quinta-feira, outubro 11, 2012

Guerra sem fim

As organizações criminosas no Brasil cada dia se tornam mais presentes no nosso dia a dia, não podemos fechar os olhos, o problema é real, as quadrilhas estão cada vez mais especializadas, podemos ver isso no contrabando, o tráfico de drogas, o roubo de cargas, o tráfico de armas, assaltos a bancos, o tráfico e exploração de crianças e mulheres, os jogos ilegais, o furto e receptação de veículos,etc. Os crimes variam de acordo com a necessidade e objetivos. Dentro da situação atual que se encontra a segurança pública acompanhamos um cotidiano de impunidade, corrupção, criminalidade crescendo assustadoramente, roubo em bares e restaurantes, arrastões em condomínios, roubo em relojoarias, etc. Diante dos fatos algo é certo, existe uma grande distância entre a criminalidade real e a registrada nos órgãos competentes. Em uma sociedade adoecida, devido ao crescimento da violência, no qual os problemas da criminalidade reúnem diversos fatores sendo eles: psicológicos, sociais, econômicos, políticos e culturais, depositamos todos os problemas na atividade policial, rara as vezes que houve uma intervenção de suas origens, capaz de desenvolver um trabalho visando o desenvolvimento de uma cidade que melhore condições de segurança para a população. Infelizmente uma das características que serve de ingrediente nas estruturas criminosas é a corrupção, seja ela através do judiciário ( venda de sentenças), corrupção de policias, patrocínios de campanhas políticas, envolvimento de políticos com esquemas de desvio de verbas. O crime organizado possui conexões e ligações social, econômica e política, desta forma realizam a lavagem de dinheiro tornando suas praticas mais difíceis de combatê-las. No combate a criminalidade, dentro das políticas de redução o trabalho de policiamento é considerado linha de frente, é semelhante a infantaria no campo de batalha, atividade policial seja ela exercida pelas policias civis, militares e pelas GCMs é vista na maioria das vezes como um mal necessário, é criticada por muitos e reconhecida por poucos, o erro é duramente criticado, os acertos muitas vezes não são lembrados. Dentro de todo o cenário uma verdade é certa, trabalho policial anda lado a lado com o êxito e o fracasso, segundo o policial federal Humberto Wendling dentro deste trabalho existe algumas certezas : “que ele é o único ser humano disposto a trazer segurança e paz nessa guerra sem fim contra os criminosos; e que ele pode morrer, ser preso e perder o emprego tentando fazer isso. Siderley Andrade de Lima, consultor de segurança

