terça-feira, outubro 02, 2012

Caso do Pastor Nadarkhani foi levado à ONU

Embaixada afirma que Pastor está livre da senteça de morte Caso do Pastor Nadarkhani foi levado à ONU; Embaixada afirma que Pastor está livre da senteça de morte O caso do Pastor Yusef Nadarkhani foi levado à Assembleia Geral de Assuntos Sociais da ONU pelo representante do “Comitê de Assuntos Humanitários”, Ahmed Shaheed, que pediu ao Governo do Irã que liberasse o Pastor: “Estamos particularmente perturbados por uma recente decisão do Supremo Tribunal (do Irã) de ter sustentado uma sentença de morte para Yousef Nadarkhani, um pastor protestante que supostamente nasceu de pais muçulmanos, mas se converteu ao cristianismo quando tinha 19 anos”. Após o discurso, a Embaixada do Irã no Brasil informou que o Pastor Yusef Nadarkhani, está livre da sentença de morte. Nadarkhani foi preso e condenado sob a acusação de transgredir a Lei Sharia, pois abandonou a religião islâmica e se converteu ao cristianismo. A Lei Sharia é o conjunto de regras que regem a religião muçulmana, e o Irã, que é um país teocrata, leva as recomendações da religião à risca. A Lei Sharia prevê pena de morte para o muçulmano que abandonar a religião de seus pais, caso ele não renuncie sua nova religião. O Pastor Yusef Nadarkhani se recusou a negar sua conversão ao cristianismo, e foi condenado à morte. Devido à repercussão internacional e pressão de diversos países, o caso do Pastor agora teve uma reviravolta. Ainda não foi informado se o Pastor continuará preso, ou se será libertado. Recentemente o site da ACLJ (Centro Americano para Lei e Justiça) informou que o Serviço Secreto do Irã estaria oferecendo livros e folhetos muçulmanos ao Pastor. As suspeitas são de que o Governo do Irã esteja tentando convencer o Pastor a negar o cristianismo ou fazê-lo ofender o islamismo, para ter provas de que ele desrespeitou a religião oficial do país. Segundo o site Exibir Gospel, o caso de Nadarkhani não é o único no mundo. O informativo de 2010 de Liberdade Religiosa no Mundo afirma que cerca de 350 milhões de cristãos sofrem perseguição ou discriminação, e 200 milhões destes cristãos sofrem risco de morte. Fonte: Gospel+

Malafaia é Descrito pelo New York Times como ‘Comandante de um Vasto Império’

39ª Conferência Mundial nos EUA - Ministério Morris Cerullo O pastor Silas Malafaia, da Igreja Vitória em Cristo, concedeu uma entrevista ao jornal norte-americano New York Times onde é descrito como um próspero líder religioso atingindo telespectadores em dezenas de países e que possui a capacidade de reunir igrejas e empresas em torno de sua pregação Pentecostal. Comparado a outros proeminentes líderes, como Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus e Romildo Ribeiro Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, Malafaia é apresentado como “comandante de um grande império”. A matéria de Simon Romero conta que o líder religioso, recentemente atraiu atenção para si por desferir ataques verbais contra uma ampla gama de inimigos, como os líderes do movimento gay do Brasil para os direitos, os defensores do direito ao aborto e apoiadores da descriminalização da maconha. Em uma de sua recentes “Cruzadas”, evento descrito como uma mistura de Escrituras e canções evangélicas e que reúne cerca de 200 mil pessoas, o líder da igreja Vitória em Cristo declarou: "Eu sou o inimigo público n º 1 do movimento gay no Brasil". Malafaia tem como meio de divulgação de suas mensagens não só a televisão, como sua conta no Twitter, onde ele tem quase um quarto de milhão de seguidores e o You Tube, onde frequentemente posta vídeos em que distribui recados a desafetos, jornalistas e lideres evangélicos rivais. A matéria o compara a Pat Robertson, pois ele seria um pioneiro no movimento evangélico conservador e responsável por levar as teses cristãs à esfera política nacional. Segundo o texto do influente jornal norte-americano, a expansão das igrejas pentecostais - que incluem princípios como cura pela fé, profecias e exorcismo - está alterando a política no Brasil. São citadas estatísticas em que um quarto dos brasileiros já fazem parte de congregações protestantes e pentecostais, em que Malafaia estaria na vanguarda desse movimento. O Brasil estaria se equiparando aos EUA por ter uma das maiores populações pentecostais do mundo. Ateus Mas o visível crescimento dos evangélicos está desagradando alguns segmentos da sociedade. Em um artigo este mês, a jornalista Eliane Brum escreveu sobre a intolerância dos evangélicos para com os ateus descrevendo o que chamou de “disputa cada vez mais agressiva por féis” entre as grandes igrejas. As palavras de Eliane desencadeou uma onda de réplicas, entre as quais a de Malafaia. O líder referiu-se à jornalista com a palavra “tramp” (vagabunda, em português) e afirmou ainda que os “ateus comunistas” da antiga União Soviética, Camboja e Vietnã foram responsáveis por mais mortes do que as guerras travadas por questões religiosas.
