Ramo da segurança que cuida dos interesses ligados à empresas públicas ou privadas, no que tange à proteção de seus recursos humanos e materiais e deve estar em consonância com a missão e valores da empresa, devendo também respeitar os limites éticos e legais impostos nas regiões em que atuam. " Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." Salmos 127:1
sexta-feira, agosto 17, 2012
Exército quer novas armas antiaéreas até Copa 2014 para sanar ponto fraco
Artilharia antiaérea é pré-requisito dos comitês internacionais que organizam a Copa do Mundo e a Olimpíada, competições esportivas que serão sediadas pelo Brasil em 2014 e 2016, respectivamente. O sistema de defesa, capaz de prevenir e impedir ataques aéreos realizados por aeronaves ou aviões não tripulados, é um dos pontos fracos do ExércitoO G1 publica, ao longo da semana, uma série de reportagens sobre a situação do Exército brasileiro quatro anos após o lançamento da Estratégia Nacional de Defesa (END), decreto assinado pelo ex-presidente Lula que prevê o reequipamento das Forças Armadas. Foram ouvidos oficiais e praças das mais diversas patentes - da ativa e da reserva -, além de historiadores, professores e especialistas em segurança e defesa. O balanço mostra o que está previsto e o que já foi feito em relação a fronteiras, defesa cibernética, artilharia antiaérea, proteção da Amazônia, defesa de estruturas estratégicas, ações de segurança pública, desenvolvimento de mísseis, atuação em missões de paz, ações antiterrorismo, entre outros pontos considerados fundamentais pelos militares.
Com mais de 35 anos, as armas brasileiras são de tecnologia ultrapassada e não possuem potencial de alcance a média altitude, entre 3 km e 15 km, podendo atingir apenas alvos encontrados a uma distância inferior. É possível ter ideia da levando em conta que todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) têm capacidade de abate antiaéreo à média altura.
O reaparelhamento do setor antiaéreo do Brasil é uma das prioridades da Estratégia Nacional de Defesa, que determina que o país adquira a capacidade de operar artilharia antiaérea a média altura.
“O material que temos é bastante defasado tecnologicamente. Os canhões entraram em operação no Brasil em 1977, mas funcionam ainda, embora com dificuldade de manutenção. Também temos outros canhões que foram fabricados pela Avibras, uma empresa brasileira, e que começaram a operar em 1985. Também é um material bastante antigo”, diz o general Marcio Roland Heise, que comanda a artilharia antiaérea brasileira.
“O problema que temos com a manutenção dos canhões e com os equipamentos de direção de tiro é que, como são antigos, é difícil achar peças para reposição. Mas isso não impede o nosso uso”, acrescenta o general.
Roland Heise explica por que o Brasil ficou tanto tempo com essa defasagem. “Temos sempre que priorizar o que é mais importante quando há dificuldades no orçamento. Como os recursos são restritos, as dificuldades foram sendo sempre colocadas. Foi priorizado o que o Exército julgou, ao longo dos anos, o mais importante”, afirma. “Agora estamos trabalhando na recuperação. Vamos lutar para que seja eficiente novamente”, completa.Os misseis e canhões que o Brasil possui atingem uma altitude de até 3 km de altitude e podem ser disparados de um raio de até 4 km. Conforme o Livro Branco, documento que detalha a política de defesa nacional, a tropa conta com 702 canhões, de vários tipos, a maioria adquiridos no final dos anos 70 e no início dos anos 80. O documento não divulga quantidade de mísseis que o Brasil tem.Em setembro de 2009, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comprou 300 unidades de mísseis Igla, de alta tecnologia, da Rússia, assustando os militares brasileiros. Cada um deles custa US$ 80 mil. O comandante diz não poder informar quantos Igla o Brasil possui, “por questões estratégicas”.
“Nossos vizinhos compram e colocam na imprensa. Mas nós não divulgamos. Somos um país pacifista. Mas posso falar que temos o suficiente”, afirma.
Durante a Rio+20, em junho, o Exército posicionou o armamento em lugares isolados ao redor do Rio Centro, com a missão de abater qualquer aeronave ou explosivo que invadisse o espaço aéreo. Os canhões ficaram escondidos dentro do Autódromo de Jacarepaguá, de empresas ou em áreas abertas, como campos de futebol, para que a população e os turistas não pudessem ver. Os canhões e os mísseis não precisaram ser usados.
Em 2014, o general garante que o Brasil não vai passar vergonha. “Nós temos a pretensão de adquirir tudo o que precisamos até a Copa, sim. O Exército está conduzindo um projeto para reformular material e também conceitos de uso, buscando também a capacidade de alvo a média altura. É o que queremos”, diz Heise.
Ao custo de R$ 2,354 bilhões, segundo o general Heise, a proposta para atualizar o sistema de defesa antiaérea começou em 2011. O estudo de viabilidade está em fase de elaboração. Contudo, o Livro Branco estima em R$ 859,4 milhões a previsão de investimentos na área até 2023. Os militares levantaram mais de 4 mil especificações sobre que tipo de armas, comunicações e logística desejam ter. Ao término do trabalho, será apresentado em licitação o que o país precisa para se proteger diante das “ameaças modernas”. Entre os interessados no contrato estão fabricantes russas, francesas, israelenses e americanas.
“O projeto segue um cronograma de 10 anos para que possamos colocar todo o material em ordem. Isso demora, porque temos também que capacitar o pessoal e fazer testes. Não adianta nada termos o equipamento se ninguém sabe operá-lo”, diz o general. “Eu gostaria de ter muita coisa, mas não temos todo o dinheiro do mundo para isso. Eu queria ter a Ferrari, mas às vezes você só consegue comprar outro carro, mesmo que não seja tão potente”.
O alcance de média altura, no entanto, está praticamente certo. “A vantagem dessa tecnologia é podermos atuar também à baixa altura de uma distância maior. Você pode até estar a 40 km do alvo e disparar”, diz.Áreas estratégicas
Os grupos de defesa antiaérea do Brasil começaram a ser criados em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, e foram posicionados em áreas que preocupavam na época, como Rio de Janeiro, Praia Grande (SP), Caxias do Sul (RS) e Sete Lagoas (MG). O último grupo a ser criado foi o Brasília, que começou a ser estruturado em 1988 e é o melhor equipado, com a missão de defender o Palácio do Planalto.
“O posicionamento dos grupos atende interesse de proteção de estruturas estratégicas. Na Baixada Santista, há refinarias de petróleo. No Rio Grande do Sul, várias fábricas importantes no setor de defesa e também refinarias. Em Minas, temos outras indústrias de armas. Já no Rio, há plataformas de petróleo que devem ser defendidas ”, explica o general.
O Exército pretende construir pelo menos três novos grupos em áreas estratégicas, como na Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, e na região amazônica, para proteger a selva e as hidrelétricas que estão sendo construídas. Outras áreas de interesse são aeroportos, portos e estações de transmissão.
Em todo grande evento internacional, a artilharia antiaérea é fundamental para defender chefes de estado e autoridades de ataques terroristas. Na Copa do Mundo, é uma das exigências da Fifa. Em 2010, a África do Sul teve de alugar os sistemas de radares e antimísseis de Israel para atender aos requisitos, ao custo de mais de R$ 1 bilhão.Modo de atuação
A artilharia antiaérea funciona por meio de canhões e mísseis. No Brasil, dentre os canhões utilizados estão o Oerlinkon/Contraves 35 mm, de fabricação italiana e suíça, adquirido em 1977, e o sueco Bofors 40 mm. Já os mísseis são do tipo Igla, russos, e que são disparados por apenas um homem.
Os mísseis têm validade de 10 anos e, quando estão para vencer, são usados em treinamento. A última leva chegou em 2011 – a quantidade comprada não é divulgada, mas os oficiais afirmam que é suficiente.
