terça-feira, outubro 04, 2011

GESTOR DE SEGURANÇA E OS DESAFIOS DO SÉCULO XXI

Os desafios do gestor de segurança estão cada vez maiores, mas este profissional não deve ter medo desta realidade, pois o século XXI abriu as portas para que este profissional pudesse mostrar como a área de segurança pode ajudar no alcance das metas das organizações nacionais e internacionais. Algumas empresas estão percebendo que a realidade do mercado é voraz, e se algumas providências não forem adotadas no Planejamento Estratégico Anual (PEA) grandes e inúmeras serão as dificuldades a serem enfrentadas pela alta cúpula. Cito aqui neste artigo algumas áreas que não podem ser menosprezadas pelo simples fator “contenção de gastos”, ao contrário, deve sim ser feito um investimento de recursos materiais, humanos e tecnológicos para otimizar o tempo, que no mundo empresarial é um vetor crucial na tomada de decisões: · Analise de Riscos; · Gerenciamento de Crises; · Prevenção e Combate a Incêndios; · Planejamento Estratégico, Tático, Técnico e Operacional de Segurança Empresarial; · Consultoria para empresas e condomínios verticais e horizontais; · Treinamento e Desenvolvimento na área de segurança privada; · Segurança da Informação; Para que este profissional (gestor de segurança privada ou publica) possa solidificar a sua importância e ter sucesso profissional é essencial que alguns pontos sejam observados, pois deve estar preparado para enfrentar os novos desafios de um mundo em constante mudança. Estes pontos são: 1. O gestor deve perceber que as mudanças na sua vida profissional são inevitáveis e constantes, pois o ambiente exige um gestor multifuncional (desenvolvimento de várias tarefas ao mesmo tempo), pois o ambiente interno é altamente mutável nas empresas. Podemos perceber que a velocidade na tomada de decisão é muito importante; 2. O gestor deve perceber a importância das informações para a tomada de decisão. A Internet é uma ferramenta essencial e quando somado ao conhecimento técnico de cada profissional, quando utilizado de forma racional, facilita e amplia o leque de alternativas na hora crucial no mundo dos negócios. Hoje os recursos tecnológicos e os recursos humanos são inseparáveis, uma porta essencial para o sucesso. O gestor não pode ser analógico; O Brasil tende a dominar o mercado latino-americano. As maiores empresas do mundo, que atuarem neste mercado, provavelmente farão suas bases no nosso país. Este realidade faz com que o domínio do espanhol e do inglês seja fundamental. Mais uma realidade que não pode ser mudada; O gestor deve desenvolver suas competências (conhecimentos, habilidades e comportamentos) continuamente. A habilidade de trabalhar em grupo é fundamental, pois terá que conseguir que sua equipe trabalhe como se fosse um time, e gerenciar conflitos pessoais é uma constante no mundo dos negócios. É preciso desenvolver a criatividade e a inovação a todo o momento para vencer os novos desafios. E isso se consegue com o envolvimento e o comprometimento do gerente/gestor com sua equipe. O gestor precisa administrar muito bem o tempo, pois a compressão do tempo é inimiga da vantagem competitiva. Segundo Marins, o tempo será o capital mais valorizado, o profissional tem fazer suas tarefas sendo eficiente e eficaz, o tempo*não pode ser comprado e a velocidade fará a diferença. O gestor deve perceber que as suas metas estão alinhadas com as metas estratégicas da empresa. O departamento de segurança é um subsistema do sistema empresa, e como tal deve funcionar em consonância com os demais setores/departamentos para minimizar os riscos de erros. O gestor tem que pautar suas ações nas diretrizes empresariais e fazer seu gerenciamento neste foco, ou seja, gerenciar pelas diretrizes. Mias nunca deve esquecer de observar as leis vigentes: Consolidação das Leis Trabalhistas, Constituição Federal de 1988, Código Penal, Código Processual Penal, Convenções Coletivas, Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, Normas Técnicas emitidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e etc. O gestor tem que ser comprometido com a empresa, com o segmento da segurança empresarial e com a sua profissão, o seu profissionalismo é o seu cartão de visita para as empresas. Qualquer empresário, presidente ou diretor quer que seus colaboradores sejam comprometidos. Segundo Marins, existem dez ações que mostram o comprometimento: · Colocar-se no lugar das outras pessoas. Sentir o que as outras pessoas sentem; · Fazer tudo com atenção aos detalhes; · Terminar o que começa e não deixar as coisas pela metade; · Trazer soluções, e não outros problemas, sempre que na medida do possível ser assertivo; · Perguntar o que não sabe, não ter vergonha de perguntar e demonstrar vontade de aprender. Ir fundo até dominar o que não sabe e deveria saber; · Trabalhar sempre estipulando de metas e prazos, principalmente otimizar o tempo e ser pontual. · Quando errar, pedir desculpas, corrigir os erros, uma técnica japonesa chamada de PDCA(Planejar, Executar, Verificar e Corrigir). Assim é a vida de um gestor de segurança; · Ser um profissional resiliente. Não desistir facilmente. · Ser pro - ativo, com visão holística e participativo. Dar idéias para solucionar problemas que aparentemente não tem solução. Gestão democrática e não autocrática. No passo da evolução e ascensão profissional. O profissional da segurança privada deve buscar seguir os pontos acima e ser comprometido, ele não pode cometer os seguintes erros: · Não dar feedback (positivo ou negativo); · Não participar ativamente da execução do que foi planejado; · Envolver-se excessivamente em áreas que não são de sua competência técnica; · Não acompanhar o foco no negócio da empresa (core busines). · Ser resistente a mudanças, pois ocorrem casos em que o próprio acaba por se boicotar; · Não ser oportuno ou se expressar de forma incorreta com todos os membros/colaboradores da empresa; · Ser arrogante, não aceitando opiniões e visões diferentes da sua, ser humilde; · Ser empírico. Pois o conhecimento técnico é um vetor de suma importância quando bem empregado, mesmo que na mais simples tarefa administrativa; · Não ser ético e envolver-se diretamente com o mercado. · Confundir motivação com emoção, a racionalidade é diferencial entre os animais e os seres humanos; · Avocação de funções é um erro, pode acarretar sobrecarga emocional, e traz malefícios para a saúde, a delegação é uma obrigatoriedade neste mundo corrido; · A rigidez extrema atrapalha o bom andamento, descentralizar é a palavra chave; · Ter medo de competitividade, a competitividade deixa o profissional sempre em estado de alerta; · Deixar de interagir com todos os setores da empresa, hoje ninguém trabalha sozinho no mundo. As organizações/empresas estão e serão testadas ao extremo pelo mercado, é uma realidade. Estas empresas só sobreviverão se estiverem focadas no mercado e percebendo oportunidades nas ameaças. Os gestores da segurança privada serão cobrados exaustivamente e pressionados para que as perdas sejam as mínimas possíveis, sem afetar a imagem da empresa no mercado (bem intangível) e sempre visualizando as metas. Os desafios são grandes, mas não podemos esmorecer diante de tantas dificuldades. “Pois com toda certeza o único lugar que a palavra sucesso vem antes do trabalho é no dicionário – Albert Ainstein”. André Luiz Padilha Ferreira. Gestor de Segurança Privada. MBA Avançada em Formação de Consultores em Recursos Humanos. CRA PA nº 6-00021.