segunda-feira, março 18, 2013

Segue algumas dicas para o gestor responsável pela segurança de um evento

Não podemos esquecer que em um evento a segurança é um fator essencial no planejamento, por isso todos os itens relacionados com a segurança devem ser checados para que ninguém presente corra riscos, a proteção do público e também da área e de responsabilidade o gestor de segurança ou da empresa contratada;

- Todos os profissionais envolvidos deve saber que um evento precisa ser planejado com antecedência;

- Ao definir a equipe de segurança, é essencial checar as referencias dos profissionais que serão contratados;

- A equipe de segurança deve estar preparada e treinada para lidar com o público-alvo do evento;

- os seguranças devem saber exatamente como devem se portar diante das mais adversas situações, agindo conforme as instruções passadas por você e sempre respeitando as normas de cada evento;

- Uma boa equipe de seguranças deve estar preparada para atuar sob várias circunstâncias;

- O treinamento dos seguranças é fundamental , de modo que eles saibam como agir civilizadamente e sem exageros, mesmo quando houver alguém descontrolado e que ameace os outros participantes do evento;

Outro detalhe importantíssimo a daquele estereótipo do segurança, um homem enorme e forte com cara de mal é a primeira é coisa do passado . utilizando o slogan da Empresa Marconi&Associados “ Segurança não é força é estratégia” resume muito bem nossa realidade, o treinamento do profissional é ferramenta crucial no bom andamento do evento, o segurança deve estar preparado não só para situações como a remoção de pessoas à força, mas também para fornecer informações para quem chega ao local, entre outras funções. Há até casos em que os seguranças podem auxiliar em primeiros socorros, se alguém desmaiar no evento, por exemplo.

Finalizando o assunto a segurança em eventos também consiste em vários detalhes, como a infraestrutura do local escolhido para sediar o evento em questão.Você deve informar e se for o caso não pode permitir que o cliente faça um evento em um lugar que não tenha capacidade para comportar o número de pessoas estimadas ou que o lugar funcione irregularmente devido a falhas na parte elétrica, na arquitetura do local ou qualquer outro problema que coloque em risco a vida das pessoas.


Siderley Lima, é consultor de segurança, formado em Gestão de Segurança,
Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra,
colaborador do CONSEG Alphaville.
colunista do jornal Viva Cidade,
Possui artigos publicados no Jornal da Segurança,
Revista Security,
Revista Blindagem& Segurança e Revista Segurança & Cia de circulação nacional;
Idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/;
Colunista do site www.dicaseg.com; Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança;
Palestrante, Proprietário da CS3 Consultoria e Assessoria em Segurança patrimonial; coordenador do curso de formação de instrutor de armamento e tiro.
Autor do Livro “ Manual Básico do Instrutor de Armamento e tiro.

A segurança durante um evento

 