“Um ataque não ocorre do dia para a noite. Se houve uma crise, deslocamos pessoal e as armas para o local. Só atuamos sob ordem do Comando de Defesa Aeroespacial (Comdabra). Em tempos de paz, um tiro de abate depende da autorização da Presidência ou de alguém designado por ela”, diz.Necessidades
Com velocidade de 1.200 km/h, os mísseis Igla são do tipo “atira e esquece”, seguem em direção do alvo guiados por infravermelho. Eles são mais empregados no abate de aeronaves. Os canhões requerem orientação por radar e cálculos de tiro, para que os explosivos acertem o alvo em determinada posição no futuro. Eles podem ser usados para derrubar drones (aviões não tripulados que recolhem informações e realizam ataques) ou helicópteros a baixa altitude.
“O Igla nos interessa em alguns tipos de emprego, pois é levado por um único homem e vem pronto, é fácil de transportar”, diz o general.
Dentre os equipamentos que a Brigada de Artilharia Antiaérea pretende adquirir até a Copa está a tecnologia de guiamento. “Algumas ameaças não possuem fonte de infravermelho suficiente para que o Igla possa interceptá-los. Precisamos de novos tipos de mísseis, que sejam capazes de se guiarem e perseguir a ameaça se ela fizer manobras para fugir”.
“Até hoje, nunca fizemos um disparo real. É uma responsabilidade e um risco muito grande, precisa ter certeza. Depois de disparado o míssil, não tem volta. Quando se abate uma aeronave, pessoas morrem. Em exercícios, simulamos isso. Mas, em uma operação de não-guerra, como Rio+20 e grandes competições, uma falha é inadmissível. Essa palavra não existe no dicionário da antiaérea”, afirma Heise.
Segurança nacional: Sucateado, Exército não teria como responder a gue...
Segurança nacional: Sucateado, Exército não teria como responder a gue...: Assinada em 2008, a Estratégia Nacional de Defesa (END) prevê o reaparelhamento das Forças Armadas do país em busca de desenvolvimento ...
Indígenas ajudam Exército a defender fronteira do Brasil
Situado na fronteira do Brasil com a Colômbia, o Pelotão Especial de Fronteira de São Joaquim é a base militar mais remota da Amazônia brasileira. Suas trincheiras e casas vermelhas de madeira ficam separadas de uma aldeia de índios Kuripaco por uma cerca e uma pista de pouso de 1.200 metros, raramente usada pela Força Aérea.
Grande parte dos 100 militares que trabalham no pelotão é de origem indígena. Eles são o exemplo de uma tendência adotada pelo Exército brasileiro: contratar índios para defender e Os indígenas atualmente representam cerca de 70% dos 1.400 militares da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, que agrupa sete bases avançadas nas fronteiras com a Colômbia e a Venezuela, além de um complexo militar na maior cidade do extremo norte do Amazonas: São Gabriel da Cachoeira, de 38 mil habitantes.
Eles são recrutados entre os cerca de 30 mil índios de 14 etnias que habitam a região do alto rio Negro.
São Joaquim, uma dessas sete bases avançadas, está situada a 326 quilômetros de São Gabriel da Cachoeira e a 90 quilômetros do vilarejo colombiano de Mitú, ambos embrenhados na floresta equatorial.
Essas distâncias ficam ainda maiores quando se leva em conta que o deslocamento na região é feito majoritariamente pelos rios, pois não há estradas e não é possível andar longas distâncias pela selva fechada.
A viagem de barco dura em média quatro dias. Ela é realizada em pequenas embarcações equipadas com motores de 40hp conhecidas como "voadeiras" - que precisam ser carregadas nas costas nos sete trechos em que o rio forma cachoeiras maiores.O pelotão foi instalado em 1988 para defender o rio Içana, que nasce na Colômbia e deságua no rio Negro, no Brasil, funcionando como uma via de ligação fluvial - não muito utilizada - entre os dois países.
Ele não passa de uma pequena vila militar com algumas fortificações e um posto de saúde atendido por um médico, um farmacêutico e um dentista. Não há telefone, apenas estações de rádio.
Dialetos
Apesar da existência de uma pista de pouso na localidade, os voos da Força Aérea que abastecem o pelotão com equipamentos e comida não são frequentes. Por vezes, o aeródromo fica mais de um mês sem receber voos.
Isso significa que quando o clima instável da região não permite o pouso do avião, os militares que moram na base ficam sem comida. Uma solução é fazer o trajeto de barco de quatro dias.
Mas, o mais comum é o recurso a um sistema de trocas de combustível por alimentos com os cerca de 8.000 índios das 46 aldeias Kuripaco e Baniwa situadas ao longo do rio Içana.
Na hora de negociações como essa, a presença do militar indígena é fundamental, segundo o Exército.
"Às vezes a comunidade ajuda com o transporte dos materiais. Às vezes trocam coisas com o pelotão, como peixe e farinha (de mandioca) por gasolina para gerador e para as rabetas (motores de popa)", disse o soldado Edgar Alves Cardoso, de 24 anos, militar da etnia Pira-tapuya, que trabalha no pelotão e vive com a mulher, uma índia Kuripaco, na aldeia ao lado da base.
Segundo ele, em toda a região do alto rio Negro, cada aldeia fala um dialeto diferente, de acordo com a etnia de seus habitantes. Contudo, a maioria das populações ribeirinhas fala o "tukano", que funciona como uma espécie de língua comum. Os militares índios atuam então como tradutores e negociadores para seus oficiais.Mas não é apenas a facilidade com os dialetos que torna os indígenas militares de alto valor para o Exército.
"O militar de origem indígena tem muita facilidade para realizar as tarefas relacionadas à vida e ao combate no interior da selva, por estar completamente integrado nesse ambiente", afirmou o general Luiz Sérgio Goulart Duarte, comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva.
"São excelentes exploradores e guias; têm bastante experiência em pilotar embarcações, o que é uma característica essencial para quem navega no alto rio Negro, onde existem muitas corredeiras e bancos de areia", disse o general.
"Os indígenas conhecem os lugares por onde passar a voadeira nas cachoeiras. Sabem onde são as comunidades (indígenas), quantas pessoas moram lá, suas crenças. Têm conhecimento de plantas medicinais e podem dar amparo a qualquer ferimento que aconteça nas missões", disse o soldado Cardoso.
As técnicas indígenas de sobrevivência e combate na selva - herdadas de comunidades nativas da Amazônia e que incluem desde a obtenção de alimento a técnicas de acampamento, natação e localização- não são usadas apenas no dia-a-dia das bases militares de fronteira. Foram incorporadas pelo Exército e hoje são ensinadas nos cursos do CIGS (Centro de Instrução de Guerra na Selva).
A unidade, sediada em Manaus, forma militares de elite do Exército e se tornou referência internacional em técnicas de combate em ambiente de floresta.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG
quinta-feira, agosto 16, 2012
A VOLTA DO SENHOR
Texto ll Ts 2.1-12
Pr. Edimilson Moraes
Entre tantos assuntos importantes na palavra de Deus, ministrar sobre a volta do messias se torna cada vez mais uma necessidade absoluta.
A igreja de Tessalônica abraçou tanto a idéia da eminência da volta de Jesus que alguns até abandonaram o trabalho secular, se aprontaram para esperar Jesus; pois tudo parecia algo imediato demais para eles. Ao contrário dos cristãos de hoje, para muitos a volta de Jesus é algo muito remoto ou apenas uma doutrina, mas não uma realidade.
Os sinais do fim dos tempos tem se manifestado claramente entre nós: Jesus foi o que mais deu pistas sobre este tempo do fim. Falsos cristos, rumores de guerras,terremotos, fome, pestes, multiplicação da iniqüidade, perseguição, esfriamento do amor a Deus, a pregação do Evangelho ao mundo, coisas espantosas, epidemias e a banalização da vida humana.
