segunda-feira, março 10, 2014

Seis dicas para se destacar no mercado de trabalho

Especialista ensina como se destacar na organização, obter um novo cargo ou conquistar uma vaga no mercado

Para ter uma carreira bem-sucedida é preciso estar preparado – e só qualificação profissional pode não bastar.
Sergio Ricardo Rocha, coach, consultor empresarial e palestrante, observa que refletir sobre a vida profissional pode dar novos rumos à carreira.
“Não importa se a pessoa já está empregada ou se está à procura de uma vaga, ela precisa saber qual é o seu perfil e analisar tudo o que é preciso para avançar na profissão. Ajustar comportamentos e atitudes conforme as expectativas do empregador é fundamental”, ressalta.
Especialista em liderança e equipes de alto rendimento, Rocha dá seis dicas para melhorar a vida profissional.
1 – Não tenha medo de mudar
As pessoas são resistentes às mudanças, mas alterar comportamentos pode ser essencial para progredir. Se você não consegue visualizar quais pontos exigem um novo posicionamento, pergunte para pessoas mais experientes no segmento.
2 – Estude
Ampliar os conhecimentos técnicos e acadêmicos é o caminho certo para conquistar a vaga desejada ou garantir uma promoção. O ideal é avaliar os conhecimentos que serão úteis na atuação profissional e começar a estudar o mais breve possível.
3 – Crie uma rede de relacionamentos
O network deve ser desenvolvimento dentro e fora da empresa. Participar de congressos, palestras e workshops são uma boa alternativa para conhecer pessoas do segmento. O profissional deve permitir que os outros também o conheçam e não se aproximar somente de pessoas influentes. Ser lembrado com profissionalismo, seriedade e carisma por todas as pessoas é a melhor estratégia. Na hora certa, o indivíduo será indicado para quem exerce um cargo de liderança.
Vale lembrar que se deve oferecer muito antes de pedir algo, ou seja, procure ajudar mais do que pedir ajuda.
4 – Planeje a carreira
Elaborar um planejamento de carreira ajuda a visualizar o futuro e a conquistar as metas desejadas. Os objetivos e as ações para atingi-los devem ser traçados com certa flexibilidade, já que não há como prever tudo o que pode acontecer nos próximos meses ou anos.
Avalie as experiências acumuladas, reflita sobre as tendências do setor e identifique o seu lugar neste cenário. A carreira deve ser encarada como um recurso financeiro: pense no seu valor de mercado atual e quanto quer valer daqui a alguns anos. E, claro, quais as atitudes necessárias para viabilizar as mudanças.
5 – Saiba vender
O profissional deve vender a sua imagem, o seu trabalho, o que ele tem de melhor. Saber as técnicas de vendas e de negociação pode fazer a diferença na hora de disputar um novo cargo.
6 – Seja produtivo e faça propaganda do seu trabalho
As empresas buscam pessoas comprometidas e produtivas. Os funcionários devem dar o seu melhor, sempre, e superar os desafios. Mas não adianta fazer um bom trabalho e ninguém saber disso. Por isso, sempre apresente seus resultados e você começará a ser visto com outros olhos pelos líderes.

CORTE INTERAMERICANA PODE ANULAR o JULGAMENTO DO "MENSALÃO"




Luiz Flávio Gomes: "Muitos ministros do STF -- por exemplo, Marco Aurélio e Joaquim Barbosa --, depreciam o sistema interamericano de direitos humanos e dizem que ele não vale nada; conclusões equivocadas e totalmente desatualizadas". Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Luiz Flávio Gomes: “É boa a chance da Corte Interamericana de Direitos Humanos anular as condenações do mensalão e determinar novo julgamento”

Por Conceição Lemes, no "Viomundo"

Em setembro de 2012, em entrevista ao "Viomundo", advogado criminalista Luiz Flávio Gomes denunciou: Um mesmo ministro do Supremo investigar e julgar é do tempo da Inquisição.

Ele referia-se à dupla-função de Joaquim Barbosa, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Ação Penal 470 (AP/470), o chamado mensalão: o de investigador e o de juiz.

Isso conflita com a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos”, alertou à época. “O juiz fica psicologicamente envolvido com o que ele faz antes e aí está contaminado para atuar depois no processo.”