A linguagem de Malafaia é classificada de “agressiva” e isso tem se tornado frequentemente um espetáculo, diz a matéria, apontando que a figura do líder tem sido ao mesmo tempo uma fonte de admiração e inquietação. Fonte: Christian Post Malafaia é Descrito pelo New York Times como ‘Comandante de um Vasto Império’ 39ª Conferência Mundial nos EUA - Ministério Morris Cerullo O pastor Silas Malafaia, da Igreja Vitória em Cristo, concedeu uma entrevista ao jornal norte-americano New York Times onde é descrito como um próspero líder religioso atingindo telespectadores em dezenas de países e que possui a capacidade de reunir igrejas e empresas em torno de sua pregação Pentecostal. Comparado a outros proeminentes líderes, como Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus e Romildo Ribeiro Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, Malafaia é apresentado como “comandante de um grande império”. A matéria de Simon Romero conta que o líder religioso, recentemente atraiu atenção para si por desferir ataques verbais contra uma ampla gama de inimigos, como os líderes do movimento gay do Brasil para os direitos, os defensores do direito ao aborto e apoiadores da descriminalização da maconha. Em uma de sua recentes “Cruzadas”, evento descrito como uma mistura de Escrituras e canções evangélicas e que reúne cerca de 200 mil pessoas, o líder da igreja Vitória em Cristo declarou: "Eu sou o inimigo público n º 1 do movimento gay no Brasil". Malafaia tem como meio de divulgação de suas mensagens não só a televisão, como sua conta no Twitter, onde ele tem quase um quarto de milhão de seguidores e o You Tube, onde frequentemente posta vídeos em que distribui recados a desafetos, jornalistas e lideres evangélicos rivais. A matéria o compara a Pat Robertson, pois ele seria um pioneiro no movimento evangélico conservador e responsável por levar as teses cristãs à esfera política nacional. Segundo o texto do influente jornal norte-americano, a expansão das igrejas pentecostais - que incluem princípios como cura pela fé, profecias e exorcismo - está alterando a política no Brasil. São citadas estatísticas em que um quarto dos brasileiros já fazem parte de congregações protestantes e pentecostais, em que Malafaia estaria na vanguarda desse movimento. O Brasil estaria se equiparando aos EUA por ter uma das maiores populações pentecostais do mundo. Ateus Mas o visível crescimento dos evangélicos está desagradando alguns segmentos da sociedade. Em um artigo este mês, a jornalista Eliane Brum escreveu sobre a intolerância dos evangélicos para com os ateus descrevendo o que chamou de “disputa cada vez mais agressiva por féis” entre as grandes igrejas. As palavras de Eliane desencadeou uma onda de réplicas, entre as quais a de Malafaia. O líder referiu-se à jornalista com a palavra “tramp” (vagabunda, em português) e afirmou ainda que os “ateus comunistas” da antiga União Soviética, Camboja e Vietnã foram responsáveis por mais mortes do que as guerras travadas por questões religiosas. A linguagem de Malafaia é classificada de “agressiva” e isso tem se tornado frequentemente um espetáculo, diz a matéria, apontando que a figura do líder tem sido ao mesmo tempo uma fonte de admiração e inquietação. Fonte: Christian Postv

CASAIS: EDUCAÇÃO DE FILHOS Lucas 2.41-52