Jl 2.1-11 – Tocar a trombeta em Sião significava: Avisar a igreja de todas as nações; tanto do bem quanto do mal, que são precedentes à volta do Senhor Jesus a esta terra. Será um dia de trevas. Não que Jesus voltará num cenário escuro literalmente, mas, de acordo com Ap 9, uma nuvem de gafanhotos, com aparência de cavalos e cavaleiros, cobrirão a terra nesta ocasião. Aqui pode ser que Joel estivesse relatando a força do exército chinês que de acordo com apocalipse ele terá um contingente de 200 milhões de soldados e partirão contra Jerusalém e o povo de Deus. Este exército usará o poder das três armas de destruição em massa: Química, biológica e nuclear.
Por um instante confundimos esse exército com demônios, os quais estarão presentes neste tempo de destruição. Cavalos e cavaleiros na Bíblia são figuras de demônios que saem pela terra para causar a destruição do homem sem aliança com Deus.
Ap 9.1-12 – Deus permite a soltura de muitos demônios que permaneceram aprisionados por milhares de anos, pois são de alto poder de destruição.
Seu alvo:Homens que não receberam a marca de Deus vivo na fronte. Isso quer dizer que nunca receberam a mente de Cristo.
vv. 6 – A morte – Neste tempo o desespero consiste no desconsolo em não ser capaz de morrer. Todos temem o perigo da morte, porém quando alguém conhece um perigo mais temível ainda, espera morrer.
Vv. 4 – Quando nos deparamos com a promessa de imunidade ao dano, não podemos concluir de imediato que estes danos são físicos, pois no que tange ao verdadeiro prejuízo, o eterno, estamos imunes.
Lc 21.34-36 – Haverá um escape para os que permanecerem na torre de vigília, os que não se embriagarem com as conseqüências da orgia, da embriagues e das preocupações deste mundo.
terça-feira, agosto 14, 2012
USP e PM definirão matriz curricular para policiais
Até o fim do ano, a Polícia Militar pretende definir, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), uma nova matriz curricular para os cursos de praças e oficiais. Esse currículo buscará criar condições para mudar a postura e a forma de agir dos novos policiais que forem treinados para a corporação seguindo as novas diretrizes do Comando-Geral, priorizando o serviço de proteção social da PM.
A ideia do comandante-geral, Roberval Ferreira França, é receber a ajuda de núcleos de pesquisas da USP, como o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) e o Núcleo de Pesquisas de Políticas Públicas (NUPPS). A parceria com a USP já estava prevista no convênio assinado entre a corporação e a Reitoria da universidade para a vigilância do câmpus universitário da capital.
Segundo o coronel Luiz Eduardo Pesce Arruda, diretor de Ensino e de Cultura da Polícia Militar, a corporação discute atualmente as competências e o perfil que pretende buscar entre aqueles que querem trabalhar na PM. Depois de definido o perfil, serão discutidas as disciplinas a serem ensinadas para conseguir formar o profissional com as características almejadas.
"A ideia é formar esse policial mais voltado para a proteção social, capaz de lidar com a população. Um dos desafios, por exemplo, é ensinar esse policial a lidar com adolescentes, que não aceitam bem a autoridade. É preciso prepará-lo. O policial precisa saber o seu papel", diz Arruda.
Novos turnos
Além da reestruturação curricular, a reforma quer ainda mexer nos turnos policiais, para permitir um aumento do treinamento do efetivo. Atualmente, ao longo de um ano, o policial militar é treinado apenas durante uma semana. A mudança no turno do policial teria o objetivo de permitir que houvesse duas horas diárias de treinamento.
Nos dias de hoje, para melhorar as ações policiais nas ruas, a PM criou o Método Giraldi de Tiro Defensivo e dezenas de Procedimentos Operacionais Padrão (POP), regras que indicam a forma de agir em inúmeras ocorrências policiais.
O problema é que esses cursos e esses procedimentos não estão sendo usados nas ruas como o Comando espera. A falta de tempo para a realização de treinamento é apontada como uma das causas para esse problema.
"O estágio, que hoje é feito na base de uma semana por ano, vai ser transformado em um programa permanente com duas horas por dia para atualização profissional", diz o comandante-geral.
As mudanças nos turnos, contudo, segundo o coronel, vão ter o cuidado de manter as Operações Delegadas, os chamados bicos oficiais, que pagam salário extra aos PMs que trabalham nos dias de folga. "Já temos mais de 80 municípios pedindo as atividades delegadas, o que mostra que a operação é um sucesso e deve ser mantida", diz França.
Alta na criminalidade
O coronel evitou admitir que São Paulo vive uma escalada de violência - em junho, o Estado registrou aumento de 27% no número de homicídios, enquanto a capital teve aumento de 47% do mesmo crime. Segundo sua avaliação, os dados continuam apontando o Estado como um dos que têm as menores taxas de homicídio de jovens e mulheres no Brasil.
"Houve um crescimento nas taxas de homicídio, mas esse crescimento não chega a assustar e podemos voltar a registrar uma tendência de diminuição se a PM trabalhar direito." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fonte: Clica Brasília
Rua Amauri cria vigilância antiarrastão
Associação de restaurantes instala câmeras inteligentes, com alerta para movimentação suspeita; V. Madalena quer sistema semelhante
Uma equipe de vigilância 24 horas com homens uniformizados e à paisana, patrulhas com moto e Segway (patinete motorizado). Essas são as novas apostas de moradores e empresários da Rua Amauri, no Itaim-Bibi, zona sul, e da Vila Madalena, na zona oeste da capital paulista, para combater arrastões a restaurantes e bares. As estratégias incluem, ainda, mais de cem câmeras de segurança com central de monitoramento.
Um dos pacotes anticrime começou a funcionar na semana passada na Rua Amauri. Ali, há um sistema de câmeras inteligentes cuja programação permite que seja emitido um alerta em uma central quando é detectada alguma pessoa suspeita na calçada. O sistema "vê", por exemplo, quando a mesma moto passa mais de uma vez pela via em pouco tempo.
Preocupados com as invasões de assaltantes aos estabelecimentos e roubos a residências, a Associação de Moradores e Empresários da Rua Amauri passou a fazer orçamentos com empresas de segurança e discutir qual seria a melhor solução para o local, que recebe 50 mil pessoas por mês. "O projeto é para os restaurantes e residências", afirma o presidente da entidade, Paulo Morais. Ele explica que as medidas foram preventivas, pois a rua não aparece nas estatísticas policiais como perigosa.
Segundo Morais, um sistema de pânico foi instalado nas casas e estabelecimentos. Diante de uma tentativa de roubo, por exemplo, um botão é apertado e a empresa de segurança é comunicada na mesma hora para tomar providências. "No momento em que a população demonstra preocupação com o tema, surge uma forma de gestão de segurança que pode ser seguida por outros bairros", comenta.
No papel. O presidente da Sociedade Amigos de Vila Madalena, Cássio Callazans, busca parceiros para implementar projeto semelhante. "O morador perdeu a liberdade. Tem muito assalto e arrastão por aqui", diz. Ele quer instalar um sistema com ao menos 150 câmeras fixas com zoom e colocar homens a pé vestindo camisetas com a inscrição "Angel". O projeto foi criado após consultas a especialistas da área de segurança. "Também queremos ter uma base de monitoramento com seis pessoas."
Frequentadora do Itaim e da Vila Madalena, a supervisora de eventos Luciana Migliano diz que não deixa de sair de casa. "Se eu me sentir insegura, não farei mais nada na vida. O que faço é manter a atenção, levo na bolsa somente cartão de débito, chave de casa, um documento e celular, para não ter muito prejuízo. Não podemos virar reféns dos bandidos", diz.
"Como moradora do Itaim, vou aos bares e restaurantes da região. Acho válido qualquer ferramenta que aumente a segurança dos moradores. Eu ando tranquilamente, me sinto segura, mas não deixo de estar atenta a tudo", afirma Gabriella Ramos, que trabalha com organização de eventos.