E, como Luiz Flávio já previa em 2012, a maioria dos réus do mensalão foi condenada por esse dispositivo que ele considera da Idade Média.

Nós voltamos a conversar hoje sobre a "Corte Interamericana de Direitos Humanos" e o julgamento da AP 470.

Viomundo — O STF infringiu mesmo o que recomenda a Corte Interamericana de Direitos Humanos?

Luiz Flávio Gomes –
Com certeza. Entre as possíveis violações à jurisprudência do sistema interamericano de direitos humanos, o STF praticou pelo menos duas.

Uma delas: o mesmo juiz que investigou o caso, o ministro Joaquim Barbosa, presidiu o julgamento. Cumpriu dois papeis: o de investigar e o de julgar. Isso ocorria na Idade Média, no processo inquisitivo.

A outra violação: foi descumprida a garantia do duplo grau de jurisdição, tal como reconhecido no julgamento da Corte Interamericana de 2009, caso Barreto Leiva.

O senhor Barreto Leiva Barreto foi julgado diretamente pela Corte Suprema venezuelana, sem direito ao duplo grau de jurisdição. Ele levou o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos, que reconheceu o direito dele ao duplo grau de jurisdição.

Viomundo – O Brasil é obrigado a cumprir a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos?

Luiz Flávio Gomes –
Pacta sunt servanda: os pactos devem ser cumpridos.

Nenhum país é obrigado a assinar tratados internacionais nem a reconhecer a jurisprudência do sistema interamericano. Porém, depois de assumidos, devem ser cumpridos.

O Brasil assumiu a jurisdição do sistema interamericano de direitos humanos em 1998. Está obrigado a respeitar suas decisões. A jurisprudência da Corte é tranquila no sentido de que o mesmo juiz não pode cumprir dois papeis — o investigativo e o judicial. Veja o caso Las Palmeras, da Corte Interamericana. Quanto ao duplo grau de jurisdição, veja o caso Barreto Leiva

O caso Las Palmeras foi contra a Colômbia. Lá aconteceu algo igual ao que aconteceu aqui no mensalão. Um juiz presidiu a investigação e depois participou do julgamento.

Esse caso foi para a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que disse: não pode. O magistrado que cumpre o duplo papel de “parte” (investigador) e de juiz viola a garantia do juiz imparcial. Em função disso, a Corte anulou totalmente o julgamento realizado na Colômbia.

Outro exemplo é caso Araguaia. A Corte Interamericana de Direitos Humanos mandou investigar e processar os crimes da ditadura no Brasil.

Viomundo — Na cabeça de nós, leigos, o juiz tem de ser imparcial. Na prática, não é o que vimos no julgamento da AP 470. Qual a consequência dessa parcialidade?

Luiz Flávio Gomes –
A consequência da parcialidade do juiz — é o caso, por exemplo, de Joaquim Barbosa, que presidiu a investigação preliminar, ficando subjetivamente comprometido com o resultado do processo — é o descumprimento do artigo 8º da Convenção Americana de Direitos Humanos, que pode levar a Corte Interamericana a anular o processo do mensalão, determinando que outro seja feito.

Durante o processamento da reclamação no Sistema Interamericano, o réu continua cumprindo sua pena normalmente. Os processos hoje na Comissão estão demorando de 1 a 2 anos. O mesmo tempo se passa na Corte.

Viomundo — Na mensagem que trocamos, o senhor me disse: "nós vivemos num regime político-criminal regido por um capitalismo primitivo… a Itália é outro mundo". Por favor, explique o que isso significa.

Luiz Flávio Gomes –
Olhando o mundo capitalista de hoje, nos podemos distinguir, entre outros, estes três modelos:

1. Capitalismo evoluído e distributivo — Fundado na educação de qualidade para todos, boa ou excelente renda per capita, pouca desigualdade. Estão nesse grupo Dinamarca, Suécia, Bélgica, Holanda, Alemanha, Finlândia, Islândia, Áustria, Austrália, Japão, Coreia do Sul, Cingapura, Suíça, Noruega etc.

2. O oposto é o capitalismo selvagem (no caso brasileiro, extrativista e patrimonialista) –É marcado pela carência de educação de qualidade, baixa renda per capita e alta desigualdade. Praticamente todos os países da América Latina e África seguem esse modelo.