O que é uma pessoa educada? As vezes ouvimos comentários de alguém dizendo assim: "Fulano, fulana é educada!" Como reconhecemos uma pessoa educada? Você é uma pessoa educada? Aonde a educação começa? Quem são os responsáveis pela educação dos filhos? São vários e graves os problemas na família. A educação dos filhos é um deles. Sabe-se que muitas são as famílias que simplesmente transferem para a escola e a igreja a responsabilidade de educação dos filhos. Um dos problemas que os pais costumam ter na educação de seus filhos é decidir quanto ao certo e o errado, isto é, deve-se ou não exigir isto, ou aquilo. Jesus e sua família foram a Jerusalém para celebrar a festa da Páscoa. Na época de Jesus a população de Jerusalém chegava a cerca de 70 mil habitantes, no período da páscoa este número dobrava. É possível aprender lições a respeito da educação que Jesus recebeu neste lar tão humilde. 1. Era uma educação com liberdade e limites. Os pais de Jesus ficaram preocupados com o seu desaparecimento ali em Jerusalém e passaram a procurá-lo. Jesus possui uma responsabilidade ou dever de retornar ao convívio do lar. Seus pais lhe deram a liberdade de estar naquela festa, ele tinha que voltar para casa e não o fez. É bom lembrar que desde o início da raça humana, Deus já apresentava este princípio de liberdade com limites. No Jardim do Éden, Adão e Eva possuíam uma liberdade quase total, mas Deus havia imposto um limite que era não comer do fruto da árvore. O ser humano é livre, mas nem tudo o que ele fizer lhe trará benefícios e momentos de alegria. Por isso, o apóstolo Paulo disse: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém..." (I Co 10.23) Infelizmente alguns pais oferecem total liberdade aos seus filhos. Daí surge a libertinagem e alguns filhos acabam dominando seus pais. A Bíblia declara que não se deve retirar a disciplina da criança (Pv 23.13). Quando há necessidade de disciplina é porque os limites da liberdade foram desrespeitados. Portanto, a verdadeira educação precisa oferecer liberdade, mas deve estabelecer limites. 2. Era uma educação que objetiva um compromisso religioso. A procura pelo menino Jesus levou cerca de 3 dias. Ao final deste período, Jesus é localizado no templo, dialogando com os doutores da lei. Ele não foi encontrado emalgum outro lugar impróprio, e declarou: "...me cumpria estar na casa de meu Pai". Isso revela que a educação que recebera era no sentido de infundir em sua mente os verdadeiros princípios bíblicos. Ana e Elcana procuraram educar seu filho Samuel sempre no templo, perto do Sacerdote Eli (I Sm 2.11, 21 e 28). Uma educação bíblica, coerente e equilibrada precisa proporcionar uma formação cujo compromisso maior é com o reino de Deus. É despertar nos filhos o interesse pelas coisas de Deus. Para isso os pais devem amar a igreja e respeitar seus líderes. Há indivíduos que falam tão mal da igreja e mesmo assim querem que seus filhos a freqüentem. 3. Era uma educação que possuía a marca do diálogo. Está claro no v.46 que Jesus estabeleceu um diálogo com os mestres ali presentes. "Ouvindo-os e interrogando-os". Onde será que Jesus aprendeu isso? É lógico que foi com sua família. Mesmo após ter encontrado Jesus, os seus pais estabeleceram uma conversa com ele (v.48, 49). Muitos pais utilizam palavras impróprias com seus filhos, com agressões e ameaças, mentiras, xingamentos, apelidos, piadas, etc e marcam seus filhos profundamente. Para que exista uma boa comunicação na família é necessário uma boa administração do tempo. Os pais devem gastar mais tempo com seus filhos. O relacionamento entre pais e filhos não é composto só de regras ou palavras, mas de um envolvimento entre eles. Aqui percebe-se a presença do pai e da mãe dialogando com o filho. O casal unido enfrentou o problema do desaparecimento do filho. Disto aprende-se que a responsabilidade quanto ao cuidado com os filhos recai sobre o casal. 