Melhora. Já o diretor executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), Alberto Lyra, diz que após o reforço no patrulhamento da Polícia Militar e ações dos comerciantes para prevenir crimes, a situação melhorou na região. "Mas as ações precisam continuar", alerta.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Forum Brasileiro de Segurança Publica - SP
Segurança terá helicópteros e delegacias móveis
Antes de deixar o tão esperado legado, as Olimpíadas vão receber uma herança e tanto da Copa de 2014. Num prazo de 90 dias, devem ser lançados cerca de 15 editais de licitação para a compra de equipamentos. Mais da metade de R$ 1,17 bilhão em investimentos previstos para a área de segurança vai para a aquisição de material que ficará, depois, para os Jogos de 2016.
Os itens que serão comprados são os mais variados, e alguns nunca foram usados no Brasil, como imageadores aéreos para acoplar em helicópteros. Serão usados ainda delegacias móveis, ônibus adaptados para registrar flagrantes na hora e plataformas móveis de observação para policiais vigiarem tudo do alto.
O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Valdinho Jacinto Caetano, explica que o planejamento também é focado no treinamento maciço de pessoal e em simulações.
- As Olimpíadas de 2016 acontecem apenas dois anos depois da Copa, que será um teste monstruoso. É claro que vamos ter um planejamento específico para os Jogos, mas muita coisa já é investimento que vai ficar para o evento. Nós também estivemos em Londres e observamos que há pilares fundamentais, que são integração das forças, treinamento e simulação- diz o secretário. - As simulações são muito importantes, cruciais. Precisamos saber, por exemplo, como evacuar um estádio em caso de explosão de bomba ou, se o caso não for tão grave, como fazer a descontaminação da área de forma ágil e recuperar o local para que o evento prossiga. Tudo isso depende de muito treino.
Ele afirma que o processo de pacificação do Rio deu mais tranquilidade para as equipes envolvidas no planejamento da segurança das Olimpíadas na cidade do Rio.
- O que acontecia nas favelas do Rio há alguns anos era algo extraordinário, fora do normal, que o estado está enfrentando e ampliando. Com isso, vamos poder nos concentrar nas áreas dos eventos e de interesse dos Jogos - afirma o secretário que, junto com observadores, esteve em Londres para estudar o esquema de segurança adotado.
De olho em londres
O diretor de Segurança dos Jogos de 2016, Luiz Fernando Corrêa, também acredita que a Copa servirá de experiência para as Olimpíadas:
- O conceito do que é segurança é universal. O que muda é como aplicar os princípios. Em Londres, pudemos observar, em tempo real, como foi controlado o acesso aos estádios e a circulação do público pela área dos Jogos.
Luiz Fernando também reafirmou sua disposição de lançar mão de segurança particular nas arenas, tomando como base a regulamentação da atividade, cuja responsabilidade, inclusive de preparação das equipes, é da Polícia Federal. Ele disse, no entanto, que isso não quer dizer que esteja pensando em descartar a ação de tropas para pronto emprego.
- Elas estarão a postos para intervir em caso de necessidade.
Fonte: O Globo
Projeto da Polícia Civil é apresentado para delegados
O GEA um programa que oferece respostas rápidas
A Polícia Judiciária Civil iniciou a implantação do projeto “Gea” para auxiliar na gestão e investigações das delegacias do Estado. O módulo administrativo foi apresentado nesta sexta-feira (10) aos delegados titulares das unidades policiais.
O projeto Gea é um sistema que reúne um conjunto de módulos que visa a gestão, controle e rotinas administrativas e operacionais, ajudando no fornecimento de informações rápidas sobre efetivo, lotações, viaturas, móveis e relatórios paras titulares, além de outras ferramentas que ajudarão as unidades em pesquisas análise de vínculos de pessoas investigadas, como o IdSeg (software com recurso para coletar, integrar e armazenar dados), da Diretoria de Inteligência e o Guardião Web .
O delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Anderson Garcia, disse que primeiro módulo, o administrativo, já está pronto e já está em desenvolvimento módulo operacional, para auxiliar nas investigações policiais. “O Gea sai do papel agora e começa a entrar na vida real da Polícia Civil. Esse é um mecanismo que irá facilitar a gestão para que possamos administrar e planejar”,declarou Garcia.
Para o delegado geral, o projeto é de suma importância e possibilitará avanços na gestão. “A Polícia Civil dará um salto de qualidade muito grande. Esse módulo estará disponível às delegacias”, afirmou Anderson Garcia.
O Gea foi desenvolvido pela fábrica de software da Academia da Polícia Judiciária Civil. O acesso ao sistema é autorizado, com senha individual aos operadores, que também ajudarão na alimentação e atualização dos dados.
Polícia Civil de MT terá laboratório contra lavagem de dinheiro
A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso contará com um Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), para ajudar na identificação de valores, bens e capitais originários de atividades ilícitas. O laboratório será montado por meio de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, com recursos do Plano Estratégico Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron).
O laboratório é uma tecnologia que possibilita a análise de grandes volumes de informações bancárias, fiscais e de outras naturezas, atuando como importante meio na produção de provas da movimentação financeira e tributária das quadrilhas que praticam crimes variados, entre eles o narcotráfico e contra a administração pública.
O delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Anderson Garcia, disse que a ferramenta é parte de vários investimentos em tecnologia que a instituição está procurando adotar, para o aprimoramento do trabalho investigativo. "Esse laboratório vem ao encontro dos anseios da Polícia Civil, que há muito tempo se prepara para atuar no resgate de ativos, oriundos de ações criminosas", afirmou Garcia.
"Entendemos que no combate a uma organização criminosa temos além de identificar e prender seus integrantes, trazer aos cofres públicos os bens, valores e dinheiro advindos das ações delituosas. Somente assim, abalando sua estrutura financeira, é que conseguiremos fazer frente à criminalidade organizada", completou o delegado geral.
De acordo com Garcia, a Polícia Civil já tem profissionais preparados para trabalhar com lavagem de dinheiro e, neste mês, sete desses policiais, dentre eles três delegados, participam de um curso de capacitação em "Inteligência Financeira", promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), na Academia da Polícia Civil, em Cuiabá, com integrantes dos 11 estados da fronteira terrestre com a América do Sul, que compõem o Enafron.
O coordenador do Laboratório de Lavagem de Dinheiro do Ministério da Justiça, em Brasília, Roberto Zaina, disse que de posse de dados bancários, fiscais, telefônicos e cadastrais, todos autorizados pela Justiça, o Laboratório aplica soluções tecnológicas e métodos de análise para a identificação de ativos ilícitos. "Isto permite o corte do fluxo financeiro e a descapitalização da organização criminosa, propiciando o bloqueio e recuperação de ativos", explicou.
Florianópolis,
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13/08/2012 às 09h57min - Atualizada em 13/08/2012 às 09h57min
TAMANHO DA FONTE A- A+
Polícia Civil de MT terá laboratório contra lavagem de dinheiro
A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso contará com um Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), para ajudar na identificação de valores, bens e capitais originários de atividades ilícitas. O laboratório será montado por meio de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, com recursos do Plano Estratégico Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron).
O laboratório é uma tecnologia que possibilita a análise de grandes volumes de informações bancárias, fiscais e de outras naturezas, atuando como importante meio na produção de provas da movimentação financeira e tributária das quadrilhas que praticam crimes variados, entre eles o narcotráfico e contra a administração pública.
O delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Anderson Garcia, disse que a ferramenta é parte de vários investimentos em tecnologia que a instituição está procurando adotar, para o aprimoramento do trabalho investigativo. "Esse laboratório vem ao encontro dos anseios da Polícia Civil, que há muito tempo se prepara para atuar no resgate de ativos, oriundos de ações criminosas", afirmou Garcia.
"Entendemos que no combate a uma organização criminosa temos além de identificar e prender seus integrantes, trazer aos cofres públicos os bens, valores e dinheiro advindos das ações delituosas. Somente assim, abalando sua estrutura financeira, é que conseguiremos fazer frente à criminalidade organizada", completou o delegado geral.