3. O capitalismo intermediário — É próspero, mas exageradamente concentrador: é o caso dos EUA.

No primeiro grupo, a média de assassinatos é de 1,8 para cada 100 mil pessoas. No segundo grupo, a violência é epidêmica: 10 ou mais assassinatos para cada 100 mil pessoas. O Brasil está com 27,1 para cada 100 mil. No terceiro, a média é de 3 a 9 assassinatos para cada 100 mil pessoas. Nos Estados Unidos estão com 4,7 por 100 mil.

Viomundo — Quais as diferenças punitivas entre, por exemplo, o Brasil, Estados Unidos, Dinamarca, Holanda, Noruega, Itália e Japão?

Luiz Flávio Gomes –
Cada um dos três modelos de capitalismo que mencionei acima conta com seu próprio modelo político-criminal.

O capitalismo do grupo 1 prioriza a prevenção do crime e ainda conta com um eficiente império da lei — baixa impunidade.

O do grupo 2 não tem política preventiva e o império da lei é paupérrimo — altíssima taxa de impunidade. No caso do Brasil, não previne nem reprime extensamente.

O capitalismo do grupo 3 conta com sistema preventivo mas não o prioriza. Em compensação, seu sistema penal funciona razoavelmente. É o caso dos EUA.

Viomundo — Na prática, em que isso resulta?

Luiz Flávio Gomes –
O grupo 1 não se caracteriza, em regra, pela crueldade das penas. São justas e muitas vezes suaves, mas certas e praticamente infalíveis.

O grupo 2 se caracteriza pelas penas duras e cruéis, mas que raramente são aplicadas.

O grupo 3 — caso dos EUA — tem penas duras e são normalmente aplicadas. Se não é o mais duro sistema penal do Ocidente, é um dos mais. Nem por isso tem as mais baixas taxas de criminalidade. Lá tem quase três vezes mais homicídios do que nos países do grupo 1.

Viomundo -- O julgamento da AP 470 deve ser remetido à Corte Interamericana de Direitos Humanos?

Luiz Flávio Gomes –
De forma direta, a Corte não interfere nos processos que tramitam num determinado Estado membro sujeito à sua jurisdição. Isso porque a adesão é livre e espontânea. Porém, de forma indireta, sim.

Muitos ministros do STF – por exemplo, Marco Aurélio e Joaquim Barbosa — depreciam a jurisdição interamericana. Dizem que ela não tem nenhum valor.

Lendo esses infelizes comentários deles, a sensação que se tem é de que a Corte ou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos não teria poderes para modificar o que foi decidido pelo STF e que as sanções delas são basicamente indenizatórias.

Nada mais equivocado do que essas conclusões, totalmente desatualizadas. São emanadas de juristas que tiveram formação jurídica legalista, sem conhecerem os progressos do direito internacional.

Continuam presos ao grande jurista vienense Kelsen, que desenvolveu o sistema jurídico legalista. Estão ultrapassados. Bastaria ver o que aconteceu com Maria da Penha, cujos direitos foram reconhecidos pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, para perceberem que o mundo está mudando.

Viomundo — Como o senhor bem lembrou, há ministros do STF que desdenham da possibilidade de se levar o processo do mensalão para a Corte Interamericana de Direitos Humanos, enquanto o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz que o julgamento seguiu à risca o que determina a Corte. E, aí?

Luiz Flávio Gomes —
O caso Barreto Leiva contra Venezuela mostra que a Corte, em sua decisão de 17 de novembro de 2009, apresentou duas surpresas. A primeira é que fez valer em toda a sua integralidade o direito ao duplo grau de jurisdição, ou seja, o direito de ser julgado duas vezes, de forma ampla e ilimitada. A segunda surpresa é que deixou claro que esse direito vale para todos os réus, inclusive os julgados pelo Tribunal máximo do país, em razão do foro especial por prerrogativa de função ou de conexão com quem desfruta dessa prerrogativa.

Esse precedente da Corte Interamericana encaixa-se como luva ao processo do mensalão, que descumpriu a jurisprudência da Corte Interamericana.

Viomundo — Na entrevista que fizemos em 2012, o senhor disse que em função do desrespeito à jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos o julgamento do mensalão poderia ser anulado. O que acha agora com a ação já transitada em julgado e os réus na cadeia?

