quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Chris Kyle matou, sozinho, comprovadamente, mais de 160 iraquianos



Chris Kyle matou, sozinho, comprovadamente, mais de 160 iraquianos

Por: DORRIT HARAZIM

Nestes tempos de drones, como são chamados os aviões não tripulados capazes de matar à distância e anonimamente, sobra menos espaço para a glorificação individual de atiradores que se notabilizam pelo número de inimigos eliminados. O texano Chris Kyle tem lugar garantido na história militar dos Estados Unidos. Como franco-atirador da tropa de elite Seal, da Marinha ( a mesma que desentocou e executou Osama Bin-Laden dois anos atrás), ele serviu quatro turnos na guerra do Iraque. Cumpriu como ninguém a missão para a qual fora treinado: garantir a proteção de seus companheiros na fase mais sangrenta dos combates. Matou, sozinho, comprovadamente, mais de 160 iraquianos (pelas contas dos colegas foram 255) e teve a cabeça colocada a prêmio de 20.000 dólares pelas milícias locais. Ao retornar para casa, em 2009, trazia no peito dezesseis condecorações — entre elas 2 Purple Hearts, 2 Estrelas de Prata, 5 Estrelas de Bronze.
Kyle foi a resposta americana à atuação de um inimigo mítico conhecido como “Juba”, cuja ubiquidade e pontaria haviam se transformado em assombração para os soldados yankees em Bagdá. Vídeos de propaganda islâmica postados na internet mostravam “Juba” eliminando soldados americanos, um a um, noite ou dia, em grupo ou sozinhos. Ninguém sabia quem era esse temido atirador islâmico que, além de matar, ainda narrava e filmava cada cena. Dependendo da fonte, seria um mercenário europeu ou um jihadista sírio. À época, a rede de notícias CNN chegou a submeter os vídeos a peritos, que concluíram não tratar-se de montagem. Fosse quem fosse, “Juba”, portanto, existia, e, à falta de sua eliminação física, sua lenda, pelo menos, precisava ser contida



Os estragos que um franco-atirador é capaz de causar na moral de tropas inimigas são conhecidos e povoam a narrativa patriótica de vários países. Na Finlândia, há mais de meio século o nome Simo Häyhä é pronunciado com orgulho de geração a geração. Fazendeiro desconhecido quando a União Soviética invadiu seu país, em 1939, Häyhä, sozinho, eliminou uma unidade inteira de russos — mais precisamente 542, em menos de 100 dias. Entrou para a história com o apelido de “Morte Branca” por usar uma pelerine alvíssima que o camuflava na neve. O americano Chris Kyle não alcançou os píncaros do finlandês matador, mas recebeu dos insurgentes o apelido de “Demônio” pelos estragos que provocou nas fileiras islâmicas na cidade de Ramadi. A destreza com que manuseava seu fuzil municiado de cartuchos .300 Winchester Magnum lhe rendeu feitos memoráveis. Gaba-se de ter acertado um alvo a 1,9 km de distância, em 2008, antes de o insurgente disparar um lançador de foguete que visava a um comboio americano. Tudo isso e muito mais Kyle conta em suas memórias, “Atirador americano: a autobriografia do atirador mais letal da história dos Estados Unidos”, publicadas um ano atrás. Elas são preocupantes no tom e no conteúdo. “Não sou muito fã de política”, diz ele no livro, “gosto de guerra”. Seu mundo se divide entre “bons” e “maus”, sem nuances ou espaço para dúvidas. Os americanos são “do bem” pelo simples fato de serem americanos, enquanto os muçulmanos são “do mal” por quererem matar os americanos. “Odeio esses selvagens”, acrescenta, referindo-se aos iraquianos. Ao testemunhar perante uma comissão militar de inquérito, acusado da morte de civis, esclareceu: “Não atiro em quem tem um Corão na mão, mas bem que gostaria.” Uma semana atrás, na tarde de um sábado ensolarado em Stephenville, Texas, Kyle foi morto a tiros pelo fuzileiro naval Eddie Rough, de 25 anos. Rough voltara da guerra com claros sinais de estresse pós-traumático e havia sido colocado sob vigilância por ter ameaçado explodir a cabeça do pai. Procurando ajudar o filho, a mãe de Rough buscou apoio na fundação Fitco Cares, montada por Chris Kyle ao retornar do Iraque e que proporciona assistência a veteranos com distúrbios decorrentes da guerra. O atirador nº 1 da América morreu aos 38 anos, alvejado num campo de treinamento de tiro do Texas. Não foi abatido por “Juba” nem por nenhum dos “iraquianos selvagens” que combateu. Foi derrubado em solo pátrio por um americano. Em entrevista concedida por ocasião do lançamento de seu livro declarara não sentir arrependimento por nenhuma das mortes de sua folha corrida. Assegurou também não sentir qualquer desajuste decorrente da brutalidade de tantos anos de combate.

“Nenhum dos problemas que tenho deriva das pessoas que matei”, garantiu.