De acordo com Garcia, a Polícia Civil já tem profissionais preparados para trabalhar com lavagem de dinheiro e, neste mês, sete desses policiais, dentre eles três delegados, participam de um curso de capacitação em "Inteligência Financeira", promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), na Academia da Polícia Civil, em Cuiabá, com integrantes dos 11 estados da fronteira terrestre com a América do Sul, que compõem o Enafron.
O coordenador do Laboratório de Lavagem de Dinheiro do Ministério da Justiça, em Brasília, Roberto Zaina, disse que de posse de dados bancários, fiscais, telefônicos e cadastrais, todos autorizados pela Justiça, o Laboratório aplica soluções tecnológicas e métodos de análise para a identificação de ativos ilícitos. "Isto permite o corte do fluxo financeiro e a descapitalização da organização criminosa, propiciando o bloqueio e recuperação de ativos", explicou.
quinta-feira, agosto 09, 2012
quarta-feira, agosto 08, 2012
BOEING - Apresentou oportunidades em Porto Alegre e São José dos Campos
Boeing e fornecedores do Super Hornet, apresentam oportunidades para a indústria brasileira em conferências em Porto Alegre e São José dos Campos. Oportunidades incluem componentes do sistema aviônico, materiais compostos avançados e atividades relacionadSÃO PAULO, 6 de agosto de 2012 – A Boeing e 12 de fornecedores de seu caça
F/A-18E/F Super Hornet destacaram as oportunidades disponíveis para a indústria brasileira em conferências realizadas no dia 31 de julho emPorto Alegre e 1 de agosto, em São José dos Campos. Um programa com ampla participação da indústria local é um dos itens da proposta de venda do F/A-18E/F Super Hornet apresentada pela Boeing para a licitação de caças do governo brasileiro, conhecida como F-X2.
“A participação de tantos fornecedores do Super Hornet nas conferências e as oportunidades nelas apresentadas demonstram o comprometimento da Boeing e de seus fornecedores em trabalhar com a indústria brasileira de maneira a aproveitar os pontos fortes das empresas locais e lançar as bases para um crescimento de longo prazo,” disse Susan Colegrove, diretora regional de parcerias estratégicas internacionais da Boeing Defense, Space & Security.
A seguir, algumas das oportunidades apresentadas:
· A Raytheon identificou oportunidades para a fabricação e suporte local de componentes do sistema de rastreamento e visualização de alvos por infravermelho ATFLIR (Advanced Targeting Forward Looking Infrared pod) e os sistemas aviônicos do radar AESA APG-79, com varredura eletrônica ativa.
· A Northrop Grumman planeja trabalhar com empresas aeroespaciais brasileiras em atividades relacionadas a materias compostos avançados, como produção de materiais compostos, ferramentas para a fabricação de compostos, ferramental de montagem e produção de peças com compostos avançados e grandes componentes de montagem.
· A GE Aviation descreveu oportunidades relacionadas à inspeção, teste, manutenção e suporte de motores.
Os demais fornecedores do Super Hornet presentes nas conferências foram empresas como BAE Systems, Eaton, GKN, Harris, Honeywell, Moog, Parker Aerospace, UTC Aerospace Systemse Woodward.
O encontro realizado em São José dos Campos contou com a presença de representantes da Embaixada dos Estados Unidos e de quase 80 empresas do estado de São Paulo. O evento foi organizado pelo Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista (CECOMPI) e pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) .
Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, FIERGS, foi a responsável pela coordenação da conferência em Porto Alegre, que atraiu representantes de mais de 50 empresas do estado do Rio Grande do Sul.
Sobre a Boeing
A Boeing é a maior companhia aeroespacial do mundo e líder na fabricação de aeronaves comerciais e sistemas de defesa, espaciais e de segurança. Uma das grandes exportadoras dos EUA presta suporte a companhias aéreas e clientes governamentais nos Estados Unidos e 150 países aliados. Os produtos e serviços desenvolvidos sob medida pela Boeing incluem aeronaves comerciais e militares, satélites, armas, sistemas eletrônicos e de defesa, sistemas de lançamento, sistemas avançados de informação e comunicação, logística e treinamento baseados em desempenho.
A Boeing emprega mais de 170.000 pessoas nos Estados Unidos e em 70 países. Além disso, a liderança da companhia é reforçada pelas centenas de milhares de pessoas que trabalham para os fornecedores da Boeing em todo o mundo.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG DEFESA NET
Publicada por Paulo Lima Sandoff em segunda-feira, agosto 06, 2012
Taurus apresenta o Fuzil 556 (CT556)
A Forjas Taurus apresentou o Fuzil 556 (CT 556), seu mais novo lançamento, durante feira de tecnologia, serviços e produtos para segurança pública realizada em São Paulo na última semana. O produto, destinado a grupos de pronto emprego tático e policiamento ostensivo, permite à empresa oferecer aos seus clientes uma família completa de armamento de uso policial, incluindo, agora, o calibre de fuzil mais utilizado mundialmente. A similaridade de design e operação com outros produtos da linha, como a carabina calibre .40 (CT 40) e a submetralhadora calibre .40 (SMT 40), facilita o treinamento e adaptação do usuário.Segundo o Diretor Vice-Presidente Sênior da Empresa, Jorge Py Velloso "O equipamento atende com perfeição aos padrões exigidos para o emprego policial em áreas urbanas ou rurais, é um produto robusto, leve e ergonômico, que tem na simplicidade de operação e manutenção seus pontos fortes" explica.Por ser uma arma de comandos ambidestros, o CT 556 permite a fácil adaptação para destros e canhotos. Possui, ainda, coronha com regulagem de comprimento telescópica e rebatível, o que auxilia na adaptação do usuário ao equipamento e ao seu manuseio em ambientes confinados (viaturas, interior de edificações etc.). No desenvolvimento da caixa da culatra do modelo foram utilizadas ligas de alumínio aeroespacial de alta resistência, garantindo assim mais leveza e resistência a todo o conjunto. A arma possui ainda alavanca de manejo reversível, empunhadura na posição frontal ao carregador, que permite maior segurança e melhor ergonomia para o atirador e, finalmente, um botão liberador tático do carregador, permitindo a troca rápida do carregador sem perder a posição de confronto.
Publicada por Paulo Lima Sandoff em segunda-feira, agosto 06, 2012
Fábrica de armas Ijmach anuncia AK-12
O fuzil AK-12, desenvolvido na Ijmach, terá novo mecanismo de disparo, transportador de ferrolho e estrutura modular. Em entrevista publicada no site da revista Expert, o construtor-chefe da fábrica russa, Vladímir Zlóbin, falou sobre as inovações do ultimo modelo.Segundo Zlóbin, o trabalho de desenvolvimento do novo fuzil começou em meados de 2011 e, no final do ano, já estava pronto o primeiro protótipo.
Os modelos significativos estão sendo finalizados e, em breve, serão fabricadas novas versões do fuzil para testes preliminares na própria fábrica.A composição do fuzil, de acordo com Zlóbin, continuará clássica. Em outras palavras, será tão simples quanto a Kalachnikov.
Além disso, o AK-12 distingue-se bastante de seus antecessores no arranjo e na ergonomia. O fuzil será equipado com um novo freio de boca.
Terá 20% mais efetividade do que os antecessores da mesma família, proporcionando mais conforto e estabilidade na hora do tiro e diminuindo o recuo em 20%.
O AK-12 ganhou um regime de tiro com seletor de três disparos e suspensão do ferrolho para rapidez do recarregamento. A alavanca de manejo de recarregamento pode ser instalada tanto no lado esquerdo quanto no direito. A coronha ajusta-se sob o ombro.
Além disso, é possível tirar o fuzil do dispositivo de segurança e mudar o regime e o carregador com uma única mão. Para a instalação de recursos complementares, o AK-12 ganhou trilhos Picatinny.
