Ramo da segurança que cuida dos interesses ligados à empresas públicas ou privadas, no que tange à proteção de seus recursos humanos e materiais e deve estar em consonância com a missão e valores da empresa, devendo também respeitar os limites éticos e legais impostos nas regiões em que atuam. " Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." Salmos 127:1
quarta-feira, outubro 31, 2012
O “exemplo” na Gestão Pública
Por Milton Camargo
Imagine se o presidente de uma das maiores montadoras chegasse para um evento dirigindo o veículo de outra marca. Ou se um executivo de uma marca de refrigerante ou cerveja fosse visto saboreando o produto do concorrente durante um happy hour. E se um vendedor de planos corporativos de celular te oferecesse uma operadora “X” e logo em seguida você descobrisse que ele usa outra operadora no celular particular. Melhor ainda, imagine um executivo de uma empresa que produz medicamentos ou alimentos nutricionais, cuidando da saúde de seus filhos com produtos de outra empresa.
Você não desconfiaria da qualidade do produto ou serviço oferecido pela empresa que ele representa? Afinal de contas nem ele próprio consome os produtos que produz ou utiliza os serviços que presta.
Poderíamos imaginar diversas situações semelhantes em outros setores e os impactos negativos que cenas como essas acarretariam na imagem da empresa e desses executivos.
Porém no setor público isso parece não ser um problema. Muito pelo contrário, o que ocorre é exatamente o inverso. Tente lembrar de algum prefeito, governador ou presidente da república que utilize em sua rotina diária os serviços públicos que presta a população “comum”.
Já imaginou os filhos desses políticos estudando em escolas públicas? Suas esposas, maridos, pais, e os próprios políticos realizando seus tratamentos de saúde no SUS?
Enfim, apesar do discurso que pregam em suas campanhas, parece que eles realmente não confiam na qualidade dos serviços que entregam aos cidadãos.
Gestão não se faz com discursos nem com decretos. O gestor público precisa dar o exemplo. Usar os serviços públicos que estão sob sua responsabilidade e gestão. Colocar a população no centro de suas decisões, tratar os cidadãos como CLIENTES.
Os gestores públicos precisam se colocar no lugar do cliente, só assim conseguirão prestar um serviço digno, de melhor qualidade.
Será que é tão difícil agir assim? O que você pensa a respeito?