Luiz Flávio Gomes –
Eventual reclamação ao sistema interamericano não impede que os condenados continuem cumprindo suas sentenças. Mas é boa a chance de anulação dessas condenações em razão da falta de imparcialidade do Joaquim Barbosa, que presidiu a fase de investigação e o processo. E grande a chance de provocar um segundo julgamento, por desrespeito ao duplo grau de jurisdição."

FONTE: reportagem de 
Conceição Lemes, no portal "Viomundo" (http://www.viomundo.com.br/entrevistas/luiz-flavio-gomes.html).

MINISTROS DO STF FORMARAM QUADRILHA




“Parte conservadora do STF, com finalidade política, tinha o objetivo de desmoralizar o Partido dos Trabalhadores e ajudar a tirar dele o poder conquistado pelo voto popular”, escreve Mauricio Dias

O portal "Conversa Afiada" reproduz texto de Mauricio Dias, extraído da revista "Carta Capital":

O OVO DA SERPENTE

Confundir aliança partidária para governar com formação de quadrilha para corromper é obra dos procuradores.

Por Mauricio Dias

Mais rápido do que se pensava, caiu a toga e ficou nua a maioria "conservadora" do Supremo Tribunal Federal (STF), articulada em torno do julgamento da Ação Penal 470, o “mensalão”. Os ministros desse grupo formaram uma espécie de quadrilha, de finalidade política [partidária], com o objetivo de desmoralizar o Partido dos Trabalhadores e ajudar a tirar dele o poder conquistado pelo voto popular, em 2002 e 2006, com Lula eleito e reeleito e prosseguido, em 2010, por Dilma Rousseff, com chance de fechar, agora em 2014, um novo ciclo de oito anos de controle do governo.

A base de toda essa ação politizadora da Justiça é antiga, criada nas articulações formadas na Procuradoria-Geral da República (PGR). É uma visão peculiar, distorcida, que une, por exemplo, os procuradores-gerais Aristides Junqueira (1989-1995), Antonio Fernando de Souza (2005-2009), Roberto Gurgel (2009-2013) e Rodrigo Janot, empossado em setembro de 2013.

Coincidentemente, são ex-integrantes do Ministério Público os atuais ministros Celso de Mello (SP), Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Um trio que votou unido, sustentando os princípios nas peças de acusação da Procuradoria.

Eles creem que os governos eleitos, sustentados por alianças partidárias, formam quadrilhas para administrar o País. Simples assim. Esse procedimento, no entanto, contaminou com força a mais alta Corte de Justiça do País, como se viu agora.

Isso teve início com Junqueira, ao sustentar que o ex-presidente Fernando Collor tinha cometido crime de “corrupção ativa”. Apoiou-se em evidências e perdeu-se, segundo o STF, na “falta de provas contundentes”.

A tese, no entanto, deu frutos. Dela valeram-se agora a oposição e a mídia.

Naturalmente, em todos os governos há corrupção. Só que a punição deve resultar de julgamentos com provas e não com conjecturas, como fez inicialmente Antonio Fernando de Souza no começo da Ação Penal 470.

Ele deu asas à imaginação. Utilizou-se do conto "Ali Babá e os 40 Ladrões", do livro "As Mil e Uma Noites", talvez a leitura dele nas horas insones, para criar aquilo que o ministro Luís Roberto Barroso chamaria de “rótulo infamante”. Abriu a caixa de maldades e tratou o ex-ministro José Dirceu, do primeiro governo Lula, como “chefe de quadrilha”. E elencou na denúncia, não por coincidência, 40 nomes.

Essa linha foi adotada também por Roberto Gurgel. Declarou os governos de Lula, com Dilma no ministério, gerador de “tenebrosas transações”. Coerente com essa linha de atuação, que confunde governos democraticamente eleitos com quadrilhas, Rodrigo Janot deu curso à acusação e reafirmou a base da denúncia dos antecessores a partir do crime de “formação de quadrilha”.

Não se trata simplesmente de questão técnica, envolvendo os profissionais do Direito, pois nenhuma das condenações na AP 470 realizaria mais a criminalização da política do que a denúncia por formação de quadrilha.

Todas as demais condenações resultaram, bem ou mal, em penalidades por infrações individuais. Elas atingem os indivíduos. A quadrilha, sub-repticiamente, atingiria governos petistas democraticamente eleitos."