Por conta da mudança na dinâmica das partes, o AK-12 dispõe de maior poder de fogo. Segundo Zlóbin, o novo fuzil, em termos de efetividade, compara-se ao AK-107, ao qual foi aplicada a tecnologia do automatismo balanceado.
Entretanto, no AK-12 decidiram abrir mão dessa tecnologia porque ela torna a arma mais cara e ainda reduz a sua segurança.
Assim como os fuzis da geração anterior, o AK-12 terá um dispositivo para acoplamento de baioneta em caso de combate corpo a corpo.
No conjunto titular, o fuzil será equipamento com um carregador de 30 cartuchos. Nas versões especializadas, haverá carregadores com 20 cartuchos (para subseções especiais), com caixa de 60 cartuchos e com tambor de 100 cartuchos.
O AK-12 para forças de operações especiais pode ainda ganhar um conjunto de ferrolho e um cano extra.
Em entrevista ao Expert, Zlóbin anunciou também o novo cartucho do AK-12. Ele disse que os serviços de defesa não estão satisfeitos com os calibres existentes, 5,45, 5,56 e 7,62. Por isso, no novo fuzil, pode ser incluído um calibre “intermediário”.
Como informou o construtor-chefe da Ijmach, para criação do AK-12, ele se baseou na experiência e nos conhecimentos de seus mestres, os construtores Stetchkin, Korobov e Afanassiev, com os quais trabalhou na fábrica de armas da cidade de Tula.
Site analisa arquivo com base em 46 antivírus
Por Monica Campi, de INFO Online
• Sábado, 04 de agosto de 2012
São Paulo – Lançado recentemente, o site VirusImmune promete analisar gratuitamente um arquivo de qualquer tipo na web utilizando como base 46 programas de antivírus.
Entre os software utilizados para a varredura do arquivo estão programas como Norton, Trend Micro, Kaspersky, McAfee, Comodo e Sophos.
Ao enviar o arquivo para o site a análise será feita e apresentada na mesma página. Se reconhecer o arquivo como malicioso, o serviço irá exibir a origem do mesmo.
Além disso, o serviço também possui a ferramenta “Similaridade. Esta função exibe arquivos similares, caso não detecte nenhum malware no arquivo enviado.
A ferramenta irá exibir os arquivos similares presentes na base do site, mostrando o percentual de igualdade entre os arquivos. Caso exiba um percentual muito alto, o site poderá identificar malware desconhecidos.
O BOM EXEMPLO DO EXÉRCITO
“No momento em que notícias sobre superfaturamento e atraso em obras públicas se tornam corriqueiras, é animador saber que algumas dessas obras estão sendo entregues antes do prazo previsto e a custos inferiores aos originalmente orçados. Não se trata de milagre. É apenas o resultado do trabalho competente e sério realizado por uma instituição cuja missão precípua não é tocar canteiros de obras, mas que, nos últimos anos, tem assumido maiores responsabilidades na elaboração e execução de projetos de infraestrutura em todo o País: o Exército.
O Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército, como mostra o jornal “Valor” (12/7), está tocando 34 obras em vários Estados, 25 delas do “Programa de Aceleração do Crescimento” (PAC), e elabora, a pedido da Infraero, projetos de engenharia destinados a acelerar a expansão dos aeroportos de Porto Alegre, Vitória e Goiânia. Nessa área, o Exército já trabalha na administração dos serviços de terraplenagem da ampliação do aeroporto de Guarulhos e na construção da pista do aeroporto de Amarante, no Rio Grande do Norte.
É, principalmente, o desempenho do Exército nas obras do aeroporto de Cumbica que tem animado a Infraero a ampliar a parceria com os militares numa área que se tem transformado numa das maiores dores de cabeça do governo no que diz respeito ao cumprimento dos prazos das obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
A terraplenagem do Terminal 3 de Cumbica, cuja previsão inicial de entrega era para dezembro de 2013, será concluída em setembro próximo, com antecipação de 15 meses. Além disso, o custo original da obra, orçado em R$ 417 milhões, deverá ser reduzido - e não é apenas porque a União paga os soldos militares - em cerca de R$ 130 milhões, o que equivale a 25%. É exatamente o contrário do que tem sido noticiado a respeito da verdadeira lambança que a principal empreiteira do PAC, a Delta, tem promovido nas obras bilionárias sob sua responsabilidade em todo o País.
É claro que tocar obras públicas não é a missão precípua das Forças Armadas, que existem para zelar pela defesa nacional. E o Exército, cuja "intervenção" no mercado é malvista pelas empreiteiras de obras públicas, sabe muito bem que essa não é sua verdadeira vocação. O general Joaquim Maia Brandão, chefe do Departamento de Engenharia e Construção, garante, segundo o “Valor”, que não há planos de ampliar a estrutura da unidade sob seu comando, apesar do aumento da demanda ocorrido nos últimos anos, inclusive no que diz respeito ao planejamento e construção de novas estradas e manutenção das existentes, responsabilidade do mal afamado Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Nessa área, o Exército tem 19 contratos firmados. E cumpre outros tantos nos setores portuário e de navegação fluvial.
O Exército está hoje envolvido em 34 projetos de construção, no valor de R$ 3 bilhões em obras, dos quais R$ 2,4 bilhões são do PAC. Intervenção indevida no mercado? Desvio de funções? O general Brandão responde: "O que temos é uma missão para cumprir, que é a preparação de nossas tropas para a guerra. Se não temos guerra, temos a obrigação de manter nosso contingente em atividades que, se necessário, (a tropa) irá desempenhar em situação de emergência".
Não é, portanto, a lógica do mercado, mas a necessidade de manter seu contingente ativo e preparado que motiva o Departamento de Engenharia e Construção.
A situação de emergência a que se refere o general seria, obviamente, um eventual conflito militar. Mas não resta dúvida de que o DEC está atendendo, também, a uma importante e extremamente lamentável emergência ao cumprir com competência, seriedade e economia de recursos públicos uma tarefa fundamental para o desenvolvimento do País que a iniciativa privada tem sido frequentemente incapaz de executar com a mesma eficiência e probidade, devido à crescente promiscuidade entre negócios públicos e privados. É de imaginar que seja difícil trabalhar com orçamentos enxutos quando a regra do jogo [há muitas décadas] é pagar propinas que satisfaçam a crescente voracidade de homens públicos tão desonestos quanto quem lhes molha a mão.”
FONTE: Editorial do “O Estado de São Paulo”, transcrito no portal da FAB.
O fantasma da bomba
por Richard Rhodes
Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
Teste de uma bomba atômica em 1946, detonada pelos Estados Unidos no atol Bikini, no Pacífico
Sessenta anos atrás, em uma noite tempestuosa de 1945, o físico americano Robert Oppenheimer subiu ao palco de uma sala de cinema na cidade secreta de Los Alamos, Novo México. Magro e compenetrado, ele estava prestes a dirigir-se a centenas de cientistas – homens e mulheres que, sob sua direção, haviam construído as primeiras bombas atômicas. Detonadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente, as bombas haviam acabado de pôr fim à mais destrutiva guerra da história – e mudaram para sempre a feição das guerras.
O mundo logo iria se dar conta de algo que eles próprios já sabiam, alertou Oppenheimer: uma vez dominado o processo, a fabricação de armas nucleares era algo surpreendentemente barato e fácil. Não demoraria para que outros países também começassem a produzi-las. E, segundo ele, o poder de destruição das bombas só iria aumentar. A despeito dessas previsões perturbadoras, o físico entrevia benefícios inegáveis, considerando as armas nucleares “não apenas uma ameaça mas também uma grande esperança”.
O que Oppenheimer queria dizer com isso? O perigo era óbvio: Hiroshima e Nagasaki estavam em ruínas, e dezenas de milhares de pessoas haviam sido mortas e feridas. A “grande esperança” que tais armas poderiam trazer era algo mais difícil de imaginar, mesmo num momento de vitória. Seis décadas depois, continua sendo assim.
