Ramo da segurança que cuida dos interesses ligados à empresas públicas ou privadas, no que tange à proteção de seus recursos humanos e materiais e deve estar em consonância com a missão e valores da empresa, devendo também respeitar os limites éticos e legais impostos nas regiões em que atuam. " Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." Salmos 127:1
segunda-feira, outubro 24, 2011
Participação do Setor Privado na Segurança Pública no Brasil - Parte I
A violência é um fenômeno altamente complexo e dinâmico, e seu enfrentamento demanda um grande esforço integrado e multissetorial, envolvendo não só as diferentes agências de governo, mas também a sociedade em geral na busca de soluções efetivas e sustentáveis. Isto implica a necessidade de conscientização de que todos os setores da sociedade são responsáveis e devem colaborar nos programas de segurança pública e prevenção da violência.
Não há dúvidas de que, para prevenir e controlar efetivamente a violência e a criminalidade, é necessário um sistema de segurança pública e justiça criminal legítimo e eficiente, que respeite o Estado Democrático de Direito. Efetivamente, o bom funcionamento do sistema de justiça criminal aumenta a confiança pública e a percepção de segurança e proteção da população. Contudo, intervenções baseadas exclusivamente nas instituições policiais ou na justiça criminal não oferecem resultados duradouros no tempo, principalmente porque elas têm um impacto limitado nas possíveis causas que originam a violência. Assim, a participação da comunidade nas iniciativas de prevenção da violência constitui ferramenta fundamental para lhes dar legitimidade, mudar atitudes e mobilizar os diferentes setores e agentes de governo no longo prazo.
No Brasil, historicamente, o setor empresarial optou por manter-se afastado dos programas de prevenção e controle da violência, focando seus investimentos na proteção dos seus próprios interesses, principalmente por meio da contratação de empresas de segurança privada e de sistemas de vigilância cada vez mais sofisticados, ou procurando ter acesso privilegiado às agências policiais para solicitar proteção especial. No entanto, nas últimas décadas, com o incremento generalizado do crime e da violência, diversos empresários começaram a perceber que o mero investimento em segurança privada, além de implicar custos cada vez mais altos, já não era suficiente para garantir a segurança dos funcionários e das empresas. A magnitude do problema demandava um esforço maior, conjunto e articulado, que pudesse ser sustentável no longo prazo. Surgiram assim diversas iniciativas do setor privado voltadas para o enfrentamento dos desafios impostos pela violência. Desde então,
a participação do setor privado em ações, programas e projetos de prevenção do crime e da violência vem crescendo gradualmente no Brasil, mas ainda de forma tímida e pulverizada.
Com o intuito de conhecer melhor os diferentes projetos que vêm sendo desenvolvidos pelo setor privado na área de segurança pública e prevenção da violência no país, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e a CPFL Energia, realizou uma pesquisa que identificou 16 casos de sucesso, que incluem: experiências voltadas para o aprimoramento das instituições e políticas de segurança pública; ações destinadas a prover para essas instituições serviços ou recursos complementares; iniciativas de apoio a ações de prevenção da violência e promoção da cultura de paz; e arranjos locais para apoiar políticas de segurança e prevenção da violência nas áreas em que a empresa está localizada ou em que atua.
http://www2.forumseguranca.org.br/sites/default/files/setorprivado_Final_bx%20resolu%C3%A7%C3%A3o.pdf
A importância de se saber qual o impacto do risco no negócio
A segurança varia de uma organização para outra, de um local para outro, de um momento do tempo ao outro, ou seja, você pode desenvolver uma análise de riscos de um determinado empreendimento, por exemplo, um shopping e este estudo de segurança não poderá ser aplicado em outro shopping, como se fosse um conjunto de regras ou procedimentos únicos ou usando um termo mais comum "uma receita de bolo".
Você pode fazer uma análise de risco de um outro negócio, por exemplo um hospital e depois de dois anos o trabalho deverá sofrer readequações e alterações, se o empreendimento, sua população fixa e flutuante e seus processos, entre outros itens não sofreram nenhuma alteração, o que é muito difícil, as condições externas se alteraram, o sentido de tráfego foi alterado, foi implantada uma parada de ônibus próxima, foi criado um ponto de táxi para seis veículos e em uma área próxima foi inaugurada uma casa noturna que de sexta, sábado e domingo atrai um grande número de freqüentadores, inclusive alguns estacionam seus veículos defronte ao estabelecimento em questão, causando sérios problemas ao hospital, que possui um pronto socorro, e normalmente esta área no final de semana possui grande movimentação.Durante o trabalho de planejamento da segurança, por um erro no método, algumas pessoas se preocupam demais com as ferramentas (humanas, tecnológicas e organizacionais) e não se preocupam tanto em qualificar e quantificar exatamente quais são os riscos reais (já histórico de concretização) e potenciais (não histórico de concretização, mas as condições e características permitem o seu acontecimento) pertinentes ao empreendimento. Fazendo uma analogia para elucidar melhor esta idéia, para obter uma boa profilaxia, primeiro eu preciso de qual patologia (riscos) eu quero me proteger para posteriormente eu definir qual o remédio (ferramentas de segurança) mais adequado para este fim.O risco pode ser classificado em relação a sua origem :
• Humana - provocado pelo ser humano, a partir de sua ação ou omissão;
• Técnica - provocado por má manutenção, má utilização ou falha técnica;
• Naturais ou incontroláveis - oriundo da natureza, não podem ser controlados, mas podem ser monitorados e por conseguinte, viabiliza um plano de contingência.