Não deixe de ver “Mino: Joaquim Barbosa é um juiz incompetente
Clique aqui para ler IstoÉ acha Cerra nos trilhos do trensalão”
E aqui paraFux mata no peito e salva Gilmar. Por ora

FONTE: 
texto de Mauricio Dias, extraído da revista "Carta Capital", reproduzido e comentado no portal "Conversa Afiada"  (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/03/08/dias-ministros-do-stf-e-que-formaram-quadrilha/).

Brasileiros criam microturbina para míssei

Polaris, empresa de São José dos Campos (SP), desenvolveu uma microturbina para mísseis que vem despertando interesse de fabricantes internacionais de armamentos graças às inovações presentes nela.
“O grande problema das turbinas desse tamanho é o consumo de combustível”, diz Luís Klein, diretor comercial da Polaris. A empresa criou um novo desenho de compressor -- um dos componentes da turbina -- que é compacto e eficiente.Segundo Klein, seu uso permitiu baixar o consumo significativamente. A consequência disso é que o míssil pode ter alcance maior. Ou pode levar menos combustível, o que deixa espaço para uma carga explosiva mais poderosa.
A turbina, chamada TJ200, pesa menos de 10 kg e tem apenas 16 cm de diâmetro. É capaz de impulsionar um míssil de 500 kg. Num voo de 250 km, gastaria apenas 50 litros de querosene de aviação, afirma Klein. 
A TJ200 foi exposta em fevereiro num evento do exército americano no Alabama. Segundo Klein, ela despertou interesse de diversos fabricantes de armamentos. Mas, por enquanto, há apenas protótipos do equipamento.
A Polaris existe desde 1999. Até hoje, ela tem se dedicado basicamente a pesquisa e desenvolvimento. De seu escritório em São José dos Campos já saíram projetos e protótipos de turbinas de vários tipos, incluindo uma para geradores de energia.
Agora, o desafio é passar de uma empresa de desenvolvimento para uma de fabricação. “Tivemos financiamento da Finep para desenvolver a turbina. Mas ainda não conseguimos capital suficiente para montar uma fábrica e produzi-la”, diz Klein.
Ele conta que a empresa estuda diversas opções para a fabricação, incluindo uma eventual parceria com uma empresa no exterior. Neste mês, a TJ200 vai ser exposta na maior feira de armamentos da América Latina, a Fidae, que começa no dia 25 em Santiago, no Chile.
INFO ,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG ,SNB

Combinar a segurança física com a lógica é mais eficaz?

Gestão

Nem sempre, alertam os especialistas. Com a evolução surge um novo conjunto de riscos e vulnerabilidades, dos quais apenas alguns conseguimos melhorar