4. Era uma educação que atinge a pessoa integralmente. O texto termina afirmando que: "Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens." (v.52). Isto comprova que a educação que recebera atingia todas as áreas de sua vida. Mexeu com todo o seu ser. Sabedoria - Aqui está a referência ao seu desenvolvimento intelectual, ou seja, a sua identidade. Estatura - Jesus se desenvolveu fisicamente, pois era pessoa que caminhava muito, trabalhava num serviço muito pesado na carpintaria de seu pai. Graça - Este é o principal resultado da educação que recebeu, pois a sua vida espiritual era intensa e repleta de comunhão com Deus. Durante toda a sua caminhada terrena demonstrou desejo de estar junto ao Pai, gastando tempo para falar com Ele por meio da oração. Social - O versículo expressa que Jesus desenvolveu-se diante de Deus e dos homens. Isso mostra que Jesus desenvolveu junto com o povo, nos lares, praças, ruas, nas praias, no mar, nas festas de casamento; sempre envolveu-se com pessoas e estava acompanhado de multidões. Possuía amigos. E os seus filhos, você conhece os amigos dele? Quantos estão oferecendo só uma educação intelectual para os seus filhos. Mas, deixando as outras áreas de sua formação a desejar.

DIVÓRCIO NA IGREJA: ELES TÊM O DIREITO DE SEREM FELIZES ?

A separação conjugal é um assunto que permeia a sociedade. Na Bíblia, vários trechos referem-se ao divórcio. Em Mateus 19:3-12, Jesus responde aos fariseus, e fala que a carta de divórcio deveria ser dada à esposa caso seu marido não a quisesse mais. Porém, Jesus condenava a separação por motivos banais, eram aceitos os casos em que um dos cônjuges tivesse cometido adultério. "As mulheres eram simplesmente repudiadas, lançadas para fora de casa. Sem a carta de divórcio, essas mulheres permaneceriam casadas, a carta foi fornecida para protegê-las", explicou o reverendo Fausto Brasil, idealizador do Ministério Apoio, que atua com solteiros, separados, divorciados e viúvos, por meio do aconselhamento e eventos. Reverendo da Igreja Presbiteriana de São Vicente, Fábio Ciribelli complementa que havia vários motivos para que uma mulher fosse rejeitada por seu marido:"Se elas queimavam o pão ou não temperavam a comida adequadamente, ou se não gostavam de suas maneiras, ou se não era boa dona de casa". Ciribelli ressalta que o fim do casamento não é feito de acordo com a vontade de Deus e sim com a do homem: "O rompimento do vínculo matrimonial, uma vez consumado, seja ele sancionado ou não pelo poder civil, expressa a vontade do homem, jamais a vontade de Deus. Não é outro o sentido de Mateus 19.8: '... Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres, entretanto, não foi assim desde o princípio'". A última opção Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), só no ano de 2007, foram totalizada 179.342 separações no país. Para cada quatro casamentos feitos, havia um divórcio. Esses dados alcançaram também os bancos das igrejas evangélicas brasileiras. Tem sido mais habitual encontrar pastores divorciados, ou que estão em seu segundo casamento, ocupando os púlpitos. Esse é o caso de C. M., pastor de uma igreja no interior de Minas Gerais, casado com a mulher por quem nutriu sentimentos ainda em seu primeiro casamento. "O divórcio é o fim da linha. Quando se esgotam as possibilidades de reconciliação. O casamento torna-se uma hipocrisia", afirma o pastor. Para o rev. Ciribelli, a separação conjugal é a última opção para um casal com problemas no relacionamento: "O divórcio configura-se uma solução extrema para matrimônios já destruídos. Ele não cria condições favoráveis ao rompimento do vínculo