INVESTIGAÇÃO EMPRESARIAL CONTRAINTELIGÊNCIA: A INVESTIGAÇÃO DA MÁ INTENÇÃO

Muitos delitos corporativos são cometidos intencionalmente por funcionários predispostos, mas que acabam sendo justificados como erros administrativos não intencionais. Esta situação se dá por falta de provas e consequente falta de convicção dos superiores imediatos, por entenderem que o processo não é perfeito ou por não apresentar os controles necessários à identificação direta do agente agressor. A contrainteligência deve por princípio evitar que as ações de inteligência do agressor tenham êxito. Contudo, devemos considerar que a investigação corporativa é uma ferramenta crucial e essencial para a intimidação dos agentes agressores quando praticada com eficácia. A mensagem é clara, “se você conseguir nós vamos te descobrir”. Mas a simples descoberta do esquema delituoso praticado pode não ser suficiente para uma acusação formal por parte da empresa. A abertura do inquérito administrativo pode encrudescer o comportamento cooperativo esperado do mesmo, por entendermos que o agressor sempre tenderá a manter a esperança de um acordo informal. A simples menção da abertura do inquérito administrativo pode sinalizar ao agressor que não há convicção do fato pela empresa, e que, até o momento, no máximo, ele é considerado suspeito. Mesmo que não seja o caso, a mentalidade de autopreservação das pessoas é muito mais efetiva quando este nutre em si próprio a esperança ou a presunção de que é mais esperto que os outros. É comum que pessoas entrevistadas informalmente tendam a tentar manipular o entrevistador para induzi-lo a erro, enquanto que entrevistados intimados se fechem e não passem informações ou indícios de comportamentos que possam ser utilizados contra eles. A qualidade investigativa, enquanto coletando dados e analisando documentos e informações sobre o fato delituoso conhecido, é que fará diferença na fase das entrevistas com os suspeitos. Se o entrevistador não conseguir um mínimo de indício comportamental ou regimental, incoerente ou indesejável nas funções, atribuições e ações do suspeito para que possa confrontá-lo, este, não conseguirá demover as falsas forças morais do suspeito, de forma a poder demonstrar que ele possa ter cometido o delito investigado. Deste ponto para frente, todas as possíveis dúvidas tomam outro contorno e peso durante a pressão inerente da entrevista sobre o possível agressor. “Jogar verde para colher maduro” não é uma boa opção se não tivermos obtido subsídios suficientes para elaborarmos um questionário inicial que transmita sublimirnamente ao entrevistado que ele pode sim estar encrencado, sem, contudo, fazermos uma acusação direta. Pois, devemos ter sempre em mente que os tempos de ignorância legal e ingenuidade acabou há muito tempo. Cada vez mais, fico perplexo com a capacidade do ser humano em dissimular suas ações delituosas e suas intenções de má fé. Os dissimulados costumam se vestir de máscaras falsas de indignação, perseguição, desconhecimento, indiferença, repúdio, e tudo mais que possa colocá-los na lista dos colaboradores fiéis e insuspeitos. A dificuldade em provarmos que o indivíduo tinha motivação para tanto, ou que circunstancialmente o mesmo poderia ter sido o autor da agressão, está no fato de não conseguirmos provar a suposta vantagem em cometê-lo. Bens materiais e ganhos financeiros falam por si próprios, mas mesmo assim, muitas vezes não são conectados diretamente aos agressores. Então, o que dizer de motivos fúteis como vingança e compensação moral de qualquer ordem? É muito difícil comprovarmos que um antigo funcionário lesou a empresa porque se sentiu traído por não receber uma promoção, por exemplo. Independentemente do tipo da agressão, é sempre importante considerarmos as circunstâncias que o mesmo ocorreu, ou que características são mais marcantes no ambiente corporativo, naquele momento. Isto se deve à necessidade de entendimento das reais possibilidades da agressão ter sido cometida somente por pessoal interno; por pessoal interno em conluio com externo ou só externo. Considero crucial para desvendar um caso complexo, onde os controles são fracos e o fato demorado para ser identificado, formar convicção imediata sobre a realidade moral do ambiente interno e das relações pessoais, bem como, das políticas corporativas e a percepção de todos os públicos sobre as mesmas. Nestes casos, os detalhes mínimos podem ser substantivos para a solução do problema. Se não levarem diretamente ao principal suspeito, podem, de fato, contribuir para a convicção da capacidade moral dos indivíduos em encobrir seus rastros e nos instruir em como coletar as informações mais sensíveis e fazer a correta abordagem aos mesmos. Tenho constatado que invariavelmente os agressores são cada vez mais jovens, mais confiantes e mais agressivos em suas ações, demonstrando que a falta de comprometimento e moralidade é total. Em consequência, este perfil também tem se mostrado mais fácil de ser identificado como potencialmente agressor. E assim sendo, também surpreende por não ter sido identificado durante a entrevista de seleção. Será que as empresas estão cada vez mais abaixando o perfil salarial e contratando, ou permitindo que seus prestadores de serviços contratem estes indivíduos, sabendo dos riscos a que estarão expostos? Costumo dizer que o Brasil é o país dos extremos, se numa hora pode tudo, na outra não pode nada. As medidas preventivas ou corretivas costumam ser implantadas com todo zelo e correção, mas depois de algum tempo, se nada ruim aconteceu, as medidas se tornam mais fracas ou menos frequentes. Depois aparece um “mágico” de plantão, normalmente um colaborador influente, mas sem experiência no assunto, querendo enfrentar o mundo para implantar uma solução caseira, sem precedentes e, sem razão de ser. A contrainteligência para ter lugar nas empresas, precisa antes de tudo ser produto de uma incubação prévia da área de inteligência. Algumas delas já estão permitindo que ideias novas, além das paredes do planejamento estratégico e da inteligência competitiva tomem impulso e forma própria. Espero estar contribuindo para motivar estas iniciativas e vermos novas luzes! Aureo Miraglia , diretor da Poliguard.