A integração da segurança física com a segurança da informação ou segurança lógica é o primeiro passo para avaliar melhor os riscos que ameaçam uma empresa. As equipes que combinam o pessoal da segurança física com o da segurança da informação podem aplicar uma ampla variedade de técnicas de investigação capazes de identificar problemas mais cedo.
"Já estamos longe da simples segurança física e trabalhando cada vez mais com os lados social e eletrônico para certificar que uma pessoa é quem diz ser", diz Chris Nickerson, fundador e consultor-chefe da Lares Consulting.
Mas com essa evolução surge um novo conjunto de riscos e vulnerabilidades, dos quais só alguns  conseguimos melhorar. Para que a segurança física funcione, precisamos  compreender as novas tecnologias que estamos incorporando a ela.
"Fizemos grandes avanços, mas estamos adotando as ferramentas digitais na segurança física sem aprender direito como funcionam. Resultado: estamos mais expostos", afirma Nickerson à CSO. "O risco é maior quando não entendemos o que estamos fazendo", completa.
Confira oito dos desenvolvimentos mais significativos que ocorreram ao longo do tempo no campo da segurança física, e como alguns deles ainda estão sendo aperfeiçoados.
1.     Cartões RFID
A maioria dos edifícios incorpora atualmente alguma forma cartão RFID. Esses cartões, que contêm duas peças cruciais de informação - o código do site e o crachá de identificação pessoal - permitem aos funcionários aproximá-los de um scanner para ter acesso a certas áreas. "São bons para saber quem está entrando em determinado lugar e por quanto tempo a pessoa permanece nele", diz Nickerson.
"O RFID tem algumas vulnerabilidades mas ainda é melhor do que as chaves reais", afirma o especialista.
Na realidade, os cartões RFID estão cheios de falhas de segurança. Eles são facilmente clonáveis, por exemplo, e sujeitos a ataques de força bruta. "A maioria das aplicações Web é 'inteligente' o suficiente para bloquear o acesso, após várias tentativa fracassadas", diz Nickerson. "Mas no caso do RFID é possível usar força bruta durante todo o dia. A maioria dos sistemas nem sequer o avisa se alguém tentou um milhão de vezes".
Além disso, algumas empresas colocam os seus sistemas RFID em fornecedores externos de nuvem. Tudo o que um atacante tem de fazer é acessar esse fornecedor para ter acesso a todos os edifícios que usam o serviço em nuvem. "São os sistemas de acesso eletrônico padronizados que, ao terem algum tipo de servidor centralizado, podem 'falar' com todos os leitores" [dos cartões], refere Nickerson. "Em um par de horas, conseguem-se encontrar todas as formas de abrir as portas".
2. Vídeo vigilância
A vídeo vigilância já existe há algum tempo mas melhorou drasticamente desde a sua criação. A vídeo vigilância é agora sofisticada o suficiente para incorporar reconhecimento facial e câmaras com maior qualidade estão capturando imagens com maior resolução. "A alta definição [HD] é agora a norma. Está tornando-se normal", diz Jay Hauhn, CTO e vice-presidente das relações com a indústria da Tyco Integrated Security.
Mas com isto vem o grande desafio: fazer "streaming" dessas imagens em alta qualidade  nas redes. "A largura de banda não é amiga quando estamos lidando com vídeo", diz Hauhn. "Precisamos também aproveitar os avanços da tecnologia de vídeo no mundo de consumo e usá-la para conseguir distribuir mais vídeo".
Assim como o VoIP aproximou o mundo da telefonia para a esfera da segurança da TI, o aumento de sistemas baseados em rede de vigilância também está levando a segurança física para os ombros do administrador de rede.
Felizmente, para os administradores de rede uma câmera de vídeo em rede é um dispositivo inteligente que pode ser programado para alterar as taxas de quadros e resolução de modo a  fornecer a quantidade de vídeo de segurança necessária, sem monopolizar a largura de banda de rede. E, mesmo com baixo desempenho no horário de pico, diretores e gerentes de instalações de segurança continuarão a receber as melhores imagens do que estão acostumados com a tecnologia analógica.
Opções de arquivamento de vídeo também podem afetar o consumo de banda. Se o espaço de armazenamento é limitado, mas questões de conformidade necessitam de mais tempo de retenção, muitos usuários optam por câmeras de rede que suportem tecnologias de compressão mais avançadas.
Se a largura de banda é ruim durante algumas horas, você pode implantar câmeras de rede equipadas com cartões SD para armazenar o vídeo para que ele possa transmitir para um servidor durante o horário de pico quando o tráfego é menor.
3. Sistemas de segurança de perímetro
Já não é preciso depender exclusivamente de muros ou cercas para guardar o perímetro de uma instalação, graças aos avanços dos sistemas de monitoração de perímetros. Alguns sistemas já utilizam micro-ondas ou ondas de rádio para estabelecer um perímetro e podem alertar as equipes de segurança quando a área protegida está sendo invadida. "Pode-se ver quem está do lado de fora da área e ser alertado de antemão", diz Nickerson. "É um enorme avanço para o alerta precoce".
4. Reconhecimento da íris