matrimonial nem mesmo conduz o casal à separação. O divórcio apenas confirma a disposição de se separarem, manifesta pelo homem e pela mulher, em razão da impossibilidade que sentem de conviver como marido e mulher". Além das conseqüências emocionais, a separação conjugal traz outras implicações: "Quando acontece o divórcio você perde muito, mais perde do que ganha, em muitos casos. Perde amigos, status, a condição financeira às vezes cai para menos da metade. Muitas mulheres tiveram que voltar ao mercado de trabalho depois de estar há tempo sem trabalhar. Na maioria dos casos é mais fácil buscar restaurar o casamento do que divorciar-se e contrair um novo casamento", opinou o rev. Brasil, líder do ministério Apoio. A Igreja e o divórcio "O estímulo sempre deve ser dado no sentido de restaurar o casamento, mesmo porque é muito mais fácil do que casar-se novamente. [....]. Nós devemos continuar enfatizando o casamento, ajudar visando a restauração, mas entendendo que em alguns casos isso não vai acontecer. E na infelicidade dessas pessoas que não conseguirem restaurar seus casamentos, a Igreja precisa abraçar essas pessoas feridas e ajudá-las a se reerguerem na vida", afirma o rev. Fausto Brasil sobre o que aponta ser a missão da Igreja em relação ao divórcio. O pastor Josué Gonçalves, terapeuta familiar e pastor sênior do Ministério Família Debaixo da Graça, também acredita que o divórcio é uma porta de emergência e não uma porta de saída para os matrimônios em crise: " A igreja não pode diminuir na sua pregação o valor do casamento, pelo contrário, comprometeremos a reputação do conteúdo doutrinário do Evangelho. No Sermão da Montanha, Jesus disse que ?estreita é a porta e apertado o caminho? e isso se enquadra também na questão do casamento. Antes de qualquer coisa, a igreja precisa ser um agente de cura para aqueles que precisam de um milagre no seu casamento". Segundo o rev. Ciribelli, a questão do divórcio deve ser considerada à luz da Graça de Cristo: "De fato, ao romperem o vínculo do matrimônio, homem e mulher rebelam-se contra a vontade de Deus, mas tal ato de desobediência não é maior nem mais grave que os demais atos de desobediência contra Deus, praticados pelo homem. Assim, o perdão de Deus vale também para aqueles que fracassarem no seu matrimônio". O ministério pastoral e o divórcio Logo que se envolveu emocionalmente com outra mulher, ainda casado, o pastor C. M pediu ajuda aos seus líderes e retirou-se do ministério. Divorciou-se e casou com a mulher por quem se apaixonara. "Eu não acreditava mais em mim. Achava que o meu ministério tinha acabado e que eu jamais teria condições morais de estar novamente em cima de um púlpito. Como iria orientar alguém sobre casamento, família? Precisei fazer terapia, desejava até a morte. Chorava muito e parecia que tudo havia acabado para mim", testemunhou o pastor C.M. C.M. retornou ao púlpito, entretanto, sofreu perseguição e oposição de outros líderes evangélicos: "Eles não aceitam e não creem que alguém que caiu no divórcio e case com outra pessoa diferente possa estar à frente de uma obra. Eles aceitam perdão para o assassino que matou 30, 40 pessoas, para o pastor que rouba igreja e comete outros tipos de pecados, mas o divórcio parece que é o fim da linha", apontou. Há 19 anos no ministério de famílias, Josué Gonçalves acredita que o adultério do pastor como motivo para uma separação tem resultados que transcendem a compreensão humana diante da graça de Deus: "Davi adulterou, mentiu, matou, e Deus não o excluiu, pelo contrário, o perdoou, mas ele pagou muito caro pelo que fez, a colheita foi