GESTOR DE SEGURANÇA

Fonte: Siderley A. de Lima, consultor de segurança patrimonial

FORÇAS ARMADAS DEFLAGRAM OPERAÇÃO ÁGATA 6 NA FRONTEIRA COM BOLÍVIA E PERU

Ação mobiliza 7,5 mil militares para patrulhar uma extensão de 4.216 km O Ministério da Defesa deu início, na manhã desta terça-feira, a uma nova operação militar de combate a ilícitos fronteiriços. Um efetivo de 7,5 mil militares – equipados com aviões de caça, helicópteros de combate, navios-patrulha e veículos blindados – foi enviado para patrulhar 4.216 quilômetros de fronteiras na divisa com a Bolívia e o Peru. A "Operação Ágata 6" é coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e deve durar duas semanas. Segundo o EMCFA, tropas militares estarão presentes em quatro estados: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre. O trecho estende-se do município de Corumbá (MS) a Mâncio Lima (AC). Antes de deflagrar a ação, o governo brasileiro, por meio dos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, informou aos governos boliviano e peruano acerca da mobilização na região. “Convidamos os países vizinhos, inclusive, a enviar observadores”, destacou o ministro da Defesa, Celso Amorim, que defende maior cooperação sul-americana na área de defesa.
O ministro da Defesa brasileiro, Embaixador Celso Amorim - foto: Roberto Caiafa Amorim afirmou que a sexta edição da Ágata conclui as macro ações de segurança das fronteiras para 2012. “Devemos executar, em 2013, outras três novas mobilizações, cujo objetivo é levar a presença do Estado brasileiro à região fronteiriça”, explicou o ministro da Defesa. Para dar conta da extensa área coberta, a Ágata 6 mobiliza significativo aparato militar. Ao todo, estão sendo empregados cerca de quatro caças F-5, seis A-29, dez helicópteros, dois veículos aéreos não tripulados (vants), 14 lanchas da Marinha, 40 embarcações do Exército, sete navios-patrulha, dois navios-hospitais, além de tanques e carros brindados. Aproximadamente 7,5 mil homens dos comandos militares do Oeste, em Campo Grande, e da Amazônia, em Manaus, integram a linha de frente da operação. O aparato logístico, que dá apoio a esse efetivo, emprega outros 10 mil homens em atividades como transporte, saúde e alimentação. Parte dos militares dedica-se também à realização de atividades cívico-sociais, em apoio a comunidades carentes.Tropas especialistas em operações na selva deverão atuar na Ágata 6 - foto: MD A Ágata 6 terá ainda o reforço de dez ministérios e 20 agências governamentais – entre as quais a Polícia Federal, a Receita Federal, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o Ibama, o ICMBio (Instituto Chico Mendes), a Funai, a DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) e a ANP (Agência Nacional do Petróleo) – que elevarão o efetivo total para cerca de oito mil profissionais. Setores de segurança pública estaduais e municipais, como polícias militares e civis e guardas municipais, também foram mobilizados para atuar na operação. Plano de fronteiras Instituído por decreto nº 7.496/2011, da presidenta Dilma Rousseff, o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) prevê a realização intercalada de duas operações: Ágata, sob comando do Ministério da Defesa, e Sentinela, do Ministério da Justiça. Para isso, a cada edição os comandos militares desenvolvem planejamento no período que antecede o início do emprego das tropas. Em 2011, foram realizadas três edições da Ágata, com o patrulhamento de 11.632 quilômetros, na extensão compreendida entre Chuí, no Rio Grande do Sul, e Cabeça do Cachorro, no Amazonas. Em maio, com a Ágata 4, quando foram percorridos mais 5.240 quilômetros até Oiapoque, no Amapá, as Forças Armadas concluíram toda a fronteira brasileira com os dez países sul-americanos. No último mês de agosto, as Forças Armadas retomaram a ação do plano estratégico com a Ágata 5, desencadeada num trecho que cobriu do Chuí a Corumbá. Para o chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi, o aparato militar amplia a sensação de segurança da população e coíbe ilícitos que vão além do tráfico de drogas, armas e contrabando. “Em cada trecho há determinado tipo de delito. Enquanto no Sul verifica-se, por exemplo, roubo de animais e contrabando, no Centro-Oeste deparamos com o narcotráfico e no Norte do país a ação do garimpo, contrabando de madeira e tráfico de armas. O importante é que a Ágata permite às Forças Armadas produzir o mapeamento de todos os crimes transfronteiriços”, afirmou o general.
Patrulhas fluviais rápidas são especialmente eficazes para conter ilícitos transfronteiriços - foto: MD Resultados das operações A cada edição da Ágata, aumenta a adesão de organismos, o que contribui para robustecer os resultados das operações. Nas três edições do ano passado, por exemplo, foram apreendidos 20 caminhões, 59 motos, 332 quilos de maconha, 19,5 quilos de cocaína e oito toneladas de explosivo. Já em 2012, apenas na Ágata 5 foram feitas 268 inspeções em embarcações e 41.301 veículos leves foram vistoriados. Cerca de 880 quilos de maconha e cocaína foram apreendidos, além de 11.730 quilos de explosivos. Para o brigadeiro Ricardo Machado, chefe de Operações Conjuntas do EMCFA, a presença militar na fronteira sinaliza para as organizações criminosas que o governo está atento ao que acontece em cada região. O brigadeiro Machado explica que a operação Ágata utiliza armamentos com munição real, diferentemente do que ocorre na Operação Amazônia, ocorrida recentemente no Norte do país, que teve por finalidade adestrar as tropas. “A Ágata é uma ação real. Os militares têm o poder de polícia numa área de até 150 quilômetros da linha de fronteira,” disse. Ações cívico-sociais Além do combate aos crimes na região de fronteira, a cada edição os militares promovem ações cívico-sociais (Acisos), com o objetivo de levar o atendimento médico-odontológico aos locais carentes. O balanço das cinco operações Ágata indica 14.598 serviços odontológicos e 18.798 atendimentos médicos. No período, 10 mil pessoas foram vacinadas e 181.022 medicamentos foram distribuídos.
Caças F-5EM (foto) e A-29 Super Tucano irão garantir o patrulhamento do espaço aéreo na região de fronteira da Operação Ágata 6 - foto: Roberto Caiafa