Primando pelo equilíbrio entre ser preciso e não-invasivo, o reconhecimento de íris permite que as equipes de segurança possam identificar as pessoas com base apenas no padrão do  olho. "Sou um grande fã do reconhecimento da íris, dado que os padrões são mais únicos do que outros métodos biométricos", diz Hauhn. "As íris são realmente boas para serem registadas por uma câmara de alta resolução,  à distância".
Como o reconhecimento facial, é possível contornar a tecnologia de reconhecimento da íris com uma fotografia do olho de outra pessoa, mas Hauhn sustenta que o sistema não é tão facilmente enganado.
5. Agentes de segurança e cartões de identificação com fotografia
Há algo a ser dito sobre a melhor das antigas técnicas de vigilância: os olhos do ser humano. Com o uso de cartões RFID e os sistemas de acesso colocados em entidades externas, o elemento humano de segurança está ficando esquecido. Saber quem acessa o edifício durante anos - ou, talvez, perceber que uma pessoa está usando um cartão de identificação com uma foto de outra pessoa simplesmente porque o seu rosto não é o do cartão - são coisas que uma máquina não pode fazer, mas um ser humano sim.
"Esta relação com o ambiente é o que estamos  perdendo", diz Nickerson. "Imagine que trabalhei durante 10 anos na recepção de um hotel. Conheço o seu rosto. Posso até ser capaz de dizer que você não deveria estar lá com base num 'feeling'. Muito disso está se perdendo".
6. Segurança ligada a dispositivos móveis
Não é raro nos dias de hoje ter sistemas de segurança - especialmente sistemas de segurança domésticos - ligados a um dispositivo móvel. Sensores inteligentes, trancas de segurança sem fios e sistemas remotos de controle/manutenção podem ser controlados pelo dispositivo móvel do usuário.
"Embora todos sejam formas convenientes e agradáveis para manter a sua casa 'segura', o fato de tudo acontecer em smartphones, um dos principais alvos dos ladrões, hackers, criadores de malware, etc, pode torná-lo um elo fraco da cadeia de segurança", diz Ryan Jones, consultor na Lares Consulting. Embora os atacantes possam capturar fisicamente o celular para obter as "chaves do castelo", "as pessoas parecem não conseguir ajuda ao perderem os seus telefones ou tê-los roubados", diz Jones.
No curto prazo, Jones sugere que as pessoas tomem medidas de segurança simples para protegerem os seus sistemas de segurança, como o uso de bloqueio no telefone, no caso dele ser perdido ou roubado. Mas, a longo prazo, será preciso um melhor controle de qualidade. "Muito executivos e celebridades não bloqueiam os seus telefones, porque é inconveniente, mas as pessoas precisam realmente usar os bloqueios do celular", diz.
7. "Scanning" de impressões digitais
A digitalização de impressões digitais não só eleva o nível de segurança no ponto de acesso, exigindo identificação única para cada pessoa, como também permite que os sistemas de segurança possam manter o controle de quem está entrando em um edifício. "
A tecnologia de "scanning" de impressões digitais está longe de ser perfeita, no entanto, uma vez que as impressões digitais podem ser transferidas e copiadas usando materiais gelatinosos, por exemplo. Mas, como aponta Nickerson, os fabricantes de sistemas de segurança biométricos têm, por qualquer razão, feito grandes avanços na melhoria das suas falhas. "Os fabricantes começaram a colocar sensores de calor e de pressão no scanner", diz. "E agora o exame também tem que combinar a estrutura venosa da pessoa. São estes múltiplos fatores de autenticação que ajudaram a biometria a vingar".
8. Reconhecimento facial
Parte dos avanços que têm sido feitos na vídeo vigilância é a codificação do reconhecimento facial. O reconhecimento facial tornou- se tão avançado que não só pode ser usado para verificar se alguém é quem diz ser como também pode ser usado para identificar uma pessoa em meio a uma multidão.
"Pode-se usar codificação das ações faciais, ritmo cardíaco e alterações na retina ocular para determinar enganos", diz Nickerson, que usou o exemplo de sistemas de codificação de reconhecimento facial a serem usados em casinos em Las Vegas (EUA) para detectar trapaceiros nas mesas. "A lei em Vegas permite fotografar imagens genéricas de pessoas e usar a monitoração em tempo real nos casinos para afastar ameaças", acrescenta.
Alguns especialistas argumentam que o reconhecimento facial tem um longo caminho a percorrer. Os que tentam passar despercebidos podem simplesmente baixar os seus chapéus ou cobrir os seus rostos, enquanto os sistemas de verificação podem ser facilmente enganados por uma imagem do rosto de uma pessoa.
Hauhn usa o exemplo de como a polícia na Flórida usou a vídeo vigilância com reconhecimento facial de todos os que tinham mandados judiciais naquele estado, quando foi palco do evento desportivo Super Bowl há cerca de 10 anos. Ele salientou que havia milhares de falsos positivos, mas Nickerson sustenta que, apesar das falhas, a tecnologia está avançada o suficiente para ser confiável.
"Em termos de vigilância e monitoração de entradas, tem melhorado exponencialmente a quantidade de controle e de precisão que temos", diz Nickerson.