produção de motores e tem a intenção de trazer ao país tecnologias que ainda não existem por aqui, como a de veículos elétricos. É a primeira visita do CEO à PUC-Rio e a palestra está aberta a todos os interessados em conhecer de perto a história da Renault-Nissan. "É uma oportunidade única de compartilhar da carreira de sucesso de Carlos Ghosn, um brasileiro reconhecido mundialmente", ressalta o Professor Luiz da Silva Mello, Decano do Centro Técnico Científico da PUC-Rio