Infelizmente em segurança aprendemos com os erros dos outros, o Brasil agora é um exemplo de como transformar um evento em tragédia.”
Devido ao novo cenário, a transformação no qual estamos acompanhando é impossível comparar a 1ª vez em que o Brasil organizou a Copa do Mundo e nos dias atuais. O crescimento econômico do país, as transformações, a cultura, costumes, enfim o cenário é completamente diferente, já se passaram 60 anos, os desafios agora são outros muito maiores entre eles estão : Investimentos em infra-estrutura e construção dos estádios;investimento em infra-estrutura urbana; rede de hotelaria; geração de empregos diretos e indiretos; Oportunidades para desenvolvimento de novos negócios.
Dentro do desenvolvimento de novos negócios, podemos destacar o segmento de segurança privada, com toda a certeza terá muito trabalho, a segurança durante o evento será de responsabilidade da esfera federal, estadual e municipal, porém em muitas ocasiões como, por exemplo, durante as partidas, a segurança pública será integrada com a privada. Sem contar depois das partidas, durante todos os dias, por exemplo, a escolta de executivos? No hotel? Nos deslocamentos? Trabalho que não é de responsabilidade das autoridades, é então que entra o papel do profissional de segurança privada, neste contexto ficam as perguntas: Será que o gestor de segurança está preparado? Ou melhor, será que está se preparando?
Da mesma maneira que algumas cidades nem se quer começaram a se preparar, assim também tem sido com a maioria dos profissionais de segurança que estão inertes. Temos uma grande oportunidade de provar que a segurança privada também pode contribuir para a segurança de todos, sendo uma extensão da segurança pública.
Se por um lado o mercado está com grandes expectativas, não podemos esquecer o ocorrido no dia 27/01/13 que será lembrado por muito tempo na história de tragédias no Brasil. A Boate que pegou fogo em Santa Maria provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência, a utilização de fogos de artifício (pirotécnico), os seguranças despreparados e sem rádios de comunicação não autorizaram a saída das pessoas, falta de luz e saídas de emergência, uma sequencia de falhas não poderia ser pior, o resultado 239 pessoas mortas e outras tantas socorridas e internadas.
Lamentável a perda de tantas pessoas que estavam se divertindo, triste realidade na qual iremos aprender com um desastre de tamanha proporção. Agora muitas autoridades irão fazer discursos de que é necessário criar leis, endurecer a fiscalização, criar procedimentos. Enfim entre outras mudanças no que diz respeito a segurança de eventos, principalmente agora que o país será vitrine de eventos que irão acontecer.
Já sabendo da realidade na qual muitos eventos não oferecem segurança adequada a Polícia Federal antes da tragédia criou há dois mês o Curso de Extensão em Segurança para Grandes Eventos, como forma de qualificar e especializar os vigilantes para atuação nos locais onde haja grande concentração de pessoas, principalmente nos estádios de futebol, a exemplo da Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014, conforme modelo padrão da FIFA, que prevê a utilização de segurança privada nos eventos esportivos de forma integrada aos órgãos de segurança pública. Porém ainda é muito pouco, infelizmente em segurança aprendemos com os erros dos outros, o Brasil agora é um exemplo de como transformar um evento em tragédia.
Ao ser contratado para fazer a segurança de um evento ou ao escolher um lugar, fiscalize se as normas de segurança estão em dia, se há um alvará de funcionamento. Procure uma equipe composta por profissionais. Fábio lembra que como a fiscalização no país é falha, muitos espaços estão em desacordo com o que reza a norma e colocam inocentes em perigo.
“Que esta tragédia sirva de alerta para aqueles que estão no mercado se fazendo passar por pessoas sérias e para aqueles que encaram a profissão de eventos como diversão. Quer fazer uma festa brincando? Faça em casa para sua família e amigos. Não coloque em risco a vida de terceiros!”(trecho do texto postado pelo coordenador da Estácio BH, Fábio Pessoa, no Facebook, dia posterior ao acidente em Santa Maria).
O que nos chama a atenção e que além dos hofotes para Copa do mundo e Olimpíadas no Brasil, o destaque é a capital de São Paulo que realiza 90 mil eventos por ano, que geram:
  • Um evento a cada 6 minutos
  • 120 das 176 grandes feiras do Brasil
  • Cerca de 500 mil empregos diretos e indiretos
  • Uma feira de negócios a cada três dias
  • 75% do mercado brasileiro de feiras de negócios
  • R$ 2,9 bilhões de receita ao ano com eventos
  • US$ 1,7 bilhões de receita ano, dos quais US$ 424,2 milhões em locação de área para exposições
  • US$ 424,2 milhões em serviços nos pavilhões
  • US$ 850 milhões em viagens, hospedagem, alimentação, transporte e compras
  • Cerca de 2,54 milhões de m2 em grandes espaços para realização de eventos, além de centenas de locais menores.
  • Só o Anhembi tem em torno de 400 mil m2 - é o maior complexo de eventos da América Latina
  • Movimenta 35 mil empresas expositoras
  • Circulam pelos eventos 4 milhões de pessoas, entre profissionais e compradores, sendo 45 mil compradores estrangeiros.
  • Os setores que mais realizam feiras, reuniões e eventos na cidade são, pela ordem médico, científico, tecnológico, industrial e educacional.
Ranking de eventos na cidade de São Paulo em público total*
  • Virada Cultural – 4 milhões (2010)
  • Parada GLBT – 3 milhões (2010)
  • Réveillon na Paulista – 2,4 milhões
  • Bienal do Livro – 740 mil (2010)**
  • Salão do Automóvel – 610 mil (2008)**
  • Bienal Internacional de Arte de São Paulo – 535 mil (2008)**
  • Salão Duas Rodas – 240 mil (2009)**
  • Mostra Internacional de Cinema – 200 mil (2009)
  • GP Brasil de Fórmula 1 – 140 mil (2009)
  • Carnaval (sambódromo) – 110 mil (2010)
  • SP Fashion Week – 100 mil (Jan/2010)
  • Hospitalar – 89 mil (2010)
  • Couromoda – 65 mil (2010)
  • Adventure Sports Fair – 61 mil (2009)
  • Francal – 60 mil (2010)
  • Equipotel – 50 mil (2009)
  • Fenatran – 48 mil (2009)**
  • Fórmula Indy – 40 mil

*(Números informados pela organização do evento).
**Acontece somente a cada dois anos.
Fonte: http://www.visitesaopaulo.com/dados-da-cidade.asp)