dolorosa daquilo que ele plantou. A questão é que depois de uma tragédia desta na vida de um pastor, ele perde muito da sua autoridade para ministrar aquilo que mais defendeu. É o que vemos hoje acontecendo com muitos colegas no ministério". Para o rev. Brasil, a razão do divórcio é que vai dizer se o pastor deve continuar no ministério ou não: "Eu conheço alguns pastores divorciados, eu diria que avalio caso por caso. Tenho colegas que o divórcio aconteceu porque suas esposas os abandonaram, simplesmente desistiram. Eu não posso ser tão radical, julgar um colega nessa condição. Se o pastor adulterou e segue sua vida e seu ministério, não interessa, ele é um adúltero. A minha orientação deve ser que ele pare com seu ministério e vá dedicar-se a outra área". O divorciado Na opinião de Brasil, que é organizador do Ministério Apoio, juntamente com sua esposa Nanci Wiesel Brasil, as pessoas divorciadas possuem sentimentos comuns, como culpa e vergonha. "Uma coisa que eu sempre digo aos divorciados é isso: 'Cuidado com a culpa e a vergonha, porque a culpa te afasta de Deus e a vergonha te afasta das pessoas. Se você ficar sozinho na condição que está, isso vai ser uma tragédia para você?". Ele também aponta o preconceito por parte de mulheres casadas, que costumam enxergar as mulheres divorciadas como rivais. O Ministério Apoio trabalha desde 1996 com cristãos não-casados (solteiros, viúvos e divorciados). Oferecem apoio para diversos âmbitos das vidas dessas pessoas. "Nós enfatizamos a área espiritual, entendemos que o divorciado precisa voltar-se para Deus. Na área emocional, entendemos que o divorciados são pessoas machucadas. Na social, possibilitamos que esses interajam, não fiquem enclausurados em seu mundo, mas que se relacionem com pessoas, reconstruam ou construam novas amizades. Damos orientação sexual, que é uma área de conflito na vida deles. Atuamos na área de missões, que é o envolvimento dessas pessoas em alguma área dentro da Igreja. Há muitos divorciados que já se voltaram para Deus, mas as igrejas não abrem portas para que eles atuem", explicou Fausto Brasil. Um novo casamento Após passar pela dor do divórcio, muitos demoram para assumir um novo relacionamento. Outros assumem o relacionamento que antes era extra-conjugal e tentam seguir adiante. O rev. Ciribelli explica que na passagem de Mateus 5:32 Jesus afirma que qualquer pessoa que se divorciar, por motivos diferentes de traição, e iniciar um novo casamento, está adulterando, porque a separação não quer dizer a dissolução do casamento: "A mulher não tinha direito de casar-se de novo, e nem o marido. Ambos pecam se casam de novo ou mantêm relações sexuais com outra pessoa. Neste caso, está claro que o casamento não foi dissolvido. Apesar do divórcio, o casal ainda permanece casado. A questão da dissolução é o ponto central de todo o problema". O motivo pelo qual ocorreu a separação conjugal é avaliado por muitos pastores na hora de celebrar um novo matrimônio. "Alguns casamentos de divorciados eu já fiz e faço. Desde que eu entenda que os motivos do divórcio ocorrido são irreparáveis e que esse novo casamento pode ser bem sucedido", explicou o rev. Brasil. Para o pastor Josué Gonçalves é importante também analisar cada divórcio e os motivos pelo qual ele ocorreu. "Se uma pessoa foi abandonada pelo seu cônjuge, que já está com outra pessoa, ele pode ser considerado uma vítima. Eu nunca fiz, e confesso que teria dificuldade para fazer [casamento de pessoas divorciadas], mas não estou fechado quanto a isto se eu for convencido de que a pessoa que está se casando é uma 'vítima'", reiterou..