Chris Kyle morreu sem entender nada da guerra em que acredita ter triunfado O GLOBO..SN

A Percepção da Segurança e o Combate ao Crime



Por mvreis

Ao ler o excelente trabalho de Gastón Hernán Schulmeister, intitulado VIOLÊNCIA Y CRIMINALIDAD EN AMÉRICA LATINA (2012), constata-se que uma das maiores preocupações dos latinoamericanos é a segurança pública. Na Argentina, por exemplo, aparece como o problema principal para 34% da população. Em média, segundo o autor, é o problema principal para 28% dos latinoamericanos. O interessante, é que em alguns dos países desse continente as taxas de homicídio encontram-se em níveis considerados baixos, como Argentina e Uruguai, mas mesmo assim a população encontra-se assustada. No Brasil, ao contrário, um país que beira os 22 homicídios por 100.000 hab., ou seja, aproximadamente quatro vezes as taxas de Argentina e Uruguai, a preocupação acerca da violência está no topo da lista para apenas 7% da população.
Isso significa que a segurança (ou insegurança) é percebida de forma diferente pelas pessoas. Essa sensação de bem-estar, de sentir-se salvo e protegido, varia de povo para povo, considerando suas diferenças psicológicas, sociológicas e culturais. Ser mais tolerante com a violência, como no caso da população brasileira, pode ter consequências péssimas para a luta contra o crime. A pressão política que um povo exerce sobre seus governantes para exigir maior segurança pública pode ser fraca em países mais tolerantes com a violência, como no nosso, o que certamente gera um ciclo pernicioso na resposta estatal ao combate ao crime.
Assim, não estando na agenda de prioridades de um governo, porque não é prioridade também da população, a segurança pública será ceifada de recursos necessários para a sua mantença. Isso significará a diminuição dos custos do crime para pessoas e organizações criminosas, o que aumentará a violência no país.

Manual de Segurança do Cidadão

Saiba como se prevenir ou enfrentar diversas situações, aumentando a sua segurança e de seus familiares. Manual elaborado pela Polícia Militar traz cinqüenta ações contendo diferentes situações para cada uma delas. O Manual de Segurança do Cidadão foi criado pela Polícia Militar para auxiliar os cidadãos na prevenção em diversas situações, como: acidentes, afogamentos, assaltos, entre outras; dar dicas essenciais de segurança para se contratar uma babá ou fazer compras; traz alertas sobre doenças sexualmente transmissíveis, cuidados com animais de estimação e com a exposição solar, e muito mais. Ao todo são cinqüenta ações contendo situações diversas para cada uma delas, como, por exemplo, "Jogos de Futebol", que tem duas situações relacionadas: "nas ruas" e "nos estádios". No manual, além dos procedimentos básicos nas várias situações enfrentadas no dia-a-dia, são citadas as formas de condutas e medidas que cada cidadão deve adotar para aumentar sua segurança. As situações contidas neste manual devem ser discutidas em família, pois ao enfrentar uma delas, todos saberão como agir. É importante lembrar que a segurança de cada cidadão depende do conhecimento adquirido, da predisposição em adotar condutas adequadas e de saber como enfrentar as situações. A Polícia Militar continua vigilante e disponível para atender a população, em qualquer dia e horário. Além disso, vem se aprimorando constantemente e desenvolvendo novas tecnologias, condutas e estratégias para aumentar o nível de segurança da população. Portanto, ao aliar as dicas e recomendações deste manual com o trabalho preventivo e ostensivo desenvolvido pela Polícia Militar, o cidadão estará muito mais protegido e seguro. Clique no link para baixar o seu Manual de Segurança do Cidadão. http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/manual-seguranca.aspx

Guerra: a mais humana expressão de quem somos



Por mvreis

“O primeiro que, ao cercar um terreno, teve a audácia de dizer ISTO É MEU e encontrou gente bastante simples para acreditar nele foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras e assassinatos, quantas misérias e horrores teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas e cobrindo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: não escutem esse impostor! Estarão perdidos se esquecerem que os frutos são de todos e a terra é de ninguém” Assim Rousseau destaca que a origem de todos os males da sociedade é a propriedade privada. A partir do momento que o homem se apropriou de algo, surge a discórdia, inveja, pobreza, subserviência, conflitos, destruição, crimes etc., mazelas que afetam a humanidade. Alguns consideram o discurso de Rousseau sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens o texto motivador do Comunismo, pela sua característica de ataque ao bem privado. Entretanto, se fosse assim, estariam os nossos amigos soviéticos, cubanos, norte coreanos etc. felizes da vida, sem conflitos, deitados em berço esplêndido. O que pode explicar essa contradição é a psicologia. Faz parte da natureza humana o querer, o desejar, o ter. Trabalhamos para termos uma casa melhor, um carro melhor, uma escola melhor para nossos filhos, para viajarmos etc. O homem é ambicioso, não se pode negar sua natureza, assim como a de um animal. Igualdade estrita é contra a natureza humana, pois o homem busca na verdade a diferenciação. Claro que o Estado ao não fornecer educação, saúde, lazer, transporte etc. a todos é causa de uma desigualdade injusta, que prejudica a diferenciação pela competência e pelo trabalho. Assim, creio que o conflito, a guerra são humanos. Fazem parte da nossa natureza de querer mais – que se expressa também na dos Estados a que pertencemos -, de necessitar, de apropriar, de ser o primeiro, o vencedor. A história já nos contou isso. Não existe nenhum momento da história da humanidade sem a Guerra. Os impérios foram formados com base nesses desejos e assim continuarão sendo. Estados continuarão a fazer guerras, continuarão a se apropriar de recursos de outros países, continuarão evitando a escassez aos seus nacionais as custas da fome em outro canto do planeta. Talvez até o nosso país fará isso, na tentativa de entrar para o clube dos ricos. Aliás, um clube que tem seu número de sócios restrito e não pode ser ampliado a todos.