Ramo da segurança que cuida dos interesses ligados à empresas públicas ou privadas, no que tange à proteção de seus recursos humanos e materiais e deve estar em consonância com a missão e valores da empresa, devendo também respeitar os limites éticos e legais impostos nas regiões em que atuam. " Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." Salmos 127:1
terça-feira, janeiro 22, 2013
Empresas admitem falha em sua governança corporativa
Mais de 80% de 54 grandes companhias brasileiras dizem estar longe do ideal; 59% não têm comitê de riscos, segundo pesquisa
Brasil Econômico - Natália Flach | 07/01/2013 20:42:22
As empresas brasileiras já são capazes de identificar os riscos que correm, mas ainda têm dificuldade para monitorá-los. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Deloitte — divulgada ao Brasil Econômico com exclusividade — com 54 companhias, sendo que mais da metade com faturamento acima de R$ 1 bilhão. De acordo com a pesquisa, 72% dos executivos consultados apontaram o item “identificação de fatores de risco de fraude” como ótimo ou bom, mas sobre “definição clara dos indicadores de riscos” 61% assinalaram o tema como “irregular”, “insuficiente” ou que “nem conhecem”.
Quando o assunto é governança corporativa, 83% das empresas ouvidas avaliam que ainda não estão em um estágio ideal e 59% não possuem um comitê direcionado para o gerenciamento de riscos. “Falta capacitação profissional para saber exatamente o que gerir, controlar e monitorar”, diz Alex Borges, sócio da consultoria da Deloitte e especialista em gestão de risco.
Segundo o executivo, as empresas de capital aberto lideram esse movimento de profissionalização e criação de comitês. “Mas as companhias familiares estão indo pelo mesmo caminho. Isso porque muitas delas tiveram perdas inesperadas e estão agora atentas ao atendimento a regulamentações internacionais e nacionais.”
Falta maturidade
Borges explica que as avaliações ainda são muito baseadas em julgamentos. “Esta é a diferença entre a maturidade das companhias brasileiras e as internacionais”, diz. “Demora de três a seis meses para conseguir montar um processo capaz de fazer a identificação dos riscos e, para ter avaliação e monitoramento, leva dois ou três anos.”
Segundo o levantamento, os maiores objetivos com a implantação e fortalecimento do gerenciamento de riscos são: mensurar os riscos da empresa; gerar e preservar valor para os acionistas, estar integrado às estratégias da organização e aos procedimentos de governança corporativa. Ainda de acordo com a pesquisa, 72% dos executivos disseram que aumentou o interesse pelo desenvolvimento de atividades de gestão de riscos em relação a 2011. O principal motivo é a intenção em aprimorar e integrar diversos aspectos de gestão da empresa. Mas apenas 26% dos respondentes informaram que a área de gestão de riscos está muito integrada às demais áreas da empresa. Isso mostra que os funcionários da área ou da função precisam demonstrar os benefícios e o valor desse gerenciamento, agregado de forma a auxiliar e integrar as funções de gestão de riscos existentes nas empresas.
O levantamento aponta ainda que o principal patrocinador das iniciativas de gestão de riscos nas empresas é o presidente (com 23%), seguido do diretor de auditoria interna (19%). Para se ter ideia da importância do assunto no exterior, mais de 75% dos executivos entrevistados nos Estados Unidos responderam que a gestão de riscos mudou em suas empresas devido à volatilidade do mercado nos últimos três anos.
Fonte: http://economia.ig.com.br/empresas/2013-01-07/empresas-admitem-falha-em-sua-governanca-corporativa.html