Hoje, oito países reconhecem dispor de arsenais nucleares, ao passo que 20 outros possuem tecnologia e matéria-prima para fabricar bombas no prazo de um ano, caso decidam fazê-lo. Mas as nações são apenas uma parte da história. O colapso da União Soviética colocou enorme variedade de armas e materiais nucleares sob o risco de ser roubada e vendida clandestinamente a grupos terroristas ou redes criminosas. Conhecimentos técnicos também estão em demanda. Estima-se que o “pai” da bomba paquistanesa, Abdul Qadeer Khan, tenha transferido técnicas e projetos de fabricação de bombas para Líbia, Coréia do Norte e Irã. Sua equipe pode ter revelado segredos a outros países. Desde os anos 1990, Osama bin Laden e seus seguidores sonham em obter dispositivos nucleares para realizar ataques. Ninguém sabe se os terroristas estão prestes a conseguir uma “bomba suja” de radiação ou até mesmo uma bomba atômica.
A esperança entrevista por Oppenheimer surgiu de suas discussões com um brilhante físico dinamarquês, Niels Bohr, que fugiu de seu país quando este foi ocupado pelos nazistas e chegou a Los Alamos no fim de 1943. A disseminação da tecnologia de construção das armas nucleares, Bohr argumentou com Oppenheimer, acabaria por tornar esse tipo de arma uma ameaça para toda a humanidade. Ambos achavam que, quando as nações por fim reconhecessem a magnitude dessa ameaça, o mundo todo iria se unir, como nunca antes havia ocorrido, movido pela necessidade de garantir a própria sobrevivência. Ao realizar tais acordos, as nações acabariam reduzindo o perigo e a chance de um conflito.
Nas décadas seguintes, enquanto muitos países se empenhavam em conseguir a bomba, a visão de um mundo aberto e mais seguro deve ter parecido de uma ingenuidade assombrosa. O sonho de Bohr e Oppenheimer, no entanto, começou a tomar forma na década de 1960, quando, após um aterrorizante episódio em que quase estalou um conflito nuclear, durante a crise dos mísseis em Cuba, os Estados Unidos e a União Soviética começaram a afastar-se da beira do abismo. Outros países fizeram o mesmo e, assim, em 1968 foi assinado o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Como compensação por desistirem de formar um arsenal nuclear, os países desprovidos de bombas atômicas que firmaram o TNP (hoje são 183, além das cinco principais potências nucleares) receberam a garantia de que as grandes potências promoveriam o desarmamento, não iriam transferir armas atômicas para nações desnuclearizadas e partilhariam a tecnologia ao uso civil da energia nuclear. Mais tarde, tratados proibindo os testes de armas nucleares ampliariam ainda mais tais restrições.
A despeito de suas limitações, esses acordos conseguiram de fato afastar a ameaça de um conflito nuclear nas décadas de 1970 e 80. E também confirmaram o fato de que as nações nem sempre passam a fabricar bombas assim que dominam a tecnologia para tanto. A formação de um arsenal nuclear é uma decisão política, impulsionada sobretudo pela preocupação com a segurança nacional, e muitas vezes tais preocupações podem ser mantidas sob controle.
Mas aí vieram os acontecimentos de 1991, quando um terremoto geopolítico – a derrocada da União Soviética – abalou a arquitetura dos acordos. O que havia sido uma potência nuclear unificada, a União Soviética, fragmentou-se em vários países com arsenais nucleares. Todas as bombas de pequeno alcance foram devolvidas à Rússia em 1992, mas três nações recém-independentes – Belarus, Ucrânia e Cazaquistão – mantiveram milhares de ogivas para mísseis balísticos intercontinentais (MBICs).
Pressionados pelos Estados Unidos e por outros países, Belarus e Cazaquistão logo concordaram em devolver seus arsenais à Rússia. “Nós tínhamos 81 plataformas móveis de mísseis, o suficiente para devastar a Europa e os Estados Unidos”, contou-me Stanislav Shushkevich, o primeiro chefe-de-Estado de Belarus. “Mas de quem precisávamos nos defender? Quanto mais cedo elas fossem retiradas do país, melhor para nós.”
Na Ucrânia, as coisas foram diferentes. A fim de desestimular uma eventual agressão russa e obter garantias de segurança e recursos financeiros do Ocidente, os ucranianos aferraram-se às 1 240 ogivas nucleares estratégicas armazenadas em seu território. Sob pressão da comunidade internacional, porém, em 1993 a Ucrânia concordou em devolver as armas à Rússia e assinar o TNP. Hoje, só a Rússia possui armas nucleares.
Pela maioria dos critérios, o mundo é agora mais seguro do que durante a Guerra Fria. Após vários acordos para o controle das armas, os Estados Unidos e a Rússia desativaram milhares de bombas de pequeno e de longo alcance.
O arsenal nuclear americano conta hoje com 10 mil ogivas nucleares, e o russo, com cerca de 16 mil – durante a Guerra Fria, eram 32 mil e 45 mil, respectivamente. O tratado de Moscou, assinado pelos presidentes George W. Bush e Vladimir Putin em maio de 2002, restringe cada um dos dois países a não mais do que 2,2 mil ogivas estratégicas até o fim de 2012.
A França e a Grã-Bretanha também reduziram seus arsenais; a China está modernizando suas armas, mas reforçou o controle sobre as exportações nucleares, após ter fornecido ao Paquistão os projetos e materiais físseis que este país necessitava para construir sua bomba. Os dados sobre o formidável arsenal nuclear de Israel ainda são mantidos sob sigilo. Há pouco, a Líbia encerrou seu programa nuclear sob pressão de países europeus e dos Estados Unidos. Em etapa mais avançada, o programa iraquiano foi desmantelado pelos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) nos anos subseqüentes à Guerra do Golfo. A Índia e o Paquistão confirmaram sua condição de potências nucleares, realizando testes subterrâneos em maio de 1998, mas nenhum dos países acumulou mais do que 100 bombas, e sua recente escaramuça nuclear parece ter estimulado uma atitude de cautela.
Essas são as boas notícias.
As notícias preocupantes referem-se, primeiro, a duas nações: a Coréia do Norte, que talvez possua um pequeno arsenal nuclear, e o Irã, do qual se suspeita que esteja empenhado em produzir armas atômicas. Os EUA consideraram ir à guerra contra a Coréia do Norte em 1993, quando os norte-coreanos, que supostamente já possuíam uma ou duas bombas, ameaçaram retirar-se do TNP e pareciam dispostos a extrair mais plutônio com fins militares por meio do reprocessamento de combustível nuclear usado.
As negociações levaram a uma conciliação: os norte-coreanos desativaram seu reator e permitiram que as varetas de combustível fossem examinadas pela Aiea, em troca da promessa de dois outros reatores nucleares, de carregamentos americanos de petróleo para a geração de energia e de uma melhoria nas relações com os EUA.
Esse acordo vigorou até 2002, quando o governo Bush acusou o regime norte-coreano de se empenhar sigilosamente na produção de urânio enriquecido para fins militares. Com isso, os Estados Unidos interromperam o vital fornecimento de petróleo e denunciaram o acordo de 1994.
Como retaliação, a Coréia do Norte expulsou os inspetores da Aiea, removeu as varetas de combustível de seu local de armazenamento e afirmou que daria início a seu reprocessamento, visando a extração de plutônio. Este seria suficiente para a fabricação de quatro a seis bombas atômicas. Desde então, os norte-coreanos alegam contar com um pequeno arsenal nuclear. Mas eles bem sabem que, se lançarem um ataque nuclear contra qualquer país vizinho, ou contra os Estados Unidos, a reação seria devastadora.