Encontro nacional discute setor espacial e defesa

A contribuição da tecnologia espacial na solução de problemas de defesa será tema de debate do XII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos (ENEE), que acontece entre os dias 7 e 9 de novembro, na Escola Naval, no Rio de Janeiro (RJ). As inscrições para o evento já estão abertas.
Organizada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), com apoio do Ministério da Defesa, a iniciativa busca promover a reflexão sobre questões relevantes para o país, produzindo insumos para materializar políticas públicas mais eficazes em setores estratégicos e reunir civis e militares em torno de uma agenda de interesse do Estado. A programação inclui duas conferências, além de seis painéis, nos quais participarão especialistas no tema central do evento: “O setor espacial brasileiro: cenário atual e perspectivas”. Durante três dias, os palestrantes apresentarão o cenário nacional e internacional do setor espacial brasileiro, a condução da política nacional para o setor, as contribuições da tecnologia espacial para os impasses socioambientais e a participação da indústria nacional nos programas de desenvolvimento de tecnologias e sistemas espaciais. As inscrições para o XII ENEE são gratuitas e as vagas limitadas. A organização do evento espera a participação de 800 pessoas, entre autoridades, especialistas, servidores públicos, acadêmicos, membros da comunidade científica, representantes de organizações não governamentais (ONGs) e do setor privado, militares e estudantes. O cadastro de participação pode ser feito na página eletrônica do evento. O ENEE Idealizado como ambiente de discussão de assuntos estratégicos para o Brasil, o Encontro Nacional teve sua primeira edição em 1994 e novas reuniões nos dois anos seguintes. Em 1997 não houve evento e, em 1998, um conjunto de instituições acadêmicas promoveu o último dos encontros da série, dado o esvaziamento da Secretaria de Assuntos Estratégicos. A partir de 2005, os eventos foram retomados anualmente. No ano passado, o XI Enee aconteceu no Rio de Janeiro, entre os dias 16 e 18 de novembro, e teve foco na indústria nacional de defesa. Confira a programação do XII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos (ENEE) Dia 07 de novembro, quarta-feira Conferência de Abertura Painel 1 – Cenário internacional: o setor espacial brasileiro no contexto global Dia 08 de novembro, quinta-feira Painel 2 – Cenário nacional: condução da política espacial brasileira Painel 3 – Contribuições da tecnologia espacial na solução de problemas de Defesa Painel 4 – Contribuições da tecnologia espacial na solução de problemas socioambientais Painel 5 – Contribuições da tecnologia espacial na solução de problemas de comunicações Dia 09 de novembro, sexta-feira Painel 6 – A participação da indústria nacional nos programas de desenvolvimento de tecnologias e sistemas espaciais Conferência de encerramento Assessoria de Comunicação Social (Ascom) Ministério da Defesa