Quem é o responsável por elaborar este processo? A pessoa designada pela direção da empresa, entretanto esta pessoa deve ser o coordenador e facilitador dos processos, mas quem deve conduzir o processo é um comitê multidisciplinar.Este comitê será formado por várias pessoas, onde cada função da empresa, com base no seu organograma e seus processos, vai poder passar a sua contribuição, agregando valor a este trabalho, com base na sua experiência e competência, de forma que se mapeie o processo, se elabore um diagnóstico de segurança, se identifique o risco e se quantifique qual o impacto no negócio, no caso da sua concretização.
O diagnóstico de segurança vai representar uma foto panorâmica de seu negócio apontando os pontos fortes (devem ser mantidos) e sua vulnerabilidades (devem ser solucionadas).Para a elaboração do diagnóstico será necessário visitar o local e entrevistar alguns colaboradores. Pode ser usado um questionário para orientar este levantamento de dados, entre outras perguntas, podemos sugerir:• Material e altura da barreira perimetral, • Como funcionam os acessos de pedestres e veículos, • O empreendimento possui sistemas de alarmes, explique sua localização e funcionamento, • Local do claviculário e sua forma de controle, • A vigilância é orgânica ou terceirizada, • Qual o efetivo, turnos de serviço e postos, • Como funciona a admissão e a demissão?, • Os funcionários utilizam crachás?, • Qual o processo na perda ou esquecimento do crachá?, • Quais são os dados do crachá?, • Como funciona o acesso de visitantes?, • Como funciona o acesso de prestadores de serviço? , • Qual o histórico de ocorrências?
A partir do mapeamento dos processos da empresa e possível se elucidar os riscos, precisamos tomar cuidado para não analisar o efeito do risco e sim a sua real causa.A partir do esclarecimento da causa ou origem, isto no permitira estudar qual a melhor forma de tratar deste risco.Para se verificar qual a causa, podem ser usados diversos métodos de análise de causa, entre outros, por exemplo: Brainstorming, Folha de verificação clássica, Histograma ou polígono de freqüência, Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa/Efeito/ Espinha de peixe, Controle Estatístico de Processo,
O brainstorming ou também denominada tempestade de idéias é uma reunião aonde as pessoas vão sugerindo varias soluções, sem se preocupar com a viabilidade operacional completa, pois a partir de várias propostas,é possível que alguém quebre o paradigma ou a partir da mescla de várias propostas se chegar a uma solução viável. A folha de verificação é um tipo de formulário onde você vai estudar o problema, sugerimos, entre outros, os seguintes itens: • Identifique a não conformidade, • Descreva a não conformidade o que, quando, onde, quanto e quem, • Análise da não conformidade, • Implemente um programa de emergência., • Desenvolva hipóteses de causas, • Confirme hipóteses, • Planeje execute as ações corretivas, • Avalie e faça follow-up
A análise de Pareto recebeu este nome em homenagem a Vilfredo Pareto (1848/1923), economista italiano. A partir do Diagrama de Pareto é possível verificar que nem sempre o elemento que aparece com maior freqüência em um problema é o mais importante.O diagrama de causa / efeito é também conhecido por espinha de peixe ou diagrama de ishikawa, você vai lançado as possíveis causas e depois vai estudar cada uma delas.A partir do levantamento das causas, é possível se verificar quais delas são passíveis de serem controladas e quais não estão sob o seu controle.Quando terminarmos a análise de risco, teremos em nossas mãos, o risco, sua origem, a área da empresa que será afetada na sua concretização, o impacto causado no negócio (devemos lembrar que isto é um processo, por exemplo, uma fábrica produz peças, que serão utilizadas no processo de outra fábrica, logo se a primeira não conseguir executar seu processo, a segunda é atingida e assim sucessivamente, por um "efeito dominó"), sua probabilidade de concretização e sua respectiva perda financeira.Partindo desta listagem conseguiremos estabelecer uma prioridade, pois temos que buscar sempre a racionalização no uso dos meios disponíveis.Devemos pensar na análise de risco como uma forma para parametrizar o impacto no negócio, com base na concretização do risco e suas respectivas perdas financeiras, e por conseguinte, ela deve ser encarada como uma ferramenta de gestão e não como mais uma planilha no trabalho do planejamento da segurança empresarial.
Por : Marcy Jose de Campos Verde, CPP, DSE
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