“Não estamos em condições de chantagear os Estados Unidos, a única superpotência”, afirmou uma autoridade norte-coreana a uma delegação de congressistas americanos que visitou Pyongyang em junho de 2003. “Nosso objetivo ao obter uma força dissuasória está vinculado à guerra no Iraque, e às declarações feitas pelos falcões do governo americano. Se não tivermos uma força nuclear dissuasória, não poderemos nos defender.”
O Irã é um caso ainda mais complexo. Durante décadas, o país investiu sigilosamente em um programa para o enriquecimento de urânio por meio de centrífugas, violando sua obrigação, diante da Aiea, de manter este órgão informado de todas as suas atividades nucleares. Ao serem confrontados, os iranianos alegaram que estavam desenvolvendo a capacidade de dominar o ciclo completo do combustível nuclear em função de um planejado programa nuclear para a geração de eletricidade. Como as centrífugas podem produzir urânio enriquecido para fins militares, assim como urânio menos enriquecido para reatores civis, e todo o projeto era mantido sob sigilo, isso despertou a desconfiança da Aiea.
Além disso, a fábrica, abrigando 50 mil centrífugas, que o Irã planeja construir teria capacidade para produzir urânio enriquecido suficiente para a confecção de até 25 bombas por ano. É significativo que também o Paquistão optasse pelo enriquecimento do urânio (em vez da geração de plutônio em um reator, um processo mais difícil de ser mantido sob sigilo) como a solução inicial para a obtenção da bomba. Se levar adiante o programa nuclear, mesmo que não produza a bomba, o Irã pode tornar-se uma potência nuclear “virtual”, capaz de fabricar armas no prazo de um ano após tomar essa decisão. E o regime teocrático do país é abertamente hostil a Israel.
A perspectiva mais assustadora, contudo, não é a nuclearização de nações e sim a de grupos terroristas – graças ao roubo ou aquisição de material físsil adequado para uso militar nos países da antiga URSS, ou em Estados delinqüentes, como a Coréia do Norte. Durante a Guerra Fria, a União Soviética implantou um sistema rígido de proteger suas fronteiras externas e assegurar a estabilidade interna. Com isso, os materiais nucleares dispersos por toda a imensa rede de bases militares e centros de pesquisa estavam protegidos, ainda que não bem documentados. Quando houve a desintegração da URSS e a abertura das divisas, o governo russo defrontou-se com uma série de novos desafios – que iam desde uma multidão de cientistas nucleares desempregados até a tarefa monumental de cuidar de todo o seu estoque nuclear e impedir que este fosse roubado.
Os EUA se ofereceram para ajudar a Rússia. Mas a desconfiança remanescente da Guerra Fria atrasou um acordo entre os dois países, e mesmo depois dos anos 1990 o esforço conjunto não contou com os necessários recursos financeiros.
Desde 1991, o programa americano chamado Redução Cooperativa de Ameaças Nunn-Lugar vem apoiando os esforços para o controle e eliminação desses materiais, mas o ex-senador Sam Nunn, co-patrocinador da legislação juntamente com o senador Richard Lugar, avaliou no início de 2005 que até agora apenas “algo entre 25% e 50%” da tarefa de assegurar o controle sobre os materiais nucleares russos havia sido feita. Comprovou-se que pequenas quantidades foram adquiridas e vendidas clandestinamente (mapa nas páginas 42-43), mas, até onde se sabe, nenhum grupo não-estatal obteve a quantia mínima de material – cerca de 4 quilos de plutônio, ou 15 quilos de urânio enriquecido – necessária para a fabricação de uma bomba rudimentar.
Dentre os vários cenários em que poderia ocorrer um ato de terrorismo nuclear, o mais plausível envolve o uso de uma “bomba suja”, ou seja, um explosivo convencional associado a material radiativo extraído de fontes médicas ou industriais. Os especialistas descrevem as bombas sujas como “armas de perturbação maciça”, devido ao pânico e à contaminação que provocariam. A descontaminação após um ataque desse tipo a uma grande cidade exigiria meses de trabalho, a um custo de dezenas de bilhões de dólares. As principais vítimas de uma bomba suja seriam as pessoas feridas ou mortas pela explosão inicial.
Muito mais devastadora seria uma bomba terrorista fabricada com urânio enriquecido ou com plutônio roubados, e transportada por um veículo comum, como barco ou caminhão. A impossibilidade de detecção prévia de um ataque assim tira o sono de funcionários da defesa civil em todo o mundo, e levou as autoridades americanas a optarem pela guerra preventiva como a melhor defesa contra uma investida terrorista.
Um ataque imprevisto sempre foi o pesadelo da era nuclear. A fim de se precaver contra uma investida soviética de surpresa, o Conselho de Segurança americano chegou a considerar um ataque preventivo a Moscou em 1954, pois na época alguns especialistas consideravam o arsenal americano suficientemente superior ao soviético para justificar tal risco. A proposta foi rejeitada pelo presidente Dwight D. Eisenhower. Na década de 1960, as idéias de uma investida preventiva foram substituídas pela crença no poder da dissuasão – a “certeza de destruição mútua” – como a estratégia para evitar um ataque soviético.
Também visando proteger o país, o presidente Ronald Reagan propôs um sistema de defesa que ficaria conhecido como “Guerra nas Estrelas” – enfim instalado, numa versão restrita, no Alasca, em 2004. No entanto, ainda não existe nenhum sistema similar que possa interceptar armas clandestinas transportadas por aviões, navios ou caminhões. Após 60 anos de busca por um sistema ideal, nada foi encontrado capaz de impedir um ataque com armas que, mesmo em suas formas mais rudimentares, podem ser pequenas e portáteis – e imensamente destrutivas.
Para Sam Nunn, é preciso que as nações nuclearizadas “reduzam de maneira visível sua dependência” em relação a tais armas, de modo a torná-las “menos relevantes” e, portanto, menos atraentes. Hoje, os países signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear estão discutindo outro acordo, pelo qual seria proibida a produção de plutônio ou urânio para fins militares, ao mesmo tempo que os estoques existentes seriam diluídos ou reciclados como combustível em reatores nucleares. Um programa semelhante vigora entre os EUA e a Rússia por intermédio de uma empresa americana, a Usec, que até agora já adquiriu dos russos 250 toneladas de material físsil militar diluído – quantidade suficiente para a fabricação de 10 mil ogivas atômicas – a fim de revendê-lo para empresas americanas que possuem reatores para a geração de energia elétrica.
Iniciativas desse tipo são avanços na direção certa, mas elas não afastam as maiores ameaças que hoje enfrentamos, “o terrorismo catastrófico, o aumento da quantidade de países com arsenal nuclear e o crescente perigo de um lançamento nuclear acidental ou não autorizado”, disse Nunn. “Não tenho certeza de que entendemos bem o impacto de um ataque nuclear”, continuou Nunn. “Se uma bomba de 10 quilotons for detonada no centro de Manhattan em um dia normal de trabalho, ela poderia matar mais de meio milhão de pessoas. Dez quilotons, uma potência plausível para uma rústica bomba terrorista, é o equivalente a 10 mil toneladas de TNT. Para transportar essa carga de explosivos, seria preciso um trem de 100 vagões. Se fosse uma bomba atômica, bastaria a carroceria de um caminhão.”
Niels Bohr e Robert Oppenheimer teriam plena consciência do dilema atual: o que fazer com a espada de dois gumes que eles nos deixaram, forjada em metais exóticos por uma reação nuclear que os cientistas descobriram em um dia de 1938 enquanto se empenhavam em entender o funcionamento do mundo. Na minha opinião, o conselho dos dois físicos ainda é válido: apenas um esforço conjunto internacional irá garantir a segurança dos materiais usados na fabricação de armas nucleares. Somente as negociações para a redução dos arsenais e a restrição do desenvolvimento de armas podem diminuir, a longo prazo, os riscos que todos estamos correndo. Era nisso que Bohr e Oppenheimer acreditavam, e foi isso o que Oppenheimer disse aos cientistas de Los Alamos em uma noite chuvosa